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Mostrando postagens de abril, 2024

Nada

  Todo dinheiro do mundo Não tem valor Não quero nem a cor Sem você aqui Abro mão de tudo Presente, passado, futuro Não vendo, não troco Não faço negócio Com minha felicidade Eu vivo de amor De todo o amor Amor próprio Mas sem você aqui Nada mais importa Nada faz sentido Não ligo Eu ligo Eu finjo Desisto Não sei viver Longe, muito longe Longe do seu prazer Só quero o som do piano Um vinho Nossos planos

Hora

  11 e 11 Sempre chama atenção Mas o que mexe comigo São seus olhos fritos Derretendo em meu suor Escorrendo sobre meu corpo O gosto bom Entre todos os gostos Já mudou o horário Já retirei o prato Com os restos Do seu quebra-cabeça Que eu tentei montar Peça por peça Para parar o tempo Rasgo páginas Quebro o silêncio Observo atentamente o relógio Mas sou tão distraído E de novo São seus olhos fritos 11 e 11 é só amanhã Depois do último grito Amor em qualquer tempo Todo tempo nasce um filho Suba em uma árvore Rabisque um livro

Alto

  Aqui do alto Olho o mundo Observo tudo Incoerências, alegrias Absurdos Aqui do alto O povo no asfalto O amor e o ódio Segurar o tempo Eu juro que tento Mas não é fácil Aqui do alto Observo o movimento De longe tudo é lento De perto nem te conto Não posso Só posso ficar distante Sou Deus Sou o que eu nunca fui Um ser inconstante

Sabemos

  Você está aqui? Tem certeza? Eu falo e você ouve Mas não escuta O silêncio Muitas vezes diz tudo É preciso ouvir com o coração Entender os sinais Sobreviver ao tempo É luta O que só sabemos juntos Que o amor todo dia arranca pedaços Somos apenas retalhos Fique apenas mais um instante Ao meu lado Agora aceito todos seus defeitos Sei que já não tenho mais direito De desperdiçar você aqui comigo Dentro do nosso barulho Estamos unidos O que só sabemos juntos

Chuva

  Mais um dia acabou De novo não vi seus olhos Andei, andei, andei Muitas estradas passei Andei Nem atrás, nem ao meu lado Nem no sentido contrário Não encontrei Chuva caindo Nuvens molhando meus olhos Estou sofrendo, morrendo Procurando por você Antes do fim Antes da luz apagar A cortina fechar Quem sabe uma última vez Bem que poderia acontecer Bem que eu poderia estar Ao seu lado em qualquer lugar Que tristeza ainda é viver E não saber o que vai ser E mais um dia acabou

Estrela

  Jogue uma estrela Que eu vou buscar Vou feliz e volto muito mais Vou deitar aos seus pés Depois vou pular Onde você estiver Eu vou, vou Fiel escudeiro Melhor amigo verdadeiro Não precisa nem chamar Em silêncio, eu te amo Com barulho também Declaro meu amor Não vivo tantos anos Mas vivo venerando Quem sempre cuidou De mim Vou lamber suas feridas Vou alegrar sua vida Vou esconder seus segredos Vou colocar medo Em quem quer o seu mal Jogue uma estrela Eu vou buscar

Arte

  Sou ator, sou atriz Sou oco, sou eco Caçador de almas Ladrão Meu corpo é carcaça É arte, é graça Sensação Braços abertos Roupa que veste Que sempre cai bem Sou gente, sou personagem Sou um qualquer Sou quase ninguém Fecho os olhos Ainda sou eu Abro os olhos Tudo morreu Virei outro Outra pessoa Ser ou não ser Eis a questão O melhor papel Rei do dramalhão No palco, no alto Minha religião Palavras faladas Falas decoradas O silêncio Luz, câmera, ação Espetáculo Um drama É fama, é cama

Jaz

  Aqui jaz Alguém que adora o mar Que faz o tempo voar Que admira o céu Aqui jaz Alguém que corre pelas ruas Que faz loucuras Que bagunça toda paz Aqui jaz Alguém que fez E ainda faz Alguém que quer um pouco mais Que o silêncio diz tudo Mas que o barulho Confunde e faz pensar Aqui jaz Que agora deixou de viver E prefere sonhar Aqui jaz Quem renasce todo dia Quem procura sua alegria

Ser Feliz

  O que você já fez por amor? Quantos castelos construiu? Quantas pontes derrubou? Quantas noites não dormiu? Amar é ser feliz É também sofrer Amar é querer Saber que nem sempre vai ter E o amor É uma carta sem fim O ponto final não encerra Algumas vezes é paz Em outras é guerra No caminho certo Mas completamente perdido O melhor resumo do amor O amor realmente é esquisito

Almas

  Como está por aí? Aí tem noite Ou é sempre dia? É tudo real ou fantasia? Como está por aí? Por aqui você sabe Não estou bem Nada bem Será que você sente minha falta Igual eu sinto sua ausência? Difícil entender, explicar Ainda não acredito Você longe Você em outro lugar Outro lar Busco sua voz no vazio Sinto sua presença Faço perguntas Tenho todas dúvidas Respostas só com o tempo Você em meu pensamento Quando o sol aparece Quando anoitece Vamos cantar nossa canção?

Na Tela

  Uma facada na tela da televisão No meu vilão predileto O sujeito pode ser frio Mas quando pinta o amor Ninguém é esperto Ninguém Mil loucuras Corro por ruas escuras Banho de chuva Pelado e no meio dos carros Eu sou um astro O amigo imaginário Ferradura para dar sorte Uso duas Sonho com dente Viro chinelo pela casa Como cebola e alho Meu enérgico é cachaça sem asas Escuto o batuque Danço saltando Grito cantando Todo louco é um anjo Vou engolir seu pranto

Sua Voz

  Fico em silêncio para ouvir sua voz Dentro da minha cabeça Dentro do meu coração Fico em silêncio para ouvir meus pensamentos No escuro do quarto Dentro da minha solidão Sei o tamanho da distância Mas de olhos fechados Estou sempre aí Estou sempre aí do seu lado Estamos ligados, unidos Estamos grudados Pelo amor, pelo ódio Apaixonados, esquisitos Tudo isso Sei que você quer Mas não tem coragem de chamar De falar o meu nome Eu entendo tudo isso Mas posso não concordar Fico em silêncio para ouvir sua voz...

Rei

  Na guerra não tem lado certo Está todo mundo errado Toda bomba tem um alvo A cabeça de um pobre coitado Por isso eu prefiro paz Sempre um pouco mais Ouvir o Rei e deitar Relaxar no travesseiro Cantar, cantar e cantar Abraçando o inimigo Criando um milhão de amigos Rosas para plateia O fim de toda guerra Deus salve o Rei Saúde para o Rei Reverências mil O Rei que não desisti Que nunca desistiu Toda guerra tem um fim O melhor era nem começar Todo Rei é um anjo querubim

Sinto Medo

  Sinto que estou sentindo medo Do que eu não conheço Apenas imagino Imagino que é o começo Do meu fim, o fim E tudo que eu sei É tão pouco Apenas sei, só sei Que não estou pronto Viagem sem volta Depois de tantas glórias Um dia paz No outro revolta Já fiz juras e promessas Mil e um pensamentos Esse é o pior problema Pensar, não acreditar Ter mil ideias Desistir ou lutar Sinto que estou sentindo medo Do desconhecido Do que não tem mais jeito

Cheira Mal

  Sua hipocrisia cheira mal Você é pior que muitos Que todos Seu olhar superior Dá ânsia, dá nojo Você julga Abusa sem dó Hipócrita Seu teto também é de vidro Você não vale o escrito Reclama em público Faz igual escondido Seu discurso é pobre É podre Desejo reprimido Encolhido Alma sem sal Sem tempero Seu maior sonho É também seu pesadelo É tanto medo Finge paz Mas vive no desespero

Desce Uma

C igarros e cervejas Amigos em uma mesa De bar Noite inteira Bebida caseira Tocando Paul Barulho do mar E na areia escaldante O sol já está lindo Brilhante Somos jovens Somos tão bonitos O mundo girando lá fora Deixando tontos os caretas A gente cheirando paz Outra turma fazendo besteira Corremos por ruas desertas Com nossas gargalhadas espertas Cuspimos marimbondos Tropeçamos, levamos tombos Deixamos portas abertas

Em Algum Lugar

  Quanto tempo esperei Em algum lugar Muitos anos demorei Para chegar E agora eu sei, eu sei Como é bom estar Dentro dos seus braços Ser tão amado E tudo que você fez Tudo que fez O vento tratou de virar De ponta cabeça De pernas para o ar Hoje sou Um pouco filho Um pouco pai Um pouco marido Um pouco de cada coisa Um pouco de tanto faz Agora é um duelo Contra o destino O desconhecido Você diz que é você Quem é que vai saber Também estou nessa fila Também vou escrever Uma carta de amor Versos e rimas Sem beijo de despedida Apenas o sabor de viver Até o próximo dia O próximo amanhecer

Bombas e Beijos

  Flores para quem diz odiar flores Poesias para quem não é sensível Amor para quem prefere guerra Quem não dá o braço a torcer Quem nunca erra Apesar de tudo isso Eu aceito Relevo seus defeitos Para você eu digo sim Sempre sim Você odeia tudo Não gosta de ninguém Tem raiva do mundo Fala absurdos Mas eu te amo também Você joga bombas Eu devolvo beijos Você não gosta de esperar Sou amigo do tempo Você é furacão Sou apenas um leve vento Apesar de tudo De tudo Eu ainda te amo

Vida

  Viver é dar voltas Girar, girar, girar Abrir portas Errar, acertar Bem antes de ir embora Viver é dobrar esquinas Nunca voltar pela mesma avenida Tentar descobrir os mistérios Os segredos indecifráveis da vida Viver é deixar lembranças Sentir o abraço de uma criança O bom perfume das flores Suportando todas dores Amar e fazer alianças Viver é observar Colecionar momentos Viver até o fim E o fim em qualquer tempo Viver não é fácil Por isso é tão bom Viver

Animais

  Bichos devorando tudo Eu disse tudo Armário, parede Bichos com fome Com sede Minha casa sua casa São vermes, são pragas Pequenos monstros Esses até Luisa mata Noite quente Crianças agitadas Família inteira Papai, mamãe, molecada Devoradores devorando Acabando com tudo Eu disse tudo Vasos, flores, estuque Um crime Várias testemunhas Cada um na sua Contra o patrimônio Pequenos Demônios Retrato para provar Mostrar o estrago Seres do inferno Acabar com um por um Eu também quero

Mudanças

  O palhaço é triste Mas sabe fazer rir Flor de plástico Não cheira, engana Mas enfeita Qualquer movimento Tem cara de dança Não aceito bem Toda e qualquer mudança Jogo fora poesias Mas guardo alguns versos Abro caixas vazias Deixo rastros e restos Tenho pressa Mas não consigo correr Observo fotos Imagino cenas O instante seguinte O próximo segundo Todos os fusos do mundo Músicas curtas Sonhos rápidos O tempo é um grande mistério Em qualquer canto Qualquer hemisfério

Vento No Rosto

  Novamente o vento toca em meu rosto Sinto o gosto da vida O fim, a despedida Amanhã, apenas mais um dia Ainda lembro o momento do medo O maior de todos os medos Realidade nua e crua Uma sentença, uma assinatura Do destino sempre tão cruel Completamente alterado Tudo escrito em um papel Não esqueça de mim Deixe eu morar em sua memória Minhas tristezas e glórias Vou partir, vou feliz Qualquer hora vou embora Noite que não termina Sol que já não ilumina O tempo é inimigo De quem não quer mais Quem não tem paz Novamente o vento toca em meu rosto

Aos Seus Pés

  O chão é frio Diante do seu poder Todo o seu calor Seu olhar Que fere, quase mata Corta feito espada Mas faz bem Muito bem Nos castelos Palácios Cegos e seus espelhos Mãos para cima Reverência Viva nossa Rainha Nas sombras Na escuridão total Seu brilho, sua luz Alto de uma torre Palavras de ordem Toda glória Glórias Desejos na memória No silêncio quebrado Fragmento de voz Sua voz Sim senhora Sim nobre senhora Em fila, todos Somos súditos Únicos O chão O mais perto que posso chegar

Luz

  Meu peito é uma janela Aberta para sua luz Você sempre tão perto Mesmo distante Toda paz que conduz E quando fecho os olhos Sinto todo o sol Você é o meu sol Que ilumina meu caminho Deixa tudo mais fácil Seu sorriso no retrato Para eu apertar no peito Para mandar um beijo Eu te amo em qualquer tempo Quem explica os mistérios da vida? Nem tudo acaba quando termina Quero ainda mais um encontro Por enquanto nos encontramos Nos mais lindos sonhos Meu peito é uma janela Para toda sua luz

9 de Abril

  Perto dos cinquenta Agora um pouco mais perto Mais um ano Mais um ano vivo Até quando não sei Só sei que eu insisto Voltas e mais voltas Em torno do sol Ainda tenho tantas Ou quase nada Viver é uma charada Sem resposta certa Sem resposta errada Fechando mais uma porta Tem outra logo ali Abriu (abril) Passos não tão largos Sem tanta pressa E o que ainda resta Saúde no prato Poesias e retratos Mais amor e menos festa Sou uma resposta do tempo Continuo sobrevivendo A vida é um sopro E eu sou o vento

Carta

  Brilha Tanto que nem percebe Que nem imagina Brilhar é sua rotina Sua voz Clara, cristalina Tão natural E suas fraquezas Todas Charme sensual Também chora Quem nunca? Chora Troca de roupa Muda o cabelo Um novo par de brincos Escolhe outro caminho Mas nunca perde o poder É modelo De tudo que pode ser Por onde passa Deixa sinais, rastros Fogo Sob seus saltos Fogo Brilha Brilhar é sua sina

Estranho

  Uma estrada sem final Sem fim Completamente vazia Toda minha Coisas da vida Onde estão os obstáculos? Vejo muitos atalhos Está tudo muito fácil Nem parece real Onde estão os inimigos? Assim eu desconfio Parece fora do normal Só parece, tudo parece tranquilo Quem não conhece acha Até acredita em tudo isso Viver é ter coragem Deixar tudo para trás Seguir em frente Criar ilusão na cabeça De quem não entende Não entende nada

Não Sei

  Ainda não descobri O que estou fazendo aqui Cheguei faz tempo Observei o movimento Mas não sei Realmente eu não sei O que estou fazendo aqui Enquanto o planeta gira Guerras são quentes São frias O ser humano destrói tudo Eu fico aqui observando Eu fico em meu canto O que ainda estou fazendo aqui? Tiros disparados Bombas por cima dos muros Gente escolhendo lado Vida sem futuro Será que meu pai sente saudade? Quase certeza que não O mundo anda tão estranho Tudo ao contrário E ainda não sei O que estou fazendo aqui Já está um pouco tarde para descobrir

Mela Cueca

O amor Quando tudo para Coração dispara Tão brega Mela cueca O amor Abstrato, real Tão ridículo Necessário e tal O amor Rima com flor Com dor Rima comigo Realmente é ridículo O amor É muito caro Tem, mas acabou É cafona Faz estrago O amor Pista cheia Dança estranha Doce na boca Na mão de criança  

Moderno

  Moderno do passado Sempre atualizado O caçador de ratos Herói sem capa Anjo pelado Gosto do perigo Vivo por um fio Quadro falso na parede Espiando tudo Sua fome, sua sede O estranho, maldito Forte que chora O que está por trás de um grito? Vem comigo Vamos embora Agora sou simples Mas tão direto Navalha na carne Dedo na ferida Ainda sou ousado Perdido na pista Poeta do pecado

Casmurro

  Capitu traiu ou não? Bentinho gostou ou não? O volume é mais alto na propaganda Comédia não ganha Oscar Pombos não têm medo Quem não dorme não acorda Deborah Secco disse que gosta O povo não gosta, mas sente "Toca Raul" nem sempre toca O super sincero não mente O "eterno enquanto dure" acaba O beijo esquenta e quase mata Todo poeta vomita palavras Verdades inconvenientes Respostas imprecisas O dia também é lindo Recheado de nuvens cinzas Nem tudo faz sentido Nem tudo tem que ter sentido Quem aqui prefere o domingo?

Bem

  Não é hora de chorar Não é hora de gritar Estou voando Eu estou bem Estou em todo lugar Estou nos melhores corações Não é hora de duvidar Nem questionar Estou olhando olhares Matando saudade Estou bem Conhecendo toda verdade Agora sou nuvem Azul do céu O sonho mais bonito O outro lado do infinito Giro do carrossel Sou o barulho dentro do silêncio Todo, todo o tempo Eu juro que não esqueço Que nunca vou esquecer Mas agora é outro dia Um novo amanhecer

Mês Quatro

  Abril Mil motivos para sorrir O tempo em movimento Mais um momento O meu dia, nosso dia Outros dias Abril O preferido, o mais querido Clima bom, muito bom Vento no rosto O mês que a gente gosta Frio batendo na porta É abril Filhos do outono Do quatro De agasalho no retrato Da cerveja quente Chocolate na xícara Da sopa no prato Abril Do Rei Roberto Das mentiras verdadeiras Das nossas coincidências Parabéns para nós Abril Do poeta que partiu

Benção

  Gosto de fechar os olhos Viajar dentro de uma canção Gosto de tocar o céu Ouvir a voz coração Gosto de enxergar Quem já não está mais aqui Pode parecer estranho Mas gosto de chorar de tanto rir Gosto de emocionar Sentir toda emoção Gosto de lembrar Vozes e mais vozes Palavras ditas Por pessoas queridas Quem eu não vou ver mais não A vida é um sopro Eu adoro voar Pés longe do chão Indo para qualquer lugar De novo Olhos fechados No ritmo de outra canção Alma lavada Viver é uma bênção

Diversão

  Vamos nos divertir Correr, brincar Pular o tempo Parque de diversões Todas minhas versões Bons momentos Amor de roda-gigante Montanha-russa Tudo muito bom Boa aventura Parque de diversões Nossas boas loucuras Ninguém é triste Tomando sorvete Beijando gente Voando na imaginação Diversão é estar com você Um enorme prazer De coração Uma explosão Fogos de artifícios Toda alegria No fim do labirinto Diversão

Verde

  Trevo verde Quatro folhas Noites tão boas Sorte, alegria Pura fantasia Ser feliz Boa mania Aproveito o vento Para voar Corro atrás do tempo Para não alcançar Nem sempre é fácil Nem nunca vai ser Todo dia é dia De não enlouquecer Viver E seguir o caminho Viver Fazer o próprio destino Só quero paz Eu faço minha paz O resto tanto faz Ser feliz Essa minha boa mania

2078

  O ano é 2078 9 de abril Um livro no chão O livro da minha vida Páginas e páginas escritas Algumas rasgadas Outras perdidas Um capítulo feliz Outro também Mas nem todos Nem todos Um dia amou Um dia foi amado Conheceu o ódio Lambeu o prato Passou fome Nenhum retrato Latas que chutei Gente que maltratei Roupas velhas Dinheiro voando Tudo que deixei O que ficou pelo caminho Um dia fechei os olhos Enxerguei Um filme passou Virei história

O Tempo

  Mistério que só tem um fim O céu azul é tão atraente Vou esticar minha mão Vou sair do chão Desembaraçar a barba de Deus Vou ouvir palavras da minha salvação Meu olhar, minha alma Minhas armas prediletas Preferidas Eu vejo cura, toda cura Encontro cura Chagas e feridas Perdi o amor pelo tempo Sou atemporal Enxergo o destino traçado Rabiscado no chão de Carnaval Vou enfrentar os meus medos Vou entrar sem bater Pelas portas do fundo Meu caminho é sempre curto É um pouco de desgosto Mas agora pode ser, vai ser Algo muito mais profundo Ao meu gosto

José

  Um pássaro Leve e cheio de amor Passarinho Que bateu asas e voou Foi, e foi... Levar sua paz Todo o seu silêncio Um templo De sabedoria e vida Bem vivida Um quase professor Foi assim Que o dia escureceu O mundo perdeu E a gente percebeu Quanta falta faz Quanta falta já está fazendo O nunca mais É muito tempo Agora é vento É chuva Fenômeno da natureza Uma boa lembrança Sol entre nuvens Doce perfume O ponto mais alto Um lindo pássaro Que bateu asas e voou