Morta
Fingiu estar morta
Morreu para ter glóriaE rir de todos
Os bobos, os tolos
Os que engoliram seu veneno
Os que beijaram o seu beijo
Fingiu estar morta
Ficou atrás da porta
Riu de todos
Os estranhos, os outros
Seus antigos escravos
Os que desejaram o seu desejo
Nunca foi Santa
Nem nunca quis ser
Sempre deixou isso claro
Gostava do pecado
Ainda gosta
Está na mente de suas vítimas
Coleciona feridas
Mas do seu jeito é feliz
Morreu por dentro
Apontou o dedo
Vomitou palavras
Desagradou os hipócritas
Derreteu o gelo
Sapateou na cara da sociedade
Até admiro
Mesmo não entendo nada
Completamente nada
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