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Mostrando postagens de novembro, 2023

Fome

  Vou comer um sanduíche de música Acompanhado de guitarras fritas Refrigerante de melodia Um sandae caprichado de poesia Vou mastigar, engolir Matar minha fome Quem vive de arte Tem pressa, não dorme Essência de notas musicais Ervas e instrumentos naturais Uma doce canção O sabor que alimenta o coração Um banquete Uma orquestra sinfônica Prato feito, prato vazio Os melhores talheres O som do Brasil Um sanduíche de música...

Calçada

  Sentados na calçada Tomando uma gelada Falando das desgraças Dessa vida boa Nós dois abraçados Contando os trocados Pobres e coitados Vivendo essa vida boa E amanhã tudo igual Sempre igual Mas a gente não para de sorrir Sem futuro, sem dentes Apenas contentes Levantando para cair Um brinde para tudo que deu errado Ninguém disse que seria fácil Nossa saúde é frágil O dia já está claro E nossa vida continua boa Vida continua boa Continua boa É boa Nada apaga o passado Nem mesmo o presente

Absurdo

  Seu olhar é um absurdo Sua voz não escuto Eu sinto Seu tiro é sempre certeiro Acerta bem no meio Do meu louco desejo Desejo em silêncio Cada passo, cada rastro Cada cheiro O poder engolindo o medo Agora eu só posso agradecer Aproveitar e morrer Bem na palma de sua mão Mão que bate, mão que arde Que decide o perdão O melhor lugar É o devido lugar Conquistar ou aceitar O gosto bom, o bom gosto De mergulhar nos sonhos Os melhores sonhos

Pedras do Futuro

  Desvio de pedras Jogadas do futuro Corro do passado Ideias claras no escuro Canções desconhecidas Artista anônimo Viajo pelo espaço Sou um retrato Ainda não revelado Filho antes da gestação Prazer antes do sim Máquina do tempo Volto para qualquer momento Nem sempre sou feliz Dormir e acordar para vida Idas e vindas Partidas, despedidas Doces chegadas Desvio das pedras Mas deixo pegadas

Nunca Foi

  Parecia amor Só parecia Acabou em tristeza Melancolia Culpa para quem tem culpa Palavras absurdas E dor, muita dor Tudo parou Filme em câmera lenta Filme de terror Sangue nas mãos Sangue frio Medo que só aumenta Um dia vira Tudo vira, muda Mudou O medo agora é coragem Cicatriz não é tatuagem Chega! Acabou! Siga seu rumo Que eu sigo meu destino Caminhos diferentes Distância é uma dança Que eu aprendi dançar Parecia amor Nunca foi

Seu Barulho

  Escuto seu barulho Dentro do silêncio Vejo seus olhos Quando fecho os meus O caminho ainda tem brilho Por isso insisto O sonho não se perdeu Abro meus braços Esperando seu abraço Noites em claro Mas tudo bem Amanhã você volta E tudo volta Tudo vai voltar Estou aqui, aqui Não canso de esperar Seu barulho continua falando Meu coração escutando Voz de oração Agora é hora de dormir Vamos conversar mais um pouco

Retas e Curvas

  Como estão todos? Como estão vocês? Amigos que vi apenas uma vez Guardo na memória Lembro das poucas histórias Que a gente quase não viveu Por linhas tortas caminhei Das retas desviei Quantas noites eu parei Para reparar em pessoas Descobri que toda vida é boa Melhor do que falar É saber ouvir Poder ouvir Então fale, grite Conte suas verdades Estou sempre aqui Como estão vocês? Amigos que vi apenas uma vez Sou um pouco de tudo O melhor ombro do mundo

Ficção

  É ficção dentro da realidade Sonho com fundo de verdade Pecado com gosto bom Quem não quer pecar? Quem não cansa de olhar Ou tão apenas imaginar? Entrar de sola Mais que uma expressão Desejo escondido, reprimido Página perdida de um livro Agora sim, sim Desejo misturado com medo Mas agora não tem jeito É ir até o fim O homem das cavernas Descobriu o fogo em você Com muito atraso E quantas vezes queimei Língua, boca, pernas e braços Namorei beijando Acariciando seu retrato O louco sou eu E quem não enlouquece Só quem já morreu Gosto tanto de falar Mas normalmente o silêncio fala por mim

Escolhas

  O poder de escolher Eu posso Ainda posso O direito de gostar De até odiar Também posso Caminhar sem destino Dobrar qualquer esquina No balcão de um bar Tomar e cair Depois seguir e não parar Meu direito, meu dever Viver como eu bem entender Ou deixar de viver Dentro de uma garrafa Um copo de cachaça Amor no chão da sala Eu posso tudo Tudo posso nessa vida Sou o Rei Sou o dono das minhas feridas Sei tudo que sofri O poder de escolher Eu tenho

Coincidências

  Não é coincidência Amor rimar com dor Todo mundo sabe Amor e dor Sinônimos Palavras que cabem Em qualquer frase Medo de amar Medo de sofrer Gato escaldado Odeia gente fria Melhor nem tentar Antes só do que mal acompanhado Antes só Tenho a faca Tenho o queijo Mas não tenho mão Para cortar o mal Encerrar relação Cansei de sorrir Um sorriso amarelo Nem sei se ainda quero Ser feliz para depois morrer Cansei de morrer Não existe coincidência no amor

Livro

  Tem dia que sou o que sou Tem dia que não sei o que sou Tem dia que o dia é só mais um dia Têm dias e dias Tem dia que aceito suas flores Gosto do seu jeito E todas suas cores Mas tem dia que sou oceano Mergulho fundo em tudo Acabo dentro de um pranto Tem dia que olho a forca vazia Seguro meu pescoço Dou uma volta na esquina Não vou dar essa alegria Para quem quer o meu fim Sou o resultado de um mundo ao contrário Sou o estranho sempre tão calado Um livro na estante fechado Tem dia que estou com medo Em muitos outros apavorado Tem dia, tem dia Tem...

Segredo

  Cofre aberto não tem segredo Dia claro não causa medo Nem todo sonho é pesadelo Ser feliz mesmo sem dinheiro Vivo para desagradar quem torce contra Viver é uma afronta Desistir não está no vocabulário Está apenas em uma página perdida no dicionário Planto árvores Abraço os filhos dos outros Leio livros bem escritos Não sei e nem quero saber o meu destino E tudo que é bom Um dia chega ao fim Sem arrependimentos Erros e acertos Mil e uma tentativas de ser feliz Apenas ser feliz

Nanini

  Chuva lavando minha alma Eu não estou entendendo nada O dia já está com cara de noite Vou caminhando na caminhada Sou um corpo estranho nessa praia Bombas, fumaça Meus pés cansados na areia Sigo procurando graça Ouvindo o canto da sereia Desvio das pedras Não obedeço setas O fogo consome tudo Começo do fim do mundo Sonhos em cima de um palco O terror no asfalto Apesar das sirenes Resisto, insisto em ser feliz

Nanico

  Quando eu era pequeno E tudo era gigante Olhar de criança Olhar de esperança Quando eu era pequeno E tinha tempo Para uma dança Boas e velhas lembranças Cheiros do passado Sabores e retratos Medos, desejos O mundo inteiro Embaixo da cama Dentro do quarto Feijão no copo de iogurte Todo sabor é tutti-frutti Maçã do amor Batata frita melhor que couve-flor Muito melhor Chocolate na dispensa Almoço de sobremesa Dedo no nariz Ser feliz Quando eu era pequeno Sigo sobrevivendo

Pássaros

  Beijo roubado Camuflado de prazer É amor intenso É tenso Bom de enlouquecer Ruas e suas flores Canteiros e suas dores Marcas e feridas Uma nova vida Falando sua língua Sob o sol do meio-dia Em madrugadas frias Sentir você Um gole d'água Terra amassada Um vestido rasgado Espinhos de um cacto Não existe explicação Paixão do sertão Luzes do céu Estrelas não são raras Vivemos com calma Hora de tirar o véu

O Fim

  Morrer é inevitável Viver é possível Ser feliz? Quem sabe Ninguém sabe Destino improvável O segredo é seguir Desviando dos inimigos Abraçando os amigos Brindando o amor Um brinde Vamos para onde Deus quiser Caminhando com toda nossa fé Observar e perceber Decifrar quem é do bem Quem não é Sexto sentido da vida Curta e viva E deixe o outro viver Quando o céu fechar Toda luz apagar Não ter do que se arrepender Partir na paz Na brisa do mar Até o último olhar

Invasão

  Você gosta Não pede licença E faz Quem recebe aceita Aproveita E pede mais Quando um não quer Dois não brincam E sua brincadeira Chega em boa hora Faz um bom clima Faça até o final Vou pedir bis Mais uma vez Duas ou três Delírio total O gosto O bom gosto O melhor um do outro Na ponta da língua Isso que chamo de vida A nossa Você gosta E quem não gosta?

Quem Cala Sente

  Quem cala sente Quem cala sofre Quem cala morre O som da fúria O som da dor Medo, terror Direito de viver Escolher Antes de amanhecer Não era para ser assim Erros e mais erros Os meus, os seus Todos os nossos Só a gente sabe E como sabe Não queremos papo furado Nem conselhos errados Quem sente? Quem sofre? Quem morre? O nosso amor

Iguais

  Somos iguais Somos? Corpo e alma Na rua da amargura Beira da loucura Dizem que somos iguais Olhos fechados Boca calada Não escuto nada Pés descalços Asfalto quente Somos iguais? Dizem que somos gente O gigante pisa Esmaga nossa cabeça Mas quem luta não morre Nossa força vem de dentro Desgraçados, mas fortes Gesto que machuca Olhar que fere Estômago que embrulha Somos todos iguais Minha noite é um pouco mais escura

Clássica

  Você é música dos Beatles Clássica Beleza e ousadia Mágica Sensual com roupa Maravilhosa sem Na cama nunca está sozinha Sempre tem mais alguém Seu perfume que invade O campo, a cidade Minhas narinas Gosto das suas sete vidas Mas quero apenas uma delas Só uma Quando você cruza suas pernas Um mundo inteiro se abre Diante dos olhos da humanidade Nunca é tarde, não é tarde Para dizer sim, sim Percebo coisas no ar Pego tudo no ar Pescador de emoções É linda, sereia Prêmio de loteria Boas sensações Você é música Bela canção

Viver

  Vida antes da morte Existe, existiu Mais que sorte Para quem soube viver Aproveitou antes de morrer Para quem não acredita Nunca acreditou Para quem duvida Sempre duvidou Quem foi e não voltou Quem sorriu, quem chorou O tempo passa Ultrapassa limites E quem envelhece sou eu Igual diz o poeta Quem viveu, viveu O futuro é incerto O passado sim foi certo Cada segundo, cada instante Em qualquer lugar do mundo Nunca fui tão feliz Como fui antes (Da morte) Deixei rastros, registros Pegadas Fiz minha parte Fiz história, deixei história Boas histórias Nas melhores memórias

HAHAHA

  Piada boa É piada engraçada Piada boa Piada que eu dou risada Qualquer tema Qualquer assunto Tudo vira humor O mais legal do mundo Maiorias, minorias Tudo é alvo Tudo vale Alegria Gargalhadas, mil gargalhadas Mais uma boa piada Humor negro Humor quinta série Obra de ficção Brigar com piada É uma piada Não tem salvação Piada boa É piada engraçada Você conta e eu dou risada

Vento

  O vento seca toda lágrima Que teima em escorrer O tempo quase apaga Mas não deixa eu esquecer O amor, amor Inesquecível e honroso amor Dor do corpo Dor da alma Cicatriz Dói sempre, para sempre A gente tenta Mas é difícil ser feliz Não tem um dia Que não penso E toda poesia que escrevo Tem sua cara, seu jeito Seu dedo manchando o papel Estou no inferno Minha total desgraça O seu troféu Vamos brindar Com toda força Quebrar taças Cortar nossas mãos Vamos gritar Duelar por três noites Sei que você vai ganhar O vento seca toda lágrima..

Pássaros

  Pássaros sobrevoando Hoje azul, amanhã cinza O céu que tanto olho Que espero minha vez Meu nome na lista Sou o próximo Ou quem sabe, ou talvez O menino e sua bola A garota e o seu castelo Disco na vitrola Trilha sonora Vento castigando Tempo soprando Ainda não fui embora Estrelas brilhando Vigiando cada passo Outros pássaros Em seus bicos, suas asas Voar, vou voar Rumo ao desconhecido Mergulhar O céu fingindo ser o mar Por que de tanta indecisão? Eu sei de quase tudo Já sei o meu rumo Em qualquer ano Ainda estou esperando

Inspiração

  Sou um eterno louco Você sabe Sou uma mentira Em busca de verdades Sou um perdido Morrendo de saudade Quero apenas olhar seu olhar Sem nenhuma maldade Sou o sonho de todo poeta Inspiração O personagem de uma história Sem final feliz Mas cheio de emoção Nem sempre estou certo Mas longe de estar errado Acredite em mim Diga pelo menos sim Sou um desesperado

Velas

  Calendários antigos Para lembrar o tempo Um tempo tão bonito Imagens do passado Álbuns e seus retratos O gosto inesquecível De estar apaixonado Um sabor, um perfume Uma saudade Bons momentos Nem tudo foi felicidade Mas soubemos viver Entender nossas vaidades Quem mergulha em águas profundas Não esquece nunca Nunca O mar e o sal Amar novamente Tudo tão natural Velas acesas Luz baixa O seu brilho em destaque Para gravar na memória Antes que tudo acabe Antes que seja tarde

De Gala

  Glória eterna Noite de festa Dia de ser feliz E sorrir, sorrir Correr contra o vento Contra o tempo O tempo não passar Quero para sempre morar Nesse instante Neste exato lugar Sou história, fiz história Marcado nas memórias Amanhã não sei Nem quero mais saber Sem qualquer modéstia Agora sou o Rei Roupa de gala Para um momento especial Sou campeão Sou internacional Sou a glória, toda glória Fora do normal

Marcas

  Moro em um corpo Cheio de marcas, histórias Um pedaço de carne Com voz e memória Sou único, único Um corpo no tempo Ocupando espaço Criando movimento Incomodando acomodados Um poço de sentimentos Corpo que quer paz Mas provoca guerra Corre atrás dos sonhos Foge das indiretas Corpo que oferece flores Que morre, fica podre Que some, vira pó Uma lembrança no retrato Sempre ao seu lado Moro em um corpo...

Paraquedas

  Do alto de um prédio Um maluco pulou Descobriu o paraquedas Foi aí que flutuou Aproveitou cada segundo E quando alcançou o solo Chegou ao chão Machucou, torceu os pés Mesmo assim sorriu Pois descobriu Que conseguia voar É preciso ter coragem Simplesmente arriscar Contar até dez, errar Nada mais prazeroso Que o vento no rosto Viver é arriscar Nem todo mundo quer o seu bem Nem todo mundo quer o seu mal A dor de uma torção Ou uma ferida em seu coração? Do alto de um prédio O maluco novamente pulou

Morta

  Fingiu estar morta Morreu para ter glória E rir de todos Os bobos, os tolos Os que engoliram seu veneno Os que beijaram o seu beijo Fingiu estar morta Ficou atrás da porta Riu de todos Os estranhos, os outros Seus antigos escravos Os que desejaram o seu desejo Nunca foi Santa Nem nunca quis ser Sempre deixou isso claro Gostava do pecado Ainda gosta Está na mente de suas vítimas Coleciona feridas Mas do seu jeito é feliz Morreu por dentro Apontou o dedo Vomitou palavras Desagradou os hipócritas Derreteu o gelo Sapateou na cara da sociedade Até admiro Mesmo não entendo nada Completamente nada

Tiro

  Um filme na tela do celular Imagens reais Jovens matando jovens Onde estão os pais? O tiro acertou em cheio Bem no meio Na cabeça, dentro do peito Cheiro de tragédia no ar Esqueça tudo, chame o VAR É hora de decidir O futuro na palma na mão Quem chora não tem perdão Um grito iluminando Clareando a visão O medo é real Tão natural Amanhã é mais um dia Tapa na cara Explosão e alegria O céu continua azul Esperança que não morre Nem tudo é sorte

Grades

  Dia de quase nada Um pouco de tudo De ser feliz Na solidão de uma casa Luz apagada Prazer extraordinário Sem fim O desejo atravessando o medo O tempo do silêncio passou Gritos, grilos, sons da natureza O gosto bom do alimento Veneno, o sabor Chuva fina virando tempestade Aguaceiro depois da explosão Dedos de uma prosa bem dita Palavras esquecidas, malditas Oração Hora exata de um crime Cheio de rastros, pistas O assassino está preso Atrás das grades, dentro

Canção

  Vou fazer uma canção Para o Matogrosso cantar O Caetano dançar O Milton declamar E o Gil namorar Vou falar de amor Sem falar amor Romântica Sem doce, sem mel Vou falar de amor Sem rima Nem uma vírgula Nem dor, nem céu Ritmo contagiante Na boca do povo Sucesso popular Alguns poucos acordes Do Sul até o Norte Música para ser feliz Chico gostou da ousadia Bethânia lembrou da Bahia Paulinho fez ventania O Rei sentiu Maria Ainda vou fazer uma canção...

Todo Medo

  Ser forte é sobreviver Resistir, não enlouquecer Nesse mundo tão estranho De gente louca E pensamentos insanos Cercado por todos os lados Em todos os cantos Pressionado Não aguentei, desisti Apenas vou fugir Fechar os olhos, pular Escapar, sair Tomo remédio para esquecer Todo medo, toda dor Droga também dá prazer Vento no rosto Alguns bons segundos Sono profundo Outro lado da linha Noites bem dormidas Ser forte é sobreviver Não consegui

Tarde

  Tarde cinza Tempo instável Chuva fina Bons momentos Nosso papo é vida Água lá fora Amor aqui dentro Feche a janela Cuidado com o vento Horas, minutos, segundos Com você, por você Um dia inteiro Até o amanhecer Jardim regado de sol O nosso sol Que apareceu Deixou tudo azul Esquentou, afagou Nossas alegrias em um baú Um dia vamos viajar Não vamos mais voltar Mas enquanto isso Enquanto isso Vamos aproveitar Viver e amar

Bilhete

  Um bilhete, sua letra Sorriso em meu rosto Bons momentos Todo meu bom gosto Prazer em pequenos gestos Nos maiores pecados Faca no pescoço O medo olhando de lado Sangue em minhas mãos Sangue em minha saliva Sabor de morte Fim de vida Quem vê cara não vê maldade Toda noite é dia Nem todo "eu te amo" é verdade Uma flor, uma bomba Um bombom recheado É melhor ter cuidado Todo remédio em excesso Mata e faz estrago O destino atropelando tudo Todos os sonhos Todos os planos Nosso futuro Um bilhete, minha letra Uma confissão

Curado

  Estou curado De uma doença que não tenho Estou doente Com uma doença que não vejo Estou nas mãos De Deus, do inimigo Dos loucos, esquisitos De quem não acredito Não sinto meus pés no chão Dor que parece ilusão Estou perdendo o medo Agora é questão de tempo Para chegar o tempo Contagem regressiva Janela fechada Mas o mundo ainda está lá fora Toda mãe um dia chora Para todo mal Existe o bem