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Almas

  Como está por aí? Aí tem noite Ou é sempre dia? É tudo real ou fantasia? Como está por aí? Por aqui você sabe Não estou bem Nada bem Será que você sente minha falta Igual eu sinto sua ausência? Difícil entender, explicar Ainda não acredito Você longe Você em outro lugar Outro lar Busco sua voz no vazio Sinto sua presença Faço perguntas Tenho todas dúvidas Respostas só com o tempo Você em meu pensamento Quando o sol aparece Quando anoitece Vamos cantar nossa canção?

Na Tela

  Uma facada na tela da televisão No meu vilão predileto O sujeito pode ser frio Mas quando pinta o amor Ninguém é esperto Ninguém Mil loucuras Corro por ruas escuras Banho de chuva Pelado e no meio dos carros Eu sou um astro O amigo imaginário Ferradura para dar sorte Uso duas Sonho com dente Viro chinelo pela casa Como cebola e alho Meu enérgico é cachaça sem asas Escuto o batuque Danço saltando Grito cantando Todo louco é um anjo Vou engolir seu pranto

Sua Voz

  Fico em silêncio para ouvir sua voz Dentro da minha cabeça Dentro do meu coração Fico em silêncio para ouvir meus pensamentos No escuro do quarto Dentro da minha solidão Sei o tamanho da distância Mas de olhos fechados Estou sempre aí Estou sempre aí do seu lado Estamos ligados, unidos Estamos grudados Pelo amor, pelo ódio Apaixonados, esquisitos Tudo isso Sei que você quer Mas não tem coragem de chamar De falar o meu nome Eu entendo tudo isso Mas posso não concordar Fico em silêncio para ouvir sua voz...

Rei

  Na guerra não tem lado certo Está todo mundo errado Toda bomba tem um alvo A cabeça de um pobre coitado Por isso eu prefiro paz Sempre um pouco mais Ouvir o Rei e deitar Relaxar no travesseiro Cantar, cantar e cantar Abraçando o inimigo Criando um milhão de amigos Rosas para plateia O fim de toda guerra Deus salve o Rei Saúde para o Rei Reverências mil O Rei que não desisti Que nunca desistiu Toda guerra tem um fim O melhor era nem começar Todo Rei é um anjo querubim

Sinto Medo

  Sinto que estou sentindo medo Do que eu não conheço Apenas imagino Imagino que é o começo Do meu fim, o fim E tudo que eu sei É tão pouco Apenas sei, só sei Que não estou pronto Viagem sem volta Depois de tantas glórias Um dia paz No outro revolta Já fiz juras e promessas Mil e um pensamentos Esse é o pior problema Pensar, não acreditar Ter mil ideias Desistir ou lutar Sinto que estou sentindo medo Do desconhecido Do que não tem mais jeito

Cheira Mal

  Sua hipocrisia cheira mal Você é pior que muitos Que todos Seu olhar superior Dá ânsia, dá nojo Você julga Abusa sem dó Hipócrita Seu teto também é de vidro Você não vale o escrito Reclama em público Faz igual escondido Seu discurso é pobre É podre Desejo reprimido Encolhido Alma sem sal Sem tempero Seu maior sonho É também seu pesadelo É tanto medo Finge paz Mas vive no desespero

Desce Uma

 C igarros e cervejas Amigos em uma mesa De bar Noite inteira Bebida caseira Tocando Paul Barulho do mar E na areia escaldante O sol já está lindo Brilhante Somos jovens Somos tão bonitos O mundo girando lá fora Deixando tontos os caretas A gente cheirando paz Outra turma fazendo besteira Corremos por ruas desertas Com nossas gargalhadas espertas Cuspimos marimbondos Tropeçamos, levamos tombos Deixamos portas abertas

Em Algum Lugar

  Quanto tempo esperei Em algum lugar Muitos anos demorei Para chegar E agora eu sei, eu sei Como é bom estar Dentro dos seus braços Ser tão amado E tudo que você fez Tudo que fez O vento tratou de virar De ponta cabeça De pernas para o ar Hoje sou Um pouco filho Um pouco pai Um pouco marido Um pouco de cada coisa Um pouco de tanto faz Agora é um duelo Contra o destino O desconhecido Você diz que é você Quem é que vai saber Também estou nessa fila Também vou escrever Uma carta de amor Versos e rimas Sem beijo de despedida Apenas o sabor de viver Até o próximo dia O próximo amanhecer

Bombas e Beijos

  Flores para quem diz odiar flores Poesias para quem não é sensível Amor para quem prefere guerra Quem não dá o braço a torcer Quem nunca erra Apesar de tudo isso Eu aceito Relevo seus defeitos Para você eu digo sim Sempre sim Você odeia tudo Não gosta de ninguém Tem raiva do mundo Fala absurdos Mas eu te amo também Você joga bombas Eu devolvo beijos Você não gosta de esperar Sou amigo do tempo Você é furacão Sou apenas um leve vento Apesar de tudo De tudo Eu ainda te amo

Vida

  Viver é dar voltas Girar, girar, girar Abrir portas Errar, acertar Bem antes de ir embora Viver é dobrar esquinas Nunca voltar pela mesma avenida Tentar descobrir os mistérios Os segredos indecifráveis da vida Viver é deixar lembranças Sentir o abraço de uma criança O bom perfume das flores Suportando todas dores Amar e fazer alianças Viver é observar Colecionar momentos Viver até o fim E o fim em qualquer tempo Viver não é fácil Por isso é tão bom Viver

Animais

  Bichos devorando tudo Eu disse tudo Armário, parede Bichos com fome Com sede Minha casa sua casa São vermes, são pragas Pequenos monstros Esses até Luisa mata Noite quente Crianças agitadas Família inteira Papai, mamãe, molecada Devoradores devorando Acabando com tudo Eu disse tudo Vasos, flores, estuque Um crime Várias testemunhas Cada um na sua Contra o patrimônio Pequenos Demônios Retrato para provar Mostrar o estrago Seres do inferno Acabar com um por um Eu também quero

Mudanças

  O palhaço é triste Mas sabe fazer rir Flor de plástico Não cheira, engana Mas enfeita Qualquer movimento Tem cara de dança Não aceito bem Toda e qualquer mudança Jogo fora poesias Mas guardo alguns versos Abro caixas vazias Deixo rastros e restos Tenho pressa Mas não consigo correr Observo fotos Imagino cenas O instante seguinte O próximo segundo Todos os fusos do mundo Músicas curtas Sonhos rápidos O tempo é um grande mistério Em qualquer canto Qualquer hemisfério