Palavras, Letras e Poesias

Vivo procurando palavras Para montar frases bonitas Falar da minha vida Minha história  Um dia talvez até da partida Os inimigos torcem pelo meu fim Mas enquanto eu estiver aqui Vou atormentar  Sua mente, pensamento O mundo é tão grande Mas prefiro meu canto Quando canto fecho os olhos Mas estou ligado Tenho um sensor contra covardes E não adianta você ficar incomodado Pode até doer, mas são verdades Sou aquela página de livro Que você volta para reler Nem todo mundo entende de primeira  O que a gente quer dizer Faça como o mar Devolva tudo que não presta  E se ficar alguma mágoa  Esqueça, Fecha a conta e passa a régua Essa sua calma  Não combina com minha vontade Ou talvez até combina E a gente não percebeu Esqueça os certinhos Dê uma chance para um errado Não nasci para ser anjo Sou igual todo mundo Também tenho pecado

Quando cheguei  Dei de cara Com seu olhar  Poucas palavras  Apenas um ar de preocupação  Amor, Do nosso jeito Muitas vezes sem jeito E depois,  Apenas vi O seu corpo partir Para o seu quarto, O seu leito, Não deu tempo De um adeus Mas quem poderia imaginar Que seria o fim Ao amanhecer, Não teve um despertar Chamei tanto o seu nome Não tive resposta Você não ouviu Mas tenho certeza Que apesar do seu silêncio Seu coração parado sentiu Hoje são lembranças  Tempo que não volta mais Saudade, Sempre batendo forte Machuca Mas ao mesmo tempo traz paz

O sol invadiu o ventre  O brilho tomou conta Vida gerando vida Amor incandescente Logo nos braços da gente Uma Luna fruto da paixão  Uma Luna filha da união  Corações que batem forte Alegria não é questão de sorte É destino, é o que é, Sempre cabe mais um  Nosso caminho é carinho É força, é fé Estrela despencou Caiu, Leveza dos anjos Dorme no peito  Repousa no calor Seu choro é poesia Luna menina, flor Linda Luna, sabor Dos beijos cheios de verdade De verdade  O eterno amor

Quero tocar o sol Com a mesma delicadeza Que toco seu rosto  Quero pisar na lua Com o mesmo cuidado  Que piso em seu jardim Quando roubo flores  Tiro espinhos E entrego de joelhos  Morrendo de amor  Pedindo beijos O impossível não existe O importante é o respeito Do meu jeito vou até o espaço Alcanço todos os meus sonhos Importante é não ter medo Que o meu barulho Encontre sempre seu silêncio  Em noites frias Ou com calor de maltratar peixe Então deixe Tudo acontecer naturalmente Pense em nós  No nosso sorriso contente É história de dar orgulho E aquilo que ainda não sei Nem mesmo imaginei Também quero

Madrugada que assusta,  Que encanta Qualquer barulho é estrondo  Faz gato pular o muro Vagabundo sair de fininho Madrugada é coisa errada  Tem sabor de pecado Noite mal dormida Insônia Madrugada é longa Não tem fim Acorde para vida Enquanto o inimigo dorme O fogo consome Amor na madrugada não tem despedida O que eu gosto na madrugada Não posso contar durante o dia Medo é diferente de covardia

Vou escrever bilhetes Com recados em forma de poesia Antes de você acordar Vou deixar na mesa Na sala de jantar Sua resposta, não precisa ser tão elaborada Pode ser um desenho qualquer Um sol, um coração ou um sorriso Nada é mais bonito Do que a simplicidade do amor Pois quando complica  Tudo vira briga, nada salva Nenhum verso tira dor E quantas canções eu fiz Esperando por momentos Cheios de emoções E quantas flores comprei  Em esquinas que por muitas vezes passei E quando eu voltar Da rua, da lua ou do mar Nas asas de um pássaro  O importante é chegar O mais rápido possível  Se na vida tudo tem um sentido Nosso destino já está escrito  Pelo menos em um pedaço de papel

O morto de fome está vivo Talvez fosse melhor morrer O pobre coitado come O que ninguém mais quer comer O lixo é lixo para quem não entende o que é lixo O sujeito é tratado como bicho O mundo faz barulho O sofrimento é silencioso Dor do corpo, dor da alma Rua que liberta também prende Miséria completa  Sociedade doente Beijo no asfalto Para conversar com Deus É preciso olhar para o alto Tão difícil se reerguer  Quando o sapato do poderoso  Pisa com gosto  Na cabeça de quem só sabe sofrer Vida picadeiro Eterno pandeiro Bate e apanha Todo mundo nasce para ser feliz Mas em algum momento  No meio do caminho tudo muda Noite é sempre um pouco mais escura Triste fim de um brasileiro

O que você enxerga no espelho Bondade ou maldade? Todo reflexo é verdadeiro  Mas o sentimento pode ser manipulado Sorriso nem sempre é sorriso Ódio pode estar escondido Mundo paralelo Que oculta segredos Realidade exposta Quem tem medo do espelho? O seu lado direito não é direito O outro não é esquerdo Tudo se inverte  Não existe lado certo  Nem errado  Será que faz frio atrás do vidro? Espelho, espelho meu Existe alguém mais bonito do que eu?

Sei, Mas procuro sempre alguém Que saiba um pouco mais Gosto de entender o que eu ainda não sei E o que eu não sabia Agora acho que sei Quando estou apaixonado Falo, falo, falo demais E sempre o mesmo assunto Fico repetitivo A conversa é sobre aquela pessoa Você em silêncio escuta E eu não paro de falar O papo é monotemático Monótono Mas só para quem escuta Não para quem não para de falar Gosto do seu "sei" Que não é arrogante Nem cheio de pose É apenas um "sei" Um "sei" querendo saber

Sexo, drogas e rock and roll Eu sou romântico  Sexo, drogas e rock and roll Eu sou muito romântico Uso óculos, Não para parecer intelectual Apenas para proteger e clarear  Ideias e ideais Ver tudo um pouco melhor Entender melhor das coisas Conheço bem esse Brasil de outros carnavais Os filhos da revolução  Já estão cansados Tudo é pesado demais Nunca foi uma luta inglória Apenas estamos passando o bastão E o medo Não combina com nenhum tipo de movimento  Nós que sabemos O combustível da cobra é o veneno O vento sopra com força  É preciso segurar firme Ser forte Precisamos resistir Nosso sonho é ter um pouco mais de vida Pelo menos alguns poucos dias Romântico é romântico até o momento da partida

Estamos cansados de sofrer  Não temos mais para onde correr E aos gritos, aos berros Cantar, cantar, cantar Músicas de protesto Vamos sacudir bandeiras Só queremos um pouco de paz O medo de quem manda É não ter em quem mandar Você acha que todo mundo é inocente Admiro essa sua inocência Hoje é difícil acreditar em qualquer um Botar mão no fogo não é um bom negócio O vilão mata e também mente O buraco é mais embaixo Somos o buraco O poder é mais em cima Não está ao nosso alcance O abismo já foi encontrado Estamos caindo Mas o chão não chega nunca Somos miseráveis Mas estamos sorrindo Vamos invadir o palanque Discursar até o amanhecer Nenhuma promessa Nenhuma mentira Apenas verdades absolutas Tudo é uma questão de conduta

O cachorro quer ser gato Andar pelo telhado Não ter medo da noite Ser livre Até mesmo caçar ratos Margarida quer ser rosa Ter pétala volumosa Perfume dos deuses Espinhos para se defender  Ser cantada em verso e prosa O rio quer ser mar Ter ondas rebolando Bailando até chegar na areia Ser recanto de surfista Morada de sereia Água quer ser pinga Ter sabor forte Descer queimando  Ser chamada de cachaça Amada por todos os cantos Do sul ao norte Sol quer ser lua Ter várias fases  Ser o alvo dos apaixonados  Inspiração dos poetas Testemunha dos namorados Todo mundo quer ser diferente Quer ser algo que não é Seja você mesmo Não seja Mané

Roda que não para de girar O movimento provoca movimento  Encantamento  O seu olhar  O amor é um eterno sonhar Que você não precisa  Não precisa acreditar  Mas é tudo verdade Nossos corpos se encaixam como uma manobra perfeita na hora da baliza Nossos amigos em comum Comungam de opiniões parecidas Principalmente sobre nós dois Somos cenas de um filme Vivemos noites repetidas Loucuras em um labirinto sem saída Nossa coleção não está completa Nosso disco predileto riscou  Agora é sempre a mesma coisa Andamos em círculos  Mas tem o lado bom Acabamos sempre no mesmo lugar  O sexo termina com o mesmo som O moinho precisa de vento Igual eu preciso de você

Amor, Aquilo que dá sede E nem muita água resolve  Amor, Aquilo que dá dor no peito E nenhum remédio faz sarar Amor, Faz perder o ar Mas nem balão de oxigênio ajuda melhorar  Quem consegue explicar? Quem consegue descrever o amor? Prática,  Sempre diferente da teoria  Teoria, Sempre tão falada Mas que nunca diz nada Amor, Tantos sentimentos dentro de um só Um só que vale por mil Melhor do que sentir  É viver E viver até achar que vai morrer De amor

Tenho uma árvore de dinheiro Bem no meio do meu quintal Vivo de sombra Colhendo os frutos Tudo ao natural Sementes são moedas Espalhadas pelo chão Galhos despencam com tantas notas Tenho para dar e ainda sobra E quando chega época da colheita  Encho todos os meus bolsos Minha árvore não precisa nem de água Faça sol ou faça chuva Está sempre florescendo Todo dia tem um broto Vivo enriquecendo Gosto do cheiro e do sabor Só preciso esperar Até deitado fico rico Não preciso trabalhar

Está tudo liberado Agora tudo pode Pode tudo Nada mais é proibido Não existe mais vergonha Pode até andar pelado Descabelado Falando palavrões  Gritando "eu te amo" Chorando e cheirado Tudo liberado O amor é livre Barreiras derrubadas  Nada mais tem preço  Polícia e ladrão Andam no banco da frente do camburão Mundo sem fronteiras Ir e vir sem passaporte  Não importa se é sul ou norte  Agora pode qualquer coisa  Show ao ar livre  Cadeia de portas abertas  Pode ser alegre Pode ser até triste Abraços pela rua  Sem medo do escuro Medo é palavra que não existe Liberdade é o que está valendo Todos ganhando e ninguém perdendo

Talheres batendo Momento do amor de mãe Do cheiro invadir narinas Criar sensações  Água na boca que mata sede Almoço que mata fome Melhor hora  Hora tão divina Qual ordem você coloca  Arroz com feijão  Ou feijão com arroz? Não se mistura mistura Farinha sim O melhor prato É aquele que cabe mais  Tudo na temperatura Comer até dizer chega Até o estômago fazer bico Viva o ovo frito! Feijoada completa Pimenta para dar gosto Samba na vitrola Prato vazio não tem graça Panelas na mesa Que tal uma cachaça? O gosto da vida É o sabor indefinido do prazer O prazer é engolir Secos e molhados Comida do nascer até o morrer

Você já escolheu o planeta que vamos visitar? Já fiz minha mala Não coloquei blusa Por sinal,  Não coloquei roupa alguma Apenas nossos sonhos E o roteiro das nossas loucuras Vamos pegar um ônibus espacial Mas podemos no meio do caminho Mudarmos de ideia E partirmos para um novo destino Vamos para lua? Hoje está cheia  Não estaremos sozinhos E, enfim Vamos esclarecer aquela dúvida Será que é sempre noite Ou também tem dia no espaço? Vamos nos hospedar na casa de São Jorge O dragão vai ficar na coleira Depois quem sabe um passeio Sentados na capa do Homem de Aço Passagem de volta ainda não foi comprada  Deixamos tudo para última hora  Nossa conta está quebrada

Simplicidade, Aprendi com meu pai Educação Também foi tudo com ele Desconfiar de tudo e de todos Mais uma dele Meu segredo foi sempre ouvir Pouco falar e muito agradecer E se hoje não tenho muita coisa A culpa é minha Entendi que o suficiente  Pode ser o melhor  E o importante mesmo É tudo que está na mente E agora pai, O que vai ser de mim Sem você por perto? Quero parecer um caso de amor Muita emoção Pouca razão  Por todos os lados um fato novo E se for para sofrer  Que pelo menos não tenha dor Quantas lições eu aprendi Agora é seguir Trilhar novos caminhos Nunca sozinho

Quando você morrer Seu talento vai dobrar Vão apontar qualidades Que você não sabia ter Muita gente vai chorar O caixão vai ser abraçado Os inimigos vão virar amigos de infância  Todo dia uma flor Em seu túmulo que agora tem amor Você ali deitado  Olhando de perto O veneno escorrendo Falsidade em estado puro Enorme desgosto  Até mesmo morrendo Descansar em paz É descansar desse mundo louco Fugir de tanta inveja Não esperar nem mais um pouco

Sou da turma Da zona leste Aqui todo mundo presta Apesar de gostar de fumar um E por aqui, Não tem frescura Somos donos da rua Pode aparecer No máximo vai pagar um pedágio Sentar no asfalto quente Ouvir nossas regras Está com Deus  Está com a gente Roubamos flores dos jardins Entregamos para moças  E afins, E quando ouvimos sirenes Corremos para todos os cantos Somos loucos Mas nem tanto E quando tem baile Colocamos roupas tão bonitas É a turma da leste Somos os reis das pistas Reis das pistas

O tempo é cruel Contagem regressiva  Que ninguém sabe o fim Qual é o nosso fim? Quando em meus braços você partiu O seu silêncio gritava Machucava, Eu olhava e chorava O seu peito junto ao meu Somente um coração batendo  Minhas lágrimas lavando seu rosto O que era corpo Virou pedaço de carne Sem vida, sem alma No quarto, em cima da cama Triste fim é a despedida Oração É uma conversa de mão única Um fala O outro escuta Cada um em sua dimensão

De uma hora para outra Virei inimigo da sociedade  Não sou bem visto Por intelectuais e suas madames  Sou atacado por essas pessoas covardes Minha sinceridade é letal Sai do meu coração  Passa pela boca Entra em seu corpo Corrente sanguínea Toma conta de tudo Eu sou mesmo um absurdo Acho que não sou daqui Sou um alienígena E se vou mudar? Lógico que não  Falar o que pensa não é crime Nem atentado contra a nação Quem está comigo Está no caminho certo Mesmo eu sendo um incerto E vou logo avisando Não tenho paciência para o seu mimimi Falo mesmo e não estou nem aí

Palavras de sabedoria  Um sorriso para alegrar o dia  Amor não tem preço  Vale para todo o momento Música da Marisa Falando do cinza Da parede pintada Do viaduto  Sobre o asfalto Pare de subir o vidro do carro  Não tenha medo  Ganhe uns minutinhos Escute um coração  Cheio de amor  Guarde sua moeda Não é esmola que o alimenta O que ele realmente quer da gente? Um pouco de simplicidade Troque seu desamor por uma flor Humildade

Crianças na periferia Polícia e ladrão  Brincadeira preferida Um dia mocinho No outro prisão  Revólver de brinquedo De plástico, De madeira, Ou usando até mesmo o dedo Não é coisa de política É vida real Não tem frescura Tudo tão natural Palavras, palavrões Ruas e caminhões O cheiro do asfalto No pé descalço  Do garoto sem futuro O medo convive ao lado da coragem  Quem mata é Deus Nunca o furo O sonho não tem limite Mas a realidade não deixa sonhar O fogo que queima  É o mesmo que diverte  Quem está fora não entende Quem está dentro quer apenas voar

Quero ser o bolo da sua cereja O recheio do seu lanche Aquela água saborosa que mata sua sede Quero ser o seu alimento  Noite que escurece o seu dia Dia que você reza para amanhecer  O balanço da sua rede Quero me lambuzar com seu amor  Devorar o seu corpo Beber o seu prazer Qualquer loucura vale a pena Vida suja ou jogo de cena Desejo, Vontade de ter seus braços  Em abraços fortes  Vontade, Desejo que não fica mais guardado Agora é para frente  Nada mais para o lado Olhos famintos  Boca cega Cheiro de beijo Sentidos invertidos Gostoso movimento

Música boa Para ouvir de olho fechado Música boa Para sentir com o corpo Música boa Para chorar de felicidade Música boa Para alma separar da matéria Música boa Para sentir cheiro de uma época Música para fazer faxina  Música para ouvir na esquina Música para namorar  Música para esquecer da vida  Música para ouvir em vida Música para quem pede socorro Música que desce o morro Música substitui uma flor Nunca um sentimento Música que faz o esqueleto dançar Que faz lembrar um momento

Felicidade não tem preço E nem tudo que tem preço  Faz a gente feliz Gargalhada pode ser felicidade Cara fechada também pode ser Cores causam sorrisos Falta de cor pode ser amor E quando o dia está frio Um abraço cheio de vontade Para não ter saudade Flor do jasmim Praia e areia Fogo na madeira Perfume doce Vento que sopra Presença de Deus Ser alegre é ser assim E quando você assobiar  Uma linda canção Feche os olhos Solte o corpo Seja menos cérebro  E mais coração

Chinelo cansado De tanto caminhar De tanto procurar você  O que ele realmente precisa É dormir embaixo da sua cama Ouvir um pouco de prazer  Escova de dente tão solitária Sempre sozinha Mesmo lubrificada Precisa de companhia Precisa de uma amada Em cima da pia O som das minhas palavras São notas musicais Sem muito esforço  Todas se unem  Viram músicas  Grande homenagem  Para meu amor de outros carnavais Vou gravar minha voz Deixar para eternidade Quando um dia quiser escutar Aperte o play Ouça mais uma vez Mais uma vez Chinelos embaixo da cama Escovas juntas na pia Agora é tarde Já perdi minha vida

Quem pede ditadura  Vive em democracia Para pedir esse absurdo  É preciso estar solto  Gozar de plena liberdade Quem gosta de ditadura Não quer um povo livre Gosta mesmo de prisão  Boca fechada, choque, tortura Cárcere, solidão O censor exige silêncio Mas para isso provoca dor Toda dor antecede o grito O grito do desamor Mãos amarradas não batem palma Pernas presas não têm para onde ir Mordaça interrompe o som O ar que ainda é livre O sufocado não consegue sentir Mães não recebem mais flores Muito menos o corpo Sem corpo não tem morte Dúvida é igual facada no peito Viver é questão de sorte Arte para combater o medo O medo impede o movimento Mentes brilhantes deixam de brilhar Pensamentos exilados Os dias não passam para quem está longe Saudade do cheiro do vento Saudade do tempo Tempo que eu tinha onde morar

Essa é minha história Não é uma história qualquer Ela tinha dezessete e eu quinze O amor em fila Sorte nossa, sorte do amor De um homem, de uma mulher Na sala de aula Lá na turma do fundão E turma do fundão também tem coração  Sempre tão linda  Eu um sonhador Nossas afinidades Falando de amenidades  O poeta e sua flor Naquela casa da árvore  Nossas descobertas Costurando textos  Escrevendo com agulhas Corte e costura O meu cabelo vermelho mora dentro de um pote de ouro Agora está tão bonito Mesmo todo torto Terminou em casamento  Lá na nossa praça  Com o Fusca por testemunha  Vida em movimento  Nosso amigo preso Plateia vazia, lágrimas  Recasamento Filhos chegando Acertamos os ponteiros Vivemos tudo Crescemos juntos Tão natural Amor matriz, sem filial Seria sem graça Sem ela Amada amante Atravessamos oceanos  Minha devoção Foi minha saída  Segurou sempre minha onda Antes de chorar vou dizer É minha vida

Vou fazer morada Em seu coração Noites não serão mais dormidas Dias vão ser os melhores Das nossas vidas Vamos caminhar  Por campos tão bonitos De mãos dadas Beijar flores Catavento Livres para voar Fragilidade não existe Nosso amor é lutar Sonhos já tivemos tantos Agora é sentir O gosto do gostar Vamos buscar o sol Levar nosso calor E depois escorregar Até cair nas nuvens E se chover? Tudo bem Beijo na chuva é difícil esquecer

O som do sax É tão sexy  Nós dois de rostos colados  Dançando Aquela dança do prazer E o mundo lá fora Nem ligando para o nosso amor  Melhor assim O que não somos Agora vamos ser O seu vício não é bom O meu vício é você  Cada um com o seu Olhamos fotos de casais Somos os mais loucos Temos bom gosto Só um dia é pouco Sempre andamos Por caminhos contrários Hoje nos encontramos Agora vamos pela mesma via No mesmo sentido Na mesma rota Tão bom sentir seu toque Não tem mais jeito Esse caso não tem mais volta Gosto da sua cor Cores, amores Corpos juntos Vários sabores

Amigo, companheiro Em meus braços No meu colo Sem sossego Não tem separação Gosto do seu som  Violão, Sempre grudado em meu peito No ritmo da batida Do meu coração Cordas que machucam  Dedos feridos Sonho de criança  Quem disse que não posso? Eu gosto assim Todas suas notas  Dedilhando emoções  Extensão de mim Faço mágica, Tiro lágrimas dos olhos  Roubo brilho das estrelas Gosto do barulho da madeira Cedro, acácia, Jacarandá Sou natureza Nada me faz tão feliz Do que poder falar Palavras com ritmo Poesias Minha vida é cantar

Bola parada não dá jogo Bola rolando é um encontro Cheio de emoção Um clássico do amor Na grama verde até tem dividida O amor é uma partida Com começo, meio e fim Quem perde sai Espera um pouco E procura quem está a fim Se não quer ficar para escanteio Tenha em mente O importante é ser verdadeiro  E se reclamar Discutir, bater  Cartão vermelho Bola Pula bola Bola pula Só não vou pular você O gol é o orgasmo De um instante de prazer Na rede vamos deitar Temos muito mais o que fazer