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Mostrando postagens de maio, 2021

Amor Legítimo

  Todo amor é legítimo Lindo demais Todo amor vale a pena Mesmo em camas pequenas Com estranhos casais Estranho mesmo é não amar Amor, Paz e guerra Nem tanta paz, Nem tanta guerra E não queira entender O que dá prazer O que é bom para um Pode não ser bom para você O que entra e o que sai Do coração de um apaixonado Não interessa pra ninguém Amor tem gosto, tem cheiro Desejo que vai muito mais além O amor é cego Mas enxerga várias cores No claro, no escuro Atrás do muro O amor não tem limites Nem sempre alegre, Nem sempre triste Todo amor é legítimo

Presente

  O presente realmente chegou Embrulhado, empacotado Com cheiro, com gosto Com gosto que faz bem O presente chegou Junto com um bilhete Sua letra linda, recomendações Matando minha fome, minha sede Mãos ao alto, na parede Eu me rendo, faz tempo No final todo mundo fica feliz Você aí do alto Eu aqui digitando senhas Sei bem a melhor maneira De fazer alguém especial sorrir Meu melhor presente ainda não chegou Vai ser o próximo, depois do próximo Com uma nova carta, suas palavras Suas risadas no papel Menina má também vai para o céu Eu vou junto, junto Amarrado, amordaçado Eu juro que vou

Na Cabeça

  Marteladas na cabeça Um tiro no nariz Flores em vida Sétimo dia Não estou mais aqui Forte igual formiga Carregando o mundo nas costas Esmagado, pisoteado O branco dos seus olhos Olhando para mim Querendo tomar meu corpo Invadir minha corrente sanguínea Anjos e demônios Toda noite é fria Vida em jogo Na fila para o inferno Rasgado ou de terno Doce sabor do veneno Nem sei mais quanto tempo Ainda vou suportar Sou do tamanho da minha sorte Sou o encontro do azar

Janela

  Janela aberta, mundo lá fora Muito mais que o meu umbigo Vejo guerras, vejo bombas Tudo ao contrário Sou um grão de areia Sou quase nada no infinito Viver é um grande perigo Mudei o meu discurso Cansei de ser surdo Tirei meus óculos escuros Cansei da lua, sou da rua Espalho poesias, sou um nobre artista Tudo vai ficar bem De braços dados, juntos Forte, sempre forte com mais alguém Meu protesto é minha voz Minha voz, um sentimento Sem medo, com tempo Janela aberta, mundo lá fora Tenho pressa, tudo é para agora Estou indo embora

Sopro

  Vida é um sopro Frase batida, repetida Algumas vezes esquecida Nem todo mundo tem bom gosto De viver correndo risco Escapando por pouco Vida é um sopro Outras vezes um furacão Um copo meio cheio, meio vazio O instante de um grito Uma queda no meio-fio Ter pressa e ainda ter tempo Para ir até o sol Pegar um bronze Sentir o vento Transas e caretas Dramas e trombetas Antes do fim do mundo Antes de morrer Todo dia aprendendo viver Castelo de cartas Cartas marcadas Vida é um sopro É tudo, é nada Vida, vida, vida Calendário sem data

Inseguro

  Um cara inseguro Eu sou Falo isso com segurança Escrevo livros de duas páginas Escrevo meus sonhos Gosto de falar dos meus heróis Falar das minhas angústias Prazer e aflição dentro do meu silêncio Minha insegurança Minha graça, minha sorte, minha maldição Sempre atento, sempre Com o ouro na mão Compulsivo e satisfeito Procurando precisão Até pareço perfeccionista Eu não sou Gosto da imperfeição Inspiração, transpiração Esforço sobrenatural Diariamente Discordância, raiva Produzindo conflitos, atritos Buscando o equilíbrio E quando eu morrer Minha obra vai ficar Na prateleira, perdida Meu trabalho, meu legado Vivo, eternamente vivo

Seu Olhar

  Seu silêncio que fala Mais de mil palavras Seu olhar, um olhar Que comanda e maltrata Mas juro, eu juro De que eu gosto, gosto muito Entendo seus sinais Sua fúria bem guardada Sou seu alvo fácil O que não reclama de nada Agradecer Antes de tudo, antes de morrer Sobreviver Contando os segundos Acatando o seu parecer Entrego flores, cada pedaço Do meu corpo, do meu gosto Minha vontade de ser O que você bem entender Cor Qualquer cor A cor que você escolher Usar, calçar, vestir Não resistir Quem entende o prazer? Nem tudo tem explicação O perigo é um detalhe Doce sensação

Ladrão

  Eu sou ladrão Assalto no escuro Sem pedir licença Entro em sua casa Risco e rabisco suas paredes Deixo marcas, rastros Sou ladrão Deixo um bilhete Duas ou três palavras Ladrão da madrugada Agora estou em seu pensamento Roubando o seu tempo Toda sua paz Hoje ou nunca mais Eu apaixonei Você não gostou Entendo, entendo Ladrão nasceu para ser castigado Julgado, maltratado Perdão, só peço perdão Chegar assim do nada Roubando sua mão Sou fúria, sou monstro Sou tudo, quase tudo Também sou bom Isolado, guardado Na jaula dos leões Todo ladrão tem o dom De ser ladrão

Ritmo

  Você sabe o quanto eu gosto de falar De contar segredos, revelar Imaginar como teria sido Agora tenho pressa Preciso recuperar o tempo perdido Amigo, amiga Amor, risada, alegria Minha vida tem o ritmo de uma canção É uma grande escolha Viver morto por cem anos Ou apenas um e cheio de emoção Agora é transformar Virar sim, não ou talvez Mais uma vez Ser o que nunca deixou de ser Na passarela sou luz Você conduz, me guia Decide o melhor, eu aceito Sem medo de ser feliz Um pacto de sangue Viver é conquistar Você sabe o quanto eu gosto de falar

Livro

  Eu sou um livro, qualquer capítulo Filho da história Aquela que o tempo não apaga Que fica na memória Sou o vento que espalha Que sopra perfume pelo ar Então, nunca esqueça meu rosto Meu nome, meu olhar Eu vou ficar, ficar No pensamento das boas cabeças Dessa gente que gosta de falar Não vou olhar para trás Vou feliz, vou seguir meu caminho O que passou, passou Missão cumprida, acabou Já não estou mais sozinho Agora sem dor, nenhuma dor E o que sobrou de mim O que vai ficar Minha alegria de viver Sou pássaro, sou anjo Sou luz em outro plano Sou luz

Amores e Motores

  Minha vida, 120 por hora Atropelando, dando o fora Sou um instante, sou agora Perfume de gasolina Passando por cima Máquina voadora, cavalo sem asas Rachando por qualquer esquina Cortando ruas, atravessando sonhos Amores e motores Veneno da meia-noite Nem tente me seguir Estou no controle Amores e motores Vou pelo caminho do bem Maldade eu já conheço bem Sem medo, sem freio Correndo contra o tempo Amores e motores Os sonhos em movimento Amores e motores

Tarja Preta

  Não queira entender meu humor Não pergunte como estou Apenas obedeça e coloque na cabeça Que nem tudo é como você sonhou Eu sou, sou eu Quem vai resolver os seus problemas Quem vai mostrar a solução Quem vai dar uma palavra amiga Aquele delicioso palavrão E agora vou, eu vou Tomar um tarja preta Mostrar o peito e a beleza Meu corpo, minhas curvas Minhas regras desregradas Não venha com papinho Não venha com conversa fiada E, nem olhe assim E, cara feia é fome E não, não diga para mim Seu endereço e nem seu nome Não quero saber da sua vida Não vou responder suas investidas Passe amanhã pela manhã Quem sabe eu esteja na esquina Quebrando tabu Para não quebrar sua cara Sai daqui com essa sua tara Sou objeto do meu prazer O que posso ou não posso Não é você quem vai dizer

Sacrifício

Sou o sacrifício O esforço, o grito de dor Todo desespero, medo O tempo de uma cor Sou lágrima, sou página Triste de uma história Erro eterno gravado na memória O brilho que brilha na noite escura E na hora da morte Toda alma é pura Água, uma gota de paz O silêncio e o sal A cura da minha ferida Ferida Não sou culpado Sou o motivo do pecado Do ódio do maldito Filho da esperança Quem tem fé Tem sempre um motivo Para simplesmente sonhar  

Letra

  Vou fazer uma canção Escrever uma letra Falar de uma letra Do nosso amor Do amor que ainda tenho Não sei tocar violão Mesmo assim juro que vou Vou fazer uma canção Com todos seus toques Todos os acordes A mais linda melodia Vou falar de alegria e solidão Também posso falar Dos meus medos, minhas angústias Sonhos e pesadelos Anjos e demônios Fantasmas que eu vejo Quando fecho os olhos Quando tudo é desespero Posso até falar Que não gosto de igrejas Não gosto de altar Prefiro cemitérios Todo seu silêncio no ar Vou fazer uma canção

Quero

  Eu quero sim Eu gosto sim Prefiro assim Pela sombra, de boa Fazendo você feliz Minha missão é agradar Fazer gargalhar e sorrir Sorrir e gargalhar Quem sabe o prazer De usar, abusar Comer uma nota de cem Na palma da sua mão Comer os farelos, os restos Suas migalhas, pisadas Por sua maldade Seu calor, todo o calor Na solidão do meu chão Bicho homem, homem bicho Misturado, indefinido Centauro entregando os centavos O prazer de pagar os pecados De joelhos, joelhos Obedientes e dobrados

Vaca

  Vaca no pasto Vaca no prato Em todos os lares Todos os lugares Ogro, bom gosto Ogro, gosto duvidoso Mato que alimenta Mata fome, sustenta Vaca gorda, gente louca Quem vai condenar Quem mata para matar Sua fome? Sua fome Vaca, vaca Na capa de um disco Morte para o maldito Vaca, vaca Mulher do boi Zebu Rima sempre fácil Animal de vida frágil Vaca não tem pecados Morre em silêncio De profana até churrasco

O Tempo

  O tempo está passando Na velocidade de um jato O tempo está levando Pessoas e o meu passado É um trem na estação Uns ficam e outros vão Muitos já estão do outro lado Todo dia um adeus Mesmo sem despedida Melhor não perder tempo Esperando por partidas E não adianta fazer força Muito menos lutar contra Você vai ser atropelado O final é inevitável, irreversível Então solte o corpo, relaxe O inimigo é invisível Toda ocasião é especial Melhor roupa para ser admirado Boas atitudes, boas vibrações Dois goles, um cigarro Viver para um dia ser lembrado

Mãe Flor

  Posso até errar o caminho Mas sei que ela vai estar lá Braços abertos, um sorriso Um último lindo olhar Ela também está Em vários outros lugares Corpo, alma, coração Dentro de um perfume De um barulho bom Seu som, sua voz Em minha cabeça Amor de mãe, uma certeza Não tem ponto final Na Terra ou em qualquer planeta Toda mãe sabe Quando vai chover Quem é filho também sabe É melhor obedecer Toda mãe sabe Que tudo é para sempre E nem adianta morrer

Estranho

  Você não precisar explicar Toda vez que alguém perguntar Quem é o esquisito ao seu lado Essa gente curiosa Quer saber para depois falar mal Sei muito bem como é Não entende seu bom gosto Finge um suposto apoio Mas não leva muita fé Sei bem como é Vamos continuar vivendo Do nosso jeito Sem obrigações, receios Não precisamos provar nada Ser feliz ainda é de graça Eu tenho raiva Você tem fome Eu conto verdades Você não dorme Tudo tão normal Tudo natural Todo dia é nossa data Um grito na sala Nós e uma barata Hoje é seu dia De levar pela coleira Eu fico responsável pela despesa Arroz e o pão Você só quer besteiras Amanhã tem missa Depois pastel na feira

Trevas

  Um barulho, um tapa Medo do medo Do escuro, do tempo Mundo real Bomba, explosão É tudo verdade Pétalas vermelhas pelo chão Tristeza, trevas Fome, miséria Toda solidão Pobre diabo Fogo cruzado Pétalas vermelhas pelo chão Prato vazio Prato quebrado Um tiro, um pedaço Morto na contramão Mão vazia, choro de mãe Pétalas vermelhas pelo chão Festa, baile Dedo no gatilho Felicidade é um canhão Pai, mãe e filho Todo mundo é irmão Eu sempre enxergo Pétalas vermelhas pelo chão O inferno é aqui O diabo é poliglota Fala várias línguas Quem não é Santo gosta

Anjo

  Aqui do alto eu vejo Amor e ódio Alegria e tristeza Lágrimas e desespero O mundo não para Eu tento, tento cuidar de tudo e de todos Vida de anjo Ao lado dos pássaros Minhas asas, meus braços Meu verdadeiro abraço Proteger alguém Dar carinho também Vida de anjo, secar o pranto Anjo com cara de Santo Eu gosto é de voar Flutuar pelo céu azul Abençoar E quando você reza Faz uma oração Quando pede perdão Estou sempre aqui Beijando seu rosto Pés fora do chão Desistir não é o melhor caminho Feche os olhos, relaxe Nem sempre é possível sorrir Nem sempre é possível Ser anjo

Resposta II

  Ainda estou esperando resposta Para minha pergunta sem sentido Estou esperando um perdão Apenas esperando Uma palavra depois do fim Mesmo sabendo que o erro foi meu Não é fácil admitir, não é Do seu silêncio fiz canção Letra na melodia e um violão Triste, mas tentando sorrir Sorrindo para controlar toda emoção Escrevi um poema Em meu velho caderno Aquele que você conhece bem Receitas de amor Esperando respostas Esperando até agora Dor de cotovelo é um bolo sem sabor O meu tempo não é igual Ao tempo que já passou E o que ficou foram lágrimas Vida é assim Minha vida é assim mesmo Nem tudo acontece Nem tudo é do nosso jeito Do jeito que a gente quer

Fluir

  Um sonho bom Depois de um pesadelo Eu olho tudo Mas eu não vejo Não existe dia Não existe noite O tempo parou No instante de um beijo O meu corpo grita Pede sua atenção Preciso de cuidados Sempre um novo passo Uma nova direção Tenho muito que falar Também preciso escutar Saber como está o mundo Como tudo está Normal ou fora do lugar? Vou caminhar Pelos mais belos jardins Vou pedalar Abrir os braços e sorrir Vou amar Sentir o vento em meu rosto O doce sabor e o gosto Viver é deixar fluir

Verdades

  Eu falo verdades Nas melhores caras Como bom ariano Cheio de sinceridade Entrego flores e tapas Nessa gente sem graça Canto canções reais Histórias verídicas Falo dos anjos e dos animais Eu falo verdades, eu falo Eu pego o carro Corro igual um alucinado Não quero perder tempo Não vejo o momento Vou comer o asfalto Para vomitar palavras O que está engasgado Meu maior defeito É minha maior qualidade Colocar o dedo na ferida Falar com jeitinho Para não abalar amizade Todo sincero é um pouco Dono da verdade Eu falo verdades

Segredo

Você faz parte do meu segredo Desde ontem, desde sempre Você controla com os olhos Meu corpo, minha alma, minha mente Você está dentro de mim Comanda meus braços e pernas Sou continuação do seu sorriso Da sua maldade, seu vício Agradecer antes de morrer Engolir em silêncio o seu silêncio O que mais agrada meu paladar Olhar, olhar para cima e saber O que vai ser de mim Em suas mãos, suas mãos Puxando e trazendo para perto No chão quente, o sabor dos seus passos Por todos os espaços É você que eu venero, venero Gosto do fogo, do perigo Mas o maior perigo é não ter Sua paz fazendo guerra Sua loucura aceitando minhas ideias Isso sim é sofrer

Outros Quinhentos

  Viver não é fácil Eu sei, sei, como sei Mas não tenho medo Atravesso o tempo Força, foco, fé E uma droga qualquer Subidas, descidas Altos e baixos Mundo redondo, sonhos quadrados Importante é ser feliz Importante é não fugir Achar graça, chorar Sair da caixa, voar E quando nada der certo Apenas dormir, dormir Sempre vai ter um amanhã Mesmo sem dentes para sorrir Sou um milagre Cheio de cores Algum brilho, poucos amores O bom é procurar Nem sempre encontrar Morrer são outros quinhentos

Beijo de Cachorro

  Todo beijo de cachorro É um beijo de língua Todo beijo de língua É um desejo de cachorro Todo amor louco, sem pensar É um amor de vira-lata Que faz amor em qualquer lugar Eu quero você comigo Em transe, fugindo da realidade Ser o melhor amigo Um cão com suas pulgas Pelas ruas da cidade Sujos e rasteiros Por esquinas, sem dinheiro Dois animais, procurando paz Mesmo que tudo entre nós Não seja nada verdadeiro Todo beijo de cachorro É um beijo de língua Depois da meia-noite O prazer que nos guia