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Mostrando postagens de abril, 2020

Sangue

Não adianta gritar Eu não sei, Não conheço ninguém Mas se quiser continuar Pode bater Vou morrer sem saber Por favor, Devolva meu corpo Preciso ser encontrado Leve para minha mãe Jogue na porta de casa Naquela rua que fui capturado Por favor O gosto de sangue Liberta meus sonhos Dor do corpo Deixa minha alma mais leve Já não enxergo, já não escuto Não falo mais nada Deus vai perdoar essa gente mal amada Deus perdoa tudo e todos Até quem não tem pecado Quem apenas estava andando pela madrugada

Caminho do Sim

Vou vestir o meu melhor terno Para brincar com meu brinquedo favorito Tirar um som da guitarra Falar de amor e afeto O amor, o bom amor, o bom do amor O que nos ensina, sempre ele O que faz o compositor se expressar Romântico, eu sou romântico E o meu caminho, O meu caminho é sempre o do sim O prazer que não pode, nunca Que não pode acabar Procuramos cura para todos os males, todos Se não hoje, amanhã vamos encontrar Vamos encontrar Vamos

Partida

Vida que dá alguns avisos Mas que nunca avisa quando é o fim Vida é onda Um dia vai, outro dia nem volta Vento que refresca meu corpo Baixa minha febre Gosto de andar pela calçada Imaginando que vou ver o mar Daqui ou lá de cima Ou de qualquer outro lugar Encontrei minha paz Pena que tarde demais Mas talvez isso seja normal Pouco antes de encontrar Deus Ou o Diabo, ou sei lá quem Importante é ser tudo natural Vou pensar em frases bonitas Palavras para eternidade Quero ser lembrado Quem sabe até deixar saudade Guarde suas flores Para quando encontrar um grande amor Guarde suas lágrimas Para quando não suportar mais nenhuma dor

Mamãe é Normal

Mamãe rabiscando Desenhando em um papel de pão Eu do seu lado aprendendo Quem tem sempre razão Mamãe sabe tudo, Sabe de tudo Faz bolo, faz feijão Coloca bebê pra dormir Dá palmada no bumbum Usa chinelo, vara de marmelo Até palma da mão Mas tem bom coração Mamãe não entende de política Não é politicamente correta Sabe fazer um bom carinho Dá beijinho no rosto e na testa Mamãe é normal Canta e grita Na igreja reza Em casa chora Todo dia uma briga, Todo dia um perdão É sempre sim senhora Sim senhora

Na Minha

Não invento heróis Não invento vilões Não acredito no céu, muito menos no inferno Na transparência do copo O azul não é mais azul O mundo tem minha cara Tem o meu humor Cheiro de flores, cara triste do terror Pactos são feitos com o sangue dos outros Um minuto de silêncio para os que ainda estão vivos Os loucos que são felizes Vivem em outra dimensão São atores, são atrizes Imagem do tempo, Retratos da vida Não tenho vocação Não sou exemplo para ninguém Não precisa me seguir Eu não sou artista

Poeta Diabo

Não existe noite perfeita Noite perfeita só na mente do poeta Só na imaginação, naquele verso sem rima Poeta não anda em linha reta Duas pedras de gelo, mexe com o dedo Vira de uma vez, cabelo desmanchando com o vento Poeta não tem medo, não tem medo O poeta não tem vergonha Tira roupa para ser fotografado Beija seu amor no meio da rua Gosta do prazer de ser flagrado Brinca com palavras, brinca com o reflexo Quer que tudo termine logo Para dar mais um trago depois do sexo _ E quando o tempo não passa Faz enormes fogueiras Queima livros, rasga capítulos Destrói histórias Chá de cogumelo para ficar esperto Mamãe acha o poeta tão esperto Quando não tem nenhum tostão Rouba o ladrão Só não vende sua alma para o diabo Pois o poeta é o diabo

Algoz

Trocando letras Poder vira podre, podre vira poder O dia já virou noite, E ninguém fez nada, Ninguém faz nada, Nada Abro os olhos Já sei o resultado Estou perdendo Mais uma goleada alemã O meu tiro sai sempre pela culatra O seu vive acertando minha testa Assim não vai ter amanhã Sempre fui roubado, passado para trás Mais de três vezes e não ganhei o taco Roubo sem mão armada É traição, é chute no saco Eu só quero viver, Viver Bobo da corte Otário da história Tudo que é ruim Um dia sempre volta Minha cabeça em uma bandeja Não existe paz, não existe glória Idolatre seus pais e seus filhos Grite enquanto ainda tem voz Toda igreja tem altar, Toda casa ainda é um lar Quem não mata sua fome Mata você por inteiro É o seu algoz

Amor Irmão

Onde eles moram? Agora exatamente eu não sei Onde estão agora? Talvez no arquivo vivo do coração Dentro de uma canção O céu tão bonito Viagem dos sonhos O artista e o palco Amor infinito Estrelas da terra Dos pés no chão Poder da voz Amor de irmão Nunca separados Juntos na próxima curva No próximo compasso Com os olhos ou poder da mente Amigos estão sempre juntos Em silêncio, dentro de um abraço Filme das nossas vidas Um clipe com boas imagens Retratos da nossa realidade Do passado até o presente Nunca existiu saudade O sol vai sempre brilhar O nosso sol vai sempre brilhar

Abelha

Uma canção de amor Tão fácil de entender Ou não? O amor é sempre tão complexo Com todas suas prosas e versos Vida é sempre tão curta, Só não ganha dessa sua bermuda Pare com essa melodia bonitinha Escute minhas palavras Caia na real, entre na minha Não tem você, nem nós Eu, sempre eu Olho do alto, bem do alto E coitado, Coitado de quem não faz Tudo como eu quero

O Tempo

Amor de carnaval em setembro Amor de mãe em janeiro Amor o ano inteiro Simplesmente amor Quatro estações Tempo que não precisa de relógio Mas é preciso ter tempo para respirar O tempo todo, todo tempo Todo tempo do mundo O céu nublado confunde Menos o menino que não para de brincar Só corre da chuva, não gosta de água O tempo não para, e não paro de cantar Vou correr atrás de você Com um violão, algumas flores e uma bomba Vou cheirar o pino, tocar pétalas, explodir o instrumento Nosso tempo é só um momento Momento para amar, sentimento

Metade do Meio

Acordes e recortes de uma canção Um plágio inédito da mente Som afinado de um violão Refrão, Mais ou menos na metade, Metade da história, história cantada Tema de novela, trama sincera Namorado e namorada Agora quero sair de mim Deixar meu reflexo no espelho Quebrar, ter azar, Depois jogar os cacos dentro de um carro Fugir, perder o ar Ar que eu nunca sei onde achei Vida sem freio, ao meio

Mesa do Café

Mesa do café Também é do almoço Também é do jantar Mesa para o seu corpo Deslizar, acabar, enrijecer Para ficar bom na hora de morrer Faca de pão cravada no peito Faca de pão não tem ponta Seria melhor serrar o pescoço Ou quem sabe um refogado Com pedaços do intestino grosso Das tripas coração Fígado, pulmão Garfo ou colher? Diz aí canibal Quando não está de dieta Você prefere homem ou mulher?

Gratidão

Gratidão tem forma de gente, de pessoa De pessoa que a gente agradece, ao ato Completamente grato, de fato Quem estendeu sua mão, ajudou Não julgou, não Relações e seus erros, atropelos Nunca foi juiz, apenas deu O seu perdão Perdão não é segunda chance É apenas saber conviver, humano Não sou perfeito, mas tenho jeito O pecado nunca morou ao lado Vive dentro do peito Só eu sei o quanto é, é difícil Entender, compreender um defeito Tem um leão aqui na sala, de casa Dentro da minha garganta, que arranha Boas palavras Obrigado você, obrigado Que ficou do meu lado

Mar

Eu quero brisa, eu quero paz Eu quero apenas, tão somente, A simplicidade de um amor Quero conhecer aquela ilha Que dorme em seus olhos Que causa tanto fervor Pedido de socorro, mensagem em uma garrafa Tudo é música, tudo é palavra Um mergulho nas profundezas da poesia Na beleza de quem se afoga em lágrimas Que sonha ser salvo por cordas de um violão Jogadas ao mar das loucuras De quem enfrenta uma tormenta Mas não resiste e morre de paixão

Dose

Bíblia do poeta, dicionário Vitamina de quem escreve, cachaça Noites em claro, frases ao vento Inspiração em coisas paradas Também em movimento Todo dia um prazer com hora marcada Um cigarro, um beijo, uma palha Procurando novas palavras Para mais um verso, mais um insucesso O segredo é mais ouvir do que falar Pode certeza, nunca falha Eu nunca vou falhar Tomei veneno e errei na dose Virou remédio, curou minha tosse _ Sua voz cai sempre tão forte Escuto mesmo quando você não está aqui E quando o mundo parar de girar Vou descer até o térreo, e vou pular Dentro dos sorrisos e das flores Morrer em outros braços, Outros amores

É Tua

Álbum de fotografias Lembranças, viagens, perto do sol e da lua Verão europeu, calor que assusta Dias quentes pela rua Uma canção para refrescar Para ser tua, tua Toda tua Uso um verso que não é meu, Não é de ninguém Encaixa e cabe em todo poema que escrevo Toda vez que descrevo você Palavras fortes, palavras para segurar o tempo Canto em noites de insônia Passo em branco olhando a escuridão Escuto vozes, várias Da janela vejo uma multidão É festa, é festa É festa da torcida do time campeão Sobre mares e oceanos Vou em paz, vou voando Idas e vindas Procurando línguas Nem sei mais em qual idioma eu estou cantando

Guerra Particular

Estamos em guerra O inimigo é íntimo Bombas, aplausos, Gritos e sorrisos Duelo das cores Luta em aquarela Estamos em guerra O passado de presente O morto que agora está vivo Um passo para o precipício Doença mal curada, sequela Estamos em guerra Qual é sua bandeira? Salve, salve nação brasileira Brigar com espelho Igual bater na mãe por causa de dinheiro O meu país É estrada de mão única Pelo menos deveria ser Pátria amada, maltratada Pés descalços, descamisados Filhos de vários pecados Sangue por todos os lados Somos da mesma terra Filhos abortados da natureza Quem dança, balança Não tem tempo para fazer guerra

Gritos

Escuto gritos de um lado Escuto choro de outro Parado no corredor Não sei em qual porta eu devo entrar Não sou bom com palavras Muitas vezes respiro errado Vivo em silêncio e sem ar Sou sempre muito observador Escuto risada, imagino gemido Vejo sensualidade em tudo No dedo molhado que muda página de um livro, No beijo da reconciliação Toda certeza me irrita, o acho não _ O bom de ensinar é desaprender Conhecer estraga o que eu gosto Prefiro o mistério das pessoas inteligentes Esperar é saber ser paciente Quando eu morrer Que seja em uma rede Para o meu balançar confundir Mas se eu cair em uma calçada Não quero jornal velho sobre meu corpo Prefiro os versos de um maldito Com frases riscadas e sublinhadas E que ninguém espante os pombos

O Querido Que Ninguém Ama

Sem documentos, Sem nenhum documento Ando só com a roupa do corpo E um pouco de talento Mas não confunda, não sou vagabundo Sou apenas um filho da rua Sei o meu nome, sei como todo mundo me chama Cada apelido conta um pouco de mim Sou tão querido, mas ninguém me ama Conheço todo tipo de dor Da alma, do corpo, da mente Que fica marcada na pele Que faz eu esquecer que sou gente Madames pelo calçadão Desfilam com seus cachorros Deixam muita merda para trás Todas para eu pisar Sou o que sobrou do mundo Que vive lá no fundo Lá onde você não quer enxergar Na foto eu apareço lá atrás Sendo preso, algemado, jogado no camburão Aplaudido por fãs do pecado Não tenho culpa, só queria voltar para o sertão Conheço todo tipo de bandido Alguns atrás das grades Outros atrás das mesas Fugir nunca esteve em meus planos Bolso furado sempre foi minha maior riqueza

Recheio

Cansei de ser mastigado Por seus dentes afiados Ser cuspido por sua boca suja Ser jogado na rua Cansei de ser chutado, ser varrido Ser ferida, carne crua Pendurado em seu pescoço Não sou mais adorno Quero distância da sua loucura Amor bandido não prende ninguém Escapei ainda com vida Agora toco minha música Ganho meus trocados Melhor é a saída Esqueci sua foto em minha carteira Deu preguiça de jogar fora Sei que nunca vai ter volta O erro também faz parte da história Quando lembrar de mim Chame o garçom, um copo cheio Alegrias e pesadelos O fim é só o começo Nosso caso nunca teve recheio

Alma

Alma que desperta Com teu canto, tua voz Alma que acorda de sono profundo Quando escuta os passarinhos Que moram em sua garganta E o sol, o sol, o lindo sol Que nasce dentro da sua boca Que engole o meu corpo, E arranca minha roupa Aconchego, Agora quero um aconchego Um aconchego e só Só, só, só

Janeiro

Janeiro, Todo mês parece janeiro Não saímos de janeiro Agora é isso o tempo inteiro Uma canção que não é minha Nossas vozes, parceria No alto de um morro O gosto tão gostoso de cantar Até o fim do ano chegar Até janeiro Vamos, Vamos para uma praia, Uma casa de campo, Um castelo com mil reis No Rio de Janeiro em um mês de janeiro Amanhã de novo o mesmo mês Tudo outra vez

Também na Esquina

Resposta sem pergunta Pergunta que ninguém ouviu Vontade de falar, desabafar Soltar o ar, o ar, o ar Gritar na curva de uma estrada, Na beira de um rio Lutar contra um inimigo que eu não enxergo, Inimigo íntimo Poesia para curar, Para limpar o ar, o ar, o ar Concreto e abstrato, O trato, o trato, o trato Sonho e realidade A idade, a idade, a idade Qualquer lugar, qualquer lado Estou sempre do lado da paz Sou gente no mar de gente Dias tristes nunca mais

Pecados

Todo mundo nasce Santo Primeiro dia já está cheio de pecados Carrega todos pelo resto da vida Vive sempre rodeado Uma oração no café Uma tentativa de ser normal Mas logo vem a tentação, O rugido do leão Vovozinha gosta mesmo é do lobo mau Sete passos para o paraíso Sete passos decisivos Loucura sem volta Safadeza não se aprende na escola Conte um segredo Um que todo mundo já sabe Vamos fingir surpresa Para alegrar nossa vaidade Todo mundo nasce Santo Menos a gente, menos a gente

Amigo Secreto da Marisa

Amigo, Amigos secretos Oculto, Amigos ocultos Um culto, uma cerimônia qualquer Uma letra, Leve sua letra que eu levo minha melodia Vamos cantar até raiar o dia Não vamos parar Parceiro, Parceiro distante também é parceiro Música com caneta tinteiro Meu sistema é o brasileiro Eu quero mesmo é cantar Mande sua encomenda Que entrego meu resultado Gosto de poesia, de verso quadrado Não sei ficar quieto, ficar parado Não sou montanha, sou bicho do mato Olhe para frente Olhe para lá Olhe para dentro Venha logo para cá

Mãe

Braços esticados, estou pedindo colo Quero atenção Olho para cima, minha mãe gigante Sou uma criança, um bebê brincando no chão Tenho fome, tenho sede O choro é apenas uma forma de dizer "Eu te amo" Mãe é vida, é luz É amor na guerra É pessoa que nunca erra

Rosas e Reis

No palco, no alto, Reis, rosas e violões Um som para alegrar Súditos e jardineiros Derrotados e campeões Sutilmente pode chegar, Sutilmente pode dançar Criador sem criatura Apenas criadores Estamos guardados, presos Ouvindo sons das vozes Vamos sair mais felizes e ilesos Gostamos de abraços Suplicamos abraços O barulho bom de um abraço Antes que o mundo acabe Ou será que já acabou? Só música para salvar O que nunca ninguém salvou Letra e melodia Toda noite é sonhar com um novo dia

Ruas

Quando o amor chegou aqui Passou reto, não quis me ouvir Então, Pobre do amor Que não conheceu esse bom coração Não quis perder algumas horas em meu peito Coitado, Poderia ter tirado minha vida da solidão Ando por ruas vazias Olho meu reflexo em poças d'água Choro em silêncio Escondido para não guardar mágoas Crianças brincam felizes Fico aqui observando Queria ter a tranquilidade A paz dos anjos

Máscaras

Fico tentando descobrir Quem está atrás da máscara Vejo apenas os olhos, apenas alma Por isso gosto das flores Nunca escondem nada Estão sempre bonitas, mostrando sua cara Ouvir voz sem ver boca Situação tão louca Palavras abafadas O "eu te amo" fica tão sem graça O amor é contagiante Pega e não sai de jeito nenhum O corpo está sempre exposto Mesmo que a contragosto Mas fique calmo, não faz mal algum E nos dias de hoje Tudo é perigoso Mas não tenho medo É olhar para frente, seguir no jogo Sou escudo, sou duro, um muro Um eterno corajoso

Samba

Quem é que sabe? Eu sei Aqui em meu mundinho No mundo da lua fabricando canções Fazendo um samba Distraído, sem muitas pretensões Brincando com palavras Ganhando e perdendo Letra que passa de mão em mão Não que vira sim, sim que pode virar não Quem determina o amor? Só mesmo quem escreve Só mesmo o pobre coitado do compositor No papel é sempre diferente O que escuto não é o que escrevo É ação e reação, Voz e violão, Relevo da alma O que tiver que ser, Vai ser

Moraes Moreira

Tristeza também desce ladeira Corre, escorre no rosto Não é brincadeira Som das cordas do violão Varre, varre, varre Varrendo estrelas do chão Na Bahia de todos os Santos, Em todo o Brasil, Agora é o silêncio que segue o trio Chinelo de dedo, pés descalços Aplausos do povo, Povo no asfalto É Moraes, é Moreira É filho da fé, da fé brasileira É lua, é lua cheia O canto da saudade, O canto da sereia Preta, Pretinha Vida dando rasteira

Clodovil

Não conheço os segredos da vida Por isso tenho tanto medo Não consigo ser feliz, mas também não sou infeliz Sou aquele que coloca o dedo Na sua cara, na sua ferida Deus criou o Diabo ou foi o Diabo quem criou Deus? Quem inventou o bem e o mal? Estou vivendo mais um dia banal Gosto de ouvir versões do mesmo fato Gosto de não entender suas explicações Tudo é sempre tão insuportável Odeio frases feitas, Sinto lhe informar, mas não existe separação amigável Nada mais chato Do que uma mente brilhante no café da manhã Use sua língua para algo útil Limpe os pratos, seja prático O pecado ainda está dentro da maçã

Rei da Noite

Mais uma festa Todos aos meus pés Sou o Rei da noite Posso tudo, todo mundo me quer Chego de mãos vazias Logo estou com o corpo cheio Enxergo gente morta Vomitando palavras Olhando no espelho Fantasias expostas Fraturas expostas Almas feridas Vício e versa, versa e vício Nem isso e nem aquilo Quem vai me acompanhar Na saúde e na doença? Vou colocar todos os nomes Apelidos e sobrenomes Na minha biografia não autorizada Lá se foi mais uma madrugada