Postagens

Dor

  Choro é dor Que não cabe no peito Choro é dor Que machuca por dentro Lágrimas Lágrimas São palavras ditas pela alma Quando tudo parece perdido Quando única solução é um grito Páginas Páginas Escritas pelo destino Vida inteira em um livro Sentimentos e medos Somos um poço de emoções Desejos, sensações Ninguém nasceu para ser feliz Mas a gente é teimoso Insiste, insiste E quando pensa em desistir Chora, chora, chora E choro é dor Que também faz bem

Sempre Paul

  Paul Mais uma vez Pediu uma cerveja Cantarolou uma canção Sonha ter uma banda Cantar para uma multidão Paul Um cara engraçado Fuma alguns cigarros Sopra para o alto Paul E sua vida de cachorro Vira-lata, sem dono Mas é amigo de todos Um cara legal Paul só namora Quando chega o Carnaval Paul Perde o amigo Mas não perde a piada Pede mais uma gelada Vive pela rua Mora na madrugada

O Diabo Gosta

  O tempo não passou para nós O nosso amor ainda é jovem Andamos de mãos de dadas Curtimos madrugadas Nascemos um para o outro Já não temos mais pressa O mundo que nos espera Rodamos por todos os cantos Sorriso que termina em festa Nascemos um para o outro O nosso lado bom É bem conhecido Causamos inveja Causamos conflitos Cuidar Vamos cuidar Para continuar dando certo O tempo não passou para nós Estamos em plena forma Amando do jeito que o Diabo gosta

Fim

  Todo fim tem um começo Vamos juntos nesse momento Tão bonito Não tenho pressa Também não tenho medo Estou perto de descobrir O tamanho do tempo Fale comigo O necessário para eu partir O básico para eu ser feliz E simplesmente ir Vou para o céu Nadar no seu azul Voar em tapetes brancos Outros planos em outros planos Cubra todo o meu nu Sou mais uma vítima Da finitude da vida Inevitável final Última chamada Hora da despedida

Livro

  Versos Palavras ousadas Segredos contados Dentro de um livro Gritos reprimidos Desejos Tudo isso em suas mãos Enorme perigo Entregue, sem saída Minha vida todinha Ao seu dispor Para tudo aquilo Que parece o tal de amor Chantagem emocional Prazer carnal Jogo de sedução Um pouco distante Um pouco em sua mão Nem precisava tudo isso Era só dar um assovio Um papo ao pé do ouvido Mas mesmo assim valeu Valeu demais Versos de amor...

Djavan

  Bola Ponto futuro Estrada, noite Agora Chute, retrato Escola Um dia sim Violão Conta de mim Fim Chão de terra Chão de céu Um show Noventa minutos Santa, planta Dança Alma que canta Brasileiro, americano Dono Seu canto Rima com amanhã Hoje ou Djavan Desarmando Bombas, corações Improvável Tímido, calado Sensações

Meia-Noite

  Tenho medo da meia-noite Medo da virada Do que pode acontecer O novo sempre assusta Arrepia Mesmo acabando em prazer Tarde da noite Televisão fora do ar Ainda está escuro Mas é bom dia Do lado de cá O quadro na parede Assusta O olhar da figura Procura Tenho medo da madrugada Tenho medo da rua Quando o sino bate Trauma Cenas na escuridão Meia-noite Todo dia uma emoção Tenho medo...

Minha Praia

  O meu céu É minha praia Vivo mergulhado Num mar de palavras Nuvens de areia Sinal de fumaça Mando beijos Ainda faço minha graça Você não vê Não enxerga Mas estou aqui Atravessei o tempo Eu sou o tempo Nunca morri Não, não Continuo chocando Os falsos indignados Sou o Brasil e o seu retrato O gozo e o prazer Liberdade de um menor abandonado No mundo das mentiras Ainda sou verdade Essa é minha praia Minha praia

Show

  Minha vida é um show Com participações especiais Em alguns momentos aplausos Em outros vaias Minha vida... No teatro Presente e passado Em cima do palco Cortina ainda aberta Minha vida Um programa de humor Filme de horror Adversários imaginários Quadro pintado Três por quatro Um retrato mal falado Sou uma voz desafinada Fora de compasso Cantando tudo errado Minha vida é um show Com personagens trocados

Saudosista

  Saudade De uma canção De pessoas Um tempo bom Saudade De um cheiro Da infância Alegria de uma dança Saudade Saudosista Eu sou O que ficou para trás Fecho os olhos E vou Tenho toda idade Idade que fui feliz Nenhum dia é qualquer Qualquer dia Sempre que eu quiser Ninguém morre Ninguém some Nada apaga Nostalgia Antigamente, minha alegria

O Tempo

  Não vejo o tempo Mas sinto sua força Passa feito furacão Um estrago danado Já não sou mais o mesmo Sou diferente do retrato Tento correr Apanho das pernas Tento andar Tropeço na língua Está tão difícil Já não sou mais o mesmo Sou meu próprio perigo Mas ainda sou esperto Tenho inteligência Sapiência e muito mais Quem meu abraço abraça Aprende e tem paz Ensinar também é aprender O bom da vida é viver Não vejo o tempo Mas ele sempre está lá

Louco

  Nem todo poeta é louco Sou só um pouco Minha loucura é você Faz enlouquecer Fecho olhos Abro a boca Tomo toda sua sopa Recheada de prazer Gosto das suas aventuras Sento e escuto Calado e todo feliz Tudo que você diz Tento resistir Mas não resisto Tento não pensar Só penso nisso O tesão é um perigo Perigo bom O que faz bem para nós A gente sabe muito bem Eu sei E adoro o sabor O gosto que tem