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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Canção do Sertão

Para ganhar o pão É preciso lutar Minha arma é o meu violão Faço meu show Vivo de cantar Alegro todos ao meu redor Tudo para ter alguns trocados É o meu trabalho Arte sempre foi uma saída Para curar minha alma E minhas feridas Passo o chapéu Agradeço seu moço  Só por isso canto mais uma Qual é do seu gosto? Alegro dias, Animo noites, Não tenho parada Vivo por aí  Ao longo da estrada Agora vou me embora Emocionar outras pessoas  Até um dia, Até qualquer hora Vou nos braços de Nossa Senhora

Antes Que Seja Tarde

Quando você sair Não esqueça de dar tchau Bom dia, boa tarde ou boa noite Um sorriso ou coisa igual Talvez amanhã  Seja tarde demais Talvez você não consiga Olhar aquele olhar nunca mais Pare um segundo Fique em silêncio  Apenas observe e tente entender Olhe aquela pessoa  O seu sono mais bonito Imagine como seria Se ela tivesse morrido Vamos comemorar a vida Celebrar o tempo que nos resta  Virar uma taça de vinho Vamos abraçar o abraço Esquecer todos os desgostos Nunca é legal ser sozinho Faça o que for possível para ser sempre feliz E até mesmo o impossível para não ser infeliz Leve alegria para os outros  Cante alto E nem ligue quando alguém te chamar de louco

Vozes

Passarinho não canta, Chora Mas pelo menos pode voar Seu caminho é livre Não tem lama Ainda tem casa para morar A morte tem cor de barro O sofrimento tem cor do luto Lágrimas são transparentes Somos apenas vultos Deus, Olhai por nós  Já que fomos abandonados Por homens sempre ocupados Vozes caladas Bocas mudas Gritos abafados Desespero em silêncio  O triste sabor do medo

Nostalgia

Sou velho Gosto de coisas do passado Tenho saudade desse lado  Todo dia é dia de nostalgia Ligo para minha avó  Naquele telefone de discar E quando estou na rua  Pego minhas fichas  E saio procurando  Um orelhão para ligar Ainda pela rua Entro em uma loja Fico meia hora Procurando um LP Estou sempre naquela dúvida Do que ouvir na vitrola Cazuza, Clara Nunes ou AGP? Chegando em casa Relaxo assistindo televisão  O que mais me cansa é levantar para mudar o canal E mais tarde, Escrevo poesias na máquina de escrever Se erro uma palavra no texto Tenho que reescrever Não moro em casa Vivo dentro de um museu Tenho certeza que você também ama Tomar Crush E jogar fliperama

Herói?

Quem é o seu herói? Quem você idolatra? Será que vale a pena? O herói de hoje É o vilão de amanhã E vice e versa  Nunca somos fortes o suficiente Buscamos o equilíbrio  Que no fundo não existe Mas você insiste Em dar valor para quem não merece Somos o alimento  No prato do ditador Somos mastigados Devorados E cuspidos Eles sentem nojo da gente  E mesmo assim Você segue seu jogo Puxando o saco de quem mente Você faz guerra com qualquer um  Pede silêncio  Mas grita no escuro Seu muro não é de lamentações  Cria conflitos Gosta de agito Mas pense bem Antes de discutir com um amigo

Avião

Tão pesado Tão leve Lá no alto Ele flutua  Tão gigante  Tão pequeno  Quando eu olho Aqui debaixo Tanta gente Dentro dele  Tanta gente  Com medo dele Aperte o cinto O piloto não sumiu Do aeroporto  O avião partiu Voa Com suas asas de ferro Voa, voa Feito passarinho  Voa, voa, voa Para encurtar caminhos Sempre perto de Deus Santos Dumont venceu

GPS do Coração

Essa criança que vive Vive dentro de você  Nunca morre Nunca vai Nunca vai morrer  Essa criança que vive Vive brincando feliz Sorrindo e cantando Criança que faz  Faz você aprendiz O sorriso de menino Não pode Não pode acabar Tem que viver Pra sempre Na alma,  No olhar Faça, Todo dia Um dia bom Um sábado de sol Um amor de verão Siga, Prossiga, Entenda que intuição É o GPS do coração

Mar

Vou olhar o mar Sentir o frescor O vento em meu rosto Vou pisar na areia Caminhar de forma suave Sentir o cheiro das ondas Que quebram feito meu coração Natureza é o melhor remédio Para curar tédio  E também solidão Eu gosto dessa paz Do som da água  Pra lá e pra cá  Gosto de ver o dia nascendo Barcos se perdendo  No horizonte sem fim Caymmi sempre teve razão  Beleza igual  Não existe não

Furacão

Sou um furacão Sou aquele anjo que não diz não  Sou louco quando o assunto é paixão  Sou segredo revelado Sou bomba, sou explosão Tenha certeza  Que você vai cair na minha teia Só vai escapar quando eu quiser E quando amanhecer Talvez eu deixe você tomar água Apenas isso e mais nada E mais nada Melhor você ir se acostumando Com minhas loucuras Sou intenso Intenso Mas não tenha medo Não mordo Quer dizer, mordo sim Mas você tem que estar a fim Vou te aquecer no frio Refrescar no calor E aquela gota de suor É do nosso amor

Inspiração

Escuto música  Para ter inspiração  Ouvir amor Para falar de amor Pensar em você  Para falar de você  O poeta ainda vive Dentro de mim Noites não foram feitas para serem dormidas Prefiro ficar em uma rede Dedilhando o vilão  Criando canção Minha plateia é o silêncio Sorte de quem tem Alguém para chamar de seu Sorte minha Sorte nossa  O além nem é tão além assim Quando viajo em notas musicais Letra e melodia Nunca andam sozinhas Vou dar o seu nome Para mais esta linda obra Inspirada em seus olhos E que olhos! Os mais românticos vão cantar Para o seu par Seu belo par

Maresia

Quero subir mais um degrau na vida Quero me perder em seu sorriso Mergulhar na sua saliva Sentir o seu veneno  O ardor dos seus beijos Preciso aproveitar esse momento agora Antes que seja tarde Antes que passe da hora O tempo é tão cruel Com quem não sabe aproveitar Tudo passa rápido demais Por isso do seu corpo não vou sair Vou fazer morada E nele vou dormir Ainda sou muito novo Para uma autobiografia  Então eu deixou você falar de mim Vamos em uma tarde de sábado  Andar por aí  Ficar olhando os olhares Que não aprovam o nosso fim Nosso amor é um epitáfio  Em um túmulo qualquer  Palavras tão bonitas Ao mesmo tempo frias Somos o frescor Que vem da maresia

Rosa Chora

Rosa está chorando  Sentada em um canto De sua casa Que não é mais casa É apenas o que sobrou de um sonho Que afundou  E quem vai salvar essa mulher? Que não tem mais força Nem amor Agora tudo é dor Rosa Uma brasileira  Iluminada apenas por estrelas  Não tem mais um teto Não pode mais se proteger Virou vítima Sempre foi vítima De quem nunca soube da sua existência  Mas que invadiu Sua moradia sem pedir licença Sua piscina não está cheia de ratos Morreram todos na lama Rosa está sozinha Só pode rezar Para um Deus que fez tanta beleza E o homem insiste em estragar Rosa Sempre sonhou conhecer o mar Que parecia tão distante  Hoje está bem embaixo do seu olhar Sofrimento que não tem fim Lágrimas desesperadas Sua voz está calada  Sua vida não vale nada Não vale

Selvagens

Tão rebelde Mas com muita causa Apenas uma resposta  Para quem maltrata sua vida verde Quem faz do mundo  O quintal de sua casa E que deixa pegadas Sujas e mal lavadas Lixo que invade sua cama Toma toda sua alma Quem maltrata Também engana Mata e desmata Natureza Somos selvagens Natureza Somos selvagens  E peço perdão  Por essas pessoas sem coração Pai Só posso rezar E agradecer Até por quem não sabe usar O seu presente do céu  O seu presente do céu

São Paulo

São Paulo, Cidade quadrada De cantos periféricos Segredos, mistérios Seu apelido é trabalho  Seu rosto é reflexo de um Brasil inteiro Que sonha com dinheiro Olhares De todos os tipos Estilos Desconfiados Que dão medo Que causam sorrisos Cidade do calor humano De muito humano que também é frio São Paulo Que faz graça  Até mesmo na desgraça Do menino que dorme No meio da calçada De tudo tão moderno Mas que ainda quebra pedra Que escraviza os seus zumbis Colorida Monocromática  E sua matemática  É uma equação Sem solução Bonita quando anda  Linda quando parada Cidade do futuro Do amanhã  Da peoesia concreta Na voz do Adoniran

Festa

Vou animar sua festa Vou colocar sorriso em seu rosto Aquela música gostosa Que embala o seu corpo Noite de lua cheia Vento que sopra do mar Amor refrescante Sexy, fascinante Gostoso mesmo é te namorar Segredos e mistérios Sentindo seu sabor na pele Vamos formar um par Tomar uma no bar Tanto faz, O nosso passado  É somente nosso Você faz bem Faz muito bem  E mais uma vez vou dizer Você que sempre me trás paz Agora, O que vai ser de mim? Estou viciado em seu perfume  Sua mão Que chega chegando  Pegando, Fazendo carinho Tão bom  Essa vontade louca Que não sai da cabeça  E o que me resta  É animar sua festa

Que Eu Não Sei

Hoje eu vou Olhar Pra você  E falar Que não sei Mais viver Longe do seu amar Posso Não ser o melhor Nem o mais bonito Sou um garoto Olhando o infinito E querendo ser Seu Quem sabe Tudo vai ser Diferente  Você vai ter Uma surpresa De ver O quanto  Mudei

Dramas

Vou servir cabeças  Em bandejas de prata  Vou cortar seu barato Com minha navalha Já coloquei suas flores Em um vaso com ácido  O meu humor é sempre sarcástico O meu silêncio fala por mim O meu barulho não é tão violento assim Tenho certeza que você vai suportar Venha devastar Minha natureza selvagem  Árvore que nasce dentro do meu coração Já escolhi o reportório Do meu próximo show Ataques e escândalos  Com duração de três minutos E depois só na próxima temporada de amor  Que não tem data definida Nossos dramas são reais Mas a loucura é sempre disfarçada  Que pode acabar Com um estampido na madrugada

Monstros

Eu sou o seu futuro Quem vai te fazer bem um dia Aquele que vai te trazer calma Sou um fenômeno natural Quase incerto Um humano errado Mas sempre bem intencionado Vamos deixar marcado Um encontro para 2078 Ainda seremos tão jovens Vamos andar de mãos dadas Pela floresta desmatada O meu planeta gira em torno de você Vamos aproveitar aquela sombra O eclipse solar dura pouco Vamos ressuscitar os dinossauros  Que moram dentro de nós Nossos monstros são personagens de ficção Quem vê cara vê coração

Veneno

O veneno tem gosto doce Mas logo depois vem o amargo O prazer dura pouco Não dá tempo nem de satisfazer  Acredito em suas mentiras Para manter minhas verdades Sempre tão escondidas Na caixa das vaidades Para curar o corpo É preciso provocar o vômito Aproveito e despejo palavras Só assim tenho coragem De rasgar o verbo Que é tão imperfeito quanto você Ninguém cala minha voz Com um soco na boca do estômago O nosso problema é muito mais em cima São outros quinhentos Seiscentos, setecentos Nosso problema é maior É amor  Que nunca faltou Como pode faltar Algo que nunca começou? Vou sair à francesa Mas sem nenhuma gentileza

Né, mãe!? Sigo meu destino Você ensinou o caminho Agora é ter fé  Seguir na paz E quando o problema surgir  Refletir, E pensar na sua voz Seu conselhos E se anjo tem rosto Certeza que é o seu Né, mãe!? Sei que você daria sua vida por mim Saiba que eu faria o mesmo  O amor não tem limites Muito menos medo Né, mãe!? Nesse mundo tão agitado Prometo olhar para os dois lados  Prometo não soltar sua mão Quando atravessar a vida

Dobrando Esquinas

Vou andando por aí  Sem pressa de chegar Olho ruas, olho casas E sonho Com você dobrando esquinas E vindo ao meu encontro  Gritando palavras bonitas Até fazendo escândalo  Dando aquele abraço  Que não termina nunca Mas por hora só sinto vento Na minha face No meu rosto cansado Mas não tenho medo No jogo da vida O tabuleiro é de terra Você pode tomar cuidado Ou se jogar Se lambuzar Sozinho ou acompanhado E o que vem depois Vai ser muito melhor Flores para você  Que ainda não chegou Mas que sempre está na minha memória  Não sei escrever cartas Mas sei falar de amor

Idade

Já não tenho mais idade para fazer tudo que eu fazia Meu corpo já não suporta tanta ousadia Sempre fui um louco, inconsequente  Hoje sou apenas alguém querendo uma rede Para descansar Os pés que já me levaram por aí  Que passaram pelos piores caminhos Hoje apontam para o céu  E só querem paz Só um pouco de paz O tamanho da minha barba fala muito por mim Cada dia estou mais perto do fim Quanto mais velho mais calmo E também mais sábio  Já não sou mais da lua Agora vivo em busca do sol Ainda toco o meu violão E sangro minha mão Cada dia viajo mais sem sair do lugar Bem que eu poderia ter asas Mas enquanto isso Olho para cima e tomo cachaça

Segredos

Gostamos do verão Mas nos entendemos melhor no inverno O abraço fica mais demorado Fica como quero O que é melhor para nós Só a gente sabe E tudo está tranquilo Vivemos em pólos opostos Você no sul E eu no norte Somos felizes Para nossa sorte O nosso amor é pop É o assunto mais comentado Eles não sabem nem metade Melhor assim O mistério é o que dá o tom E se o povo fala, amor Isso tudo faz parte Estamos juntos Para um eterno pra sempre Ou até quando Deus quiser Sabemos viver E ninguém precisa saber Como é que eu amo você

Aeroplano (inspirada na obra do Belchior)

Sou cantador Solto minha voz na feira Canto também na igreja Minhas poesias têm ritmo Minhas rimas são sinceras Emociono plateias Arranco aplausos dos mais sérios Gritos dos mais fanáticos Sou apenas um artista Não sou perfeito Tenho os meus medos Mas continuo cantando Minha voz é meu escudo Meu cabelo é meu disfarce E o bigode é para o seu cheiro Grudar e não sair mais Para eu sentir o dia inteiro Sou um indisciplinado criativo Sou livre Gosto de cores Gosto de telas Escrevo obras de arte Desenho músicas Meus planos são aeroplanos Que vão sobrevoar Os pensamentos dos filósofos Que ainda vão chegar

Estacionado

Minha vida anda meio estacionada  Em cima de qualquer calçada Já não circulo como antes  Não sou mais uma pessoa interessante O meu tempo já passou Estou tão cansado Os passos já não são tão rápidos Durmo durante o dia Desperto no meio da madrugada  Não sou mais o rei da minha floresta Não sou mais nada Qual será o meu fim? Será que serei lembrado no futuro? Mas não me subestime  Posso ganhar forças  Posso dar o meu último grito Que vai ser ouvido Dentro de sua alma Queria ter força para correr E nunca mais parar Tenho saudade do vento em meu rosto Da mão e do gosto Tenho saudade de Deus em mim

Imagem no Papel (Três Minutos)

Gosto de fotos antigas Impressas no papel Lembrar de tempos Daqueles bons tempos Que se perderam Entre uma briga ou outra Passo horas olhando  Converso com imagens desbotadas Parece até mesmo loucura Nem eu entendo meus atos Ando beijando retratos Hoje é tudo digital Tudo sem alma Sem coração  Lembra muito você  Que não soube preservar Nossa história Mas se você quiser voltar Eu abro a porta Olho no olho é coisa do passado Mas que nunca sai de moda Três minutos apenas Somente três  Alguns instantes juntos Certeza que voltamos com tudo Saudade, É palavra com difícil tradução  Só quem sente sabe Saudade No dicionário do amor Fica na mesma página que coração

Invisível do Bem

Olhe para mim  Sou um invisível do bem Você não me enxerga Mas estou sempre de olho quando você passa Não pense que é assalto Nada de mãos para o alto Vi que você gosta de futebol Eu também acho legal Moro na rua Sou um qualquer Vivo de bicos Só queira um amigo Trocar ideias  Mostrar que sou humano Não quero passar mais um ano De vidros dos carros fechando Um pedaço de pão  Qualquer moeda serve Poderia estar roubando Mas estou aqui Não sou de maldade E se possível também quero um pouco de dignidade O asfalto quente faz parte do meu corpo Lágrima é extensão da minha alma  Estou sempre armado de esperança Danço com a vida E a vida é minha dança

Invisível do Bem

Olhe para mim  Sou um invisível do bem Você não me enxerga Mas estou sempre de olho quando você passa Não pense que é assalto Nada de mãos para o alto Vi que você gosta de futebol Eu também acho legal Moro na rua Sou um qualquer Vivo de bicos Só queira um amigo Trocar ideias  Mostrar que sou humano Não quero passar mais um ano De vidros dos carros fechando Um pedaço de pão  Qualquer moeda serve Poderia estar roubando Mas estou aqui Não sou de maldade E se possível também quero um pouco de dignidade O asfalto quente faz parte do meu corpo Lágrima é extensão da minha alma  Estou sempre armado de esperança Danço com a vida E a vida é minha dança

Vai Ter Lua

O dente dói Sorte de quem ainda tem dente O coração aperta Sorte que você não tem coração  Somos feitos de aço  Somos contra o abraço  Temos guardado Ódio velado Seguimos em paz Marchando para o perigo Conhecemos o mundo  Que vivemos sozinhos O que vai ser da gente? Noites vão ser frias Não vai amanhecer Na terra do sol Mas pelo menos vai ter lua Nosso sonho sempre foi colorir Mentes cinzentas Sem nenhuma massa O que falta é carvão Para tudo virar brasa Vamos arrombar portas  Vamos invadir casas Usando flores Nossa ideologia não causa dor O que falta é amor

Alma e Coração

Mão esticada  Ela quer um trocado Para matar sua fome Dor que consome  Seu leito de quase morte Sempre igual Noite e dia Dia e noite E que vida Não é vida Mas é assim que é Parece que nunca vai deixar de ser Quem desvia para não ver? Aos pés das autoridades Invisíveis da sociedade  Olhar que devora  Sua alma Seu coração  Quem sofre calado Também é irmão  Também solidão Quem sabe em um novo amanhecer Tudo pode voltar ao normal  Melhor pensar assim Porque se não vai ser o fim Miséria nunca é natural

Minha Cor

Levante o braço... Logo vi, Um braço esquerdo está em pé  Agora um direito para rebater  O debate vai acontecer Nenhum braço vai torcer Discussão... Politicamente tudo chato demais Fanatismo que cega O que me resta é assistir Prefiro estar em cima do muro Do que dentro da guerra Ninguém mais torce pelo país Importante é brigar  Atacar o inimigo íntimo  Sua análise não é nada democrática Esse seu papel de isento  Não engana nem criança com o nariz escorrendo Qual é a cor do seu Brasil? O que só você viu? Guarde seu comentário no armário  Empoeirado com suas ideias do passado travestidas de modernas O mundo vai continuar mundo Nação vai continuar nação Cuidado com essa bandeira Antes de enrolar no corpo  Não seja porco Tome banho Política, futebol e religião Evito discussão Cada um na sua E se você não costuma ir para rua Não tem problema Silêncio é uma opção  Vai ser sempre cidadão

Marciano

Um marciano do interior Um sertanejo cantador  Cabeludo cheio rimas Canções e melodias Um passarinho aqui soprou O seu canto espalhou Sementes de amor Ainda ontem era alegria Hoje é saudade 18 de janeiro  Seremos vozes  Segue vida Noites mais românticas Lua que nos guia Eternos Momentos Sucessos Coração e arte Música boa Daqui até Marte

Sonhos

O herói de hoje É o vilão de amanhã  Todo cuidado é pouco  Para quem não é louco  Vai ser tão bom Se você entender que a vida É para ser vivida Não para atirar pedras em ninguém Em ninguém  Faça esse favor Para você mesmo  O pecado sempre existiu Você que apenas desviou o caminho Mas quando não tem saída  Vá em frente Passe por cima Melhor defesa é o ataque Nunca pare O fim dos sonhos Que nunca existiram  Os segredos que todos souberam Verdades absolutas que caem por terra Faça amor na guerra

Paixão Concreta

Minha poesia É sempre muito concreta  Preciso viajar mais Enxergar curvas em prédios Parar de me envergonhar Das coisas que eu já fiz Preciso tirar o óculos  Para enxergar melhor Tirar o seu amor Do meu nariz Só sei que vou surfar Na fumaça do meu cigarro Aqui sozinho Olhando o teto Todas minhas relações terminam de forma comportada Não choveram xingos Nem palavras desesperadas Vou abrir uma porta no céu  Para eu poder ir e voltar Andar com os vivos E jogar baralho com os anjos do outro andar