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Mostrando postagens de novembro, 2020

Resposta

  Enfim você respondeu Aquela pergunta que eu nunca fiz Tirou toda dúvida da minha mente Fez o que eu sempre quis Seu rosto indefinido Criou um clima Mais uma vez não resisti ao prazer Corri e sem pressa me virei O proibido é tão bom quando não é pecado O proibido é tão bom Uma vontade louca Quero sempre mais Você em meus sonhos Roubando minha paz Seu rosto indefinido Criou um clima O proibido é tão bom quando não é pecado O proibido é tão bom

Sonhei

  De novo eu sonhei Com sua cara brava Seu cabelo vermelho De novo eu sonhei Pedi perdão, você pediu perdão Teve até sorrisos, risos Sonho não é ilusão Você sabe muito bem o meu caminho Eu sei por onde você anda Quem sabe um dia, qualquer dia A gente se encontra, sem querer querendo Saudade de ouvir suas histórias Sei que sua vida mudou tanto Não esqueça de mim Estou aqui esperando o seu sim Estou em meu silencioso canto O tempo é aliado Deixa tudo mais calmo Que também acalme o seu coração O meu já está em paz Querendo apenas seu olhar Deixe eu pegar em sua mão Raiva, mágoa, ódio Nada disso faz bem Pense em coisas boas Isso sim faz bem Eu penso em você

Positivo

  Um tiro no escuro Eu sou o alvo, eu sou o medo Sou o tempo que pode acabar Um papel, uma sentença Uma palavra no singular Falar de amor, brindar o amor Abraços de despedida Rir da desgraça, chorar Recados para o povo lá de cima O passado é certo Agora o futuro também Contando nos dedos Corrigindo os defeitos Para ir bem mais além Pra cima, pra baixo Agora é talvez, muito acho Eu quero uma casa cheia de gente Bolo na mesa, parabéns Que essa data se repita E quando chegar o dia Festa, lágrimas e missa

Cama

  Cama quentinha, uma rede Travesseiro recheado de dinheiro Boas horas com os pés pra cima Fumaça verde, uma boa brisa Acordar em uma ilha Nada deserta, cheia de vida Música boa, gente bonita Frango, farofa e farinha Rasgar o calendário Fazer dele mil pedacinhos Chuva de confete, festa sem igual Subir na vida, encher o bolso Todo mês carnaval Subir no Cristo Redentor Também abrir os braços Pular de paraquedas Cantando canções de amor Uma declaração ao vivo Em um canal de televisão Flores para os vivos E para quem já morreu Não dou mais o meu perdão Assim vou vivendo Antes que seja tarde Enquanto tenho tempo

Culpa

  Você não tem culpa Nenhuma, de nada O mundo é pesado demais Você é forte, mas nem tanto assim Chore, grite, grite um pouco mais É tão bom gritar Tristeza é uma corda no pescoço Só esperando você pular Deite, relaxe, sinta o sopro da vida Seja sonho, não seja ferida Esqueça os problemas, Esqueça quase tudo Aproveite o tempo Os segundos, os minutos Um abraço do tamanho do infinito Um eu te amo fora de hora O que vem do coração É pra ontem, é pra agora Seja feliz, faça alguém feliz Nem sempre é fácil Mas não custa nada sorrir

Ser Feliz

  Eu vou cuidar De quem maltrata meu pensamento Eu vou cuidar Em segredo, sem medo Vou cuidar do seu sorriso Dos seus ferimentos, do seu espírito Vou carregar seus presentes Rezar para não ficar doente Eu vou fazer você feliz Tudo que você pedir Seus desejos, suas ordens Minha cabeça em uma bandeja Meu corpo preso em sua teia Vou jogar flores pelo caminho Para perfumar seus passos Estou de joelhos, no aguardo Nem precisa falar nada Sei bem, sei muito bem O movimento da próxima jogada Tudo que alguém pode ter Tudo que alguém pode querer Eu tenho, eu tenho

Lua

  Três da tarde e já tem lua Acho tão estranho De perto nada é muito normal O seu beijo, o meu beijo Nosso caso de amor é quase profissional Andamos juntos, agarrados Causando espanto, alvoroço Olhares de reprovação Criamos um clima, uma situação Nascemos livres, não somos tristes Todo processo é nojento, lento Mas a gente gosta, goza De um delicioso prazer O mundo não seria nada Sem nossas mentiras, nossas pegadas Apresentamos nossos desejos Somos artistas de rua Aceitamos qualquer tostão furado, trocado Três da tarde e já tem lua

Cidadão

  Minha janela está fechada Para um mundo cada vez mais aberto Não aprendi arrombar portas Estou tentando ficar mais esperto Cruzo meus braços já cruzados Olho apenas minha geladeira Não olho para o lado, não Mato minha fome com pecado Sou o sangue, sou o pão Filho de Deus que anda armado Cortina escondendo o sol Sou do passado, estou mofado Fora de sintonia, na poltrona Mostro todos dentes, os resistentes Gosto dessa gente cafona Na rua, No banho, Assistindo novela, Na praia, Bronzeando a bunda Beijando, Gemendo, Gritando, Embaixo do colchão, Tomando café, Rezando com fé Eu sou e sempre vou ser um cidadão

Rascunhos

  Queria não ter medo de tudo Queria ser do jeito que você diz que eu sou Mas o que realmente eu sou, sou Um poeta louco, com um pouco de bom gosto Um fino prazer, nada blasé Um cigarro, fumaça para o alto Não solte minha mão, não Não assuste com meu grito, não Só não venha comigo Quando meu próximo passo for para o precipício Eu não gosto de nada, nada presta Rasgo todos meus rascunhos Só você salva o meu pescoço Nosso caminho curto é uma estrada Sem fim, sem limites Na escuridão de uma madrugada

Na Cara

  Estou acostumado com suas verdades Sempre jogadas em minha cara Sem dó e nem piedade Mas eu gosto, eu gosto, gosto Não reclamo, eu não reclamo, nunca (Quase nunca) O mais fácil seria você mentir Mas suas palavras são tão diretas, retas Um golpe no queixo Cheio de coragem, sem medo E quantas vezes dei risada Enormes gargalhadas Dos meus defeitos, dos meus medos Apontados por seu dedo certeiro Isso sim é amor, amor verdadeiro Sei bem o meu lugar, meu devido lugar Ao seu lado, aos seus pés Um pedido, um buquê Duas taças, um vinho Instantes de prazer O mundo fica melhor Melhor com você

O Trem

  Eu choro, choro Toda vez que tento não chorar Quando lembro da emoção Do dia que tive medo de arriscar Eu choro, choro Quando vejo flores pisadas na esquina Quando minha indignação termina Esse trem que vai embora Que não espera, que atropela Um trem chamado vida Sempre de partida Amanhã tem mais, muito mais E esse céu azul Escondido atrás da fumaça Atrás das minhas lágrimas Do meu sonho de liberdade O som imaginário do amor O amor que não tem cor Parece até lenda, mas é verdade Moeda pra cima, cara ou coroa? Deu cara, eu vou, agora eu vou Espere por mim, espere irmão Estou levando os violões Queijo, café e canções

Tempo

  Tenho saudade de um tempo Que eu tinha tempo Tempo para sorrir Olhar nos olhos Falar pouco e ouvir Tenho saudade de um tempo Que o tempo passava devagar Que despedida durava horas, dias Sou do tempo que o amor Era assunto popular Bons tempos, bons Que um sorriso abria portas Ter educação era normal Bons tempos, bons Guerra era sempre distante Festa do povo era o carnaval Poesia para passar o tempo Palavra cruzada para não esquecer Tudo que aconteceu, tudo que passou Ponteiros para o infinito Viver enquanto é tempo Enquanto estamos vivos

Mangue SP

  No fim da minha rua tem um mangue Aqui é SP, não se engane Criança não tem medo do perigo Todo canto é canto Todo canto é um abrigo Pai foi trabalhar, mãe com seu sexto sentido Aqui é periferia, o caranguejo é outro Tudo pode, nada pode, é osso Quem anda sozinho só quer paz Nem todo grupo quer guerra O revólver acerta qualquer um O inocente, quem não é gente Principalmente quem erra Tem lama, tem pedra, tem enchente O homem que vende fruta Colegas, conhecidos e trutas O ouro é branco, toda noite é escura Mais do que sua imaginação imagina É pipa, é bola, é obra na vizinha No fim da minha rua tem um mangue Aqui é SP, não se engane

Intimidade

  Intimidade Tudo tão complexo Para alguns sem nexo Nem sempre claro para quem escuta Minhas histórias, minhas músicas Datas, letras datadas Um pré-datado Minha vida em xeque Difícil incorporar, retratar Não é arrependimento Agora é outro momento Pedir desculpas com belas palavras Nossas roupas sujas em público Nem sei se deveria Todas mágoas que causei Tudo virou uma grande lavanderia Não é motivo de orgulho Mas é sempre um grande passo Admitir os demônios É preciso ficar atento O impulso é o pulso que ainda pulsa Uma linda história na memória Épocas, pedaços Mas nem sempre me reconheço Intimidade não pode ser falta de respeito

Mapa Astral

  Eu tenho fogo no mapa Mapa astral Meu caminho está traçado Estou sempre apressado Procurando companhia Alguém para passar o dia Um conversa facilitada Por suas palavras, suas cantadas Tenho tanta gente Não tenho ninguém É tudo tão urgente, É tudo pra ontem, meu bem Eu sou Plutão, sou veneno Pego e mato rápido, em segundos Vou de zero até cem Meu sol, minha lua Meu ascendente é você Nada é por acaso Está escrito no espaço Claro ou escuro, dois lados O gosto doce do prazer Todo clichê tem um sentido Tesão é ter livre-arbítrio

Sonho

  Será que quando sonho com você Você também sonha comigo? É tão triste acordar e perceber Que tudo foi um castigo Realidade é triste e cruel É desespero sem grito Fechar os olhos e esperar Seu rosto tão lindo, inesquecível Tudo outra vez, de novo Será que ainda vamos nos encontrar Em alguma esquina ou em qualquer outro lugar? E quando um dia eu morrer Será que vou viver em sua mente? Será que vou virar uma lembrança Boa ou indiferente? Não quero ser esquecido Quem dera morar dentro do seu juízo Agora pense que estou pensando No tempo que o tempo ao seu lado Qualquer dia parecia um ano

Roupas

  Roupas espalhadas pela casa Não sinto raiva, nada Nada que atrapalhe o meu prazer Ver você dormindo Depois de tanto agito Agora é esperar amanhecer Cortina aberta, sol invadindo Iluminando nossa cara Sorrisos cansados, cheios de malícia Ainda hoje, todo dia, tara Agora deixo você partir Sei que vai voltar Porta sempre aberta Estou aqui no mesmo lugar Um som bom Embalando nossos beijos Trilha sonora, desejos Sua mão, mãos pelo corpo O bom gosto Apenas um vício, um cheiro Nossa foto no jornal, Nas capas das revistas Usamos codinomes, nomes Identidades de artistas

Lixo

  A culpa não é minha É toda dele, sempre dele Quem suja minha cidade Quem picha parede O invisível que invade minha casa E joga tudo no rio Não é culpa minha É culpa da puta que pariu Água suja que escorre Sujeira que morre Embaixo do meu tapete Mundo um pouco mais doente Meu telhado de vidro Vou esconder o paralelepípedo Eu tenho nome Sou conhecido como cidadão Pacato, outras vezes revoltado Quase sempre sem razão Na calada da noite Eu mostro minha cara Saio pelo buraco que entrei Sou rato, sou bicho Sou o errado que ninguém vê Aqui nasci, aqui vou morrer No lixo, no lixo

Preço

  Aqui do alto O vento é tão frio Eu que sempre fui tão quente Sentado e olhando o infinito Nas nuvens uma tela Minha vida, um filme De amor, aventura, terror Pular ou descer Sou covarde de qualquer jeito Não aprendi com o tempo Ainda posso chorar Descobri da pior maneira O sabor do pecado Desejo é namorado da loucura Amante da besteira Quem dera ter uma piscina Lá embaixo, onde só vejo asfalto Estou doente, estou perdido Mas logo, muito logo, estou salvo Aqui ou em qualquer lugar Que perdoe meus erros O passado sempre cobra o seu preço

Cadeira Gil

  Muito prazer, Vou puxar essa cadeira Vou tocar meu violão Já não tenho mais memória Mas ainda sei uma canção Muito prazer, Vou cantarolar um sucesso Que brilhou no passado Que não mora na mente Mas vive no coração Sou um jovem com uma certa idade Um viajante sem destino Que encontrou um bom lugar Amigos e parceiros, parceiros e terceiros Anônimos, famosos, toda gente Gente que parou para eu cantar No meu palco ninguém se mete Sei do risco, fiz um risco Não ultrapasse, eu não ultrapasso Mas sei que não posso confiar Daqui a pouco vem você Quebrando tudo e fazendo carnaval Sou patriota sem bandeira E não sei o hino nacional Música popular no rádio Epidérmica, eclética Eu gosto de todas Música que parece oração Apenas mais uma louvação

Mais Um Dia

  E mais um dia nasceu Abri os olhos, estou vivo É disso que preciso para ser feliz Viver para continuar voando Rumo ao desconhecido Esse é o segredo Ao anoitecer Cabeça no travesseiro Não pedir, agradecer Quando dá vontade de chorar, eu choro Não disfarço o olhar, oro Importante é não esquecer Que o amor, somente o amor É o que vai, sempre vai, salvar É o que vai vencer O meu sonho é morar na lua Passar o inverno no sol Eu que já sou dono do mundo Mais uma noite, outra noite Sono profundo E lá vem mais um amanhecer

Titãs

  Banda de rock que nasce na escola Na hora do recreio Durante um bate bola Amigos da vida Até a hora de ir embora Espere um momento Vou tocar meu instrumento Bateria, baixo, vocal Vou falar dos bichos Baratas ou qualquer outro animal Cabeludos em ação Muito barulho, um puta som Iê, iê Playback no Chacrinha Estranhos e suas dancinhas Rimando mamão com camarão O bagulho é bom Fazer sucesso, gravar um disco Ficar famoso, todo dia na televisão Para não ficar gripado Desliguei o aparelho no botão Eu vou para uma ilha deserta Eu vou ligar o meu radinho Eu vou trocar a pilha Sou titã e não fico pelo caminho

Paulinho da Viola

  Escrevo frases pra você não esquecer Pra entrar em sua memória E alguém pichar no muro da sua casa Escrever no asfalto com giz Bem em frente onde você mora Escrevo frases para testar seu português Para mostrar que nunca se desfez O tamanho do meu prazer, muito prazer Vou jogar pedras em sua janela Vou cantar canções de amor Declamar poesias, serenatas Mesmo em noite fria, calor E depois vou embora Fingindo ser Paulinho da Viola

Telefone

  Sou do tempo do telefone Que tocava e eu não sabia o nome Quem estava na ligação Do outro lado falando palavrão Disk sexo, piadas do Ary Toledo 0900 até cansar o dedo Sorteios e promoções Fim do mês uma conta enorme Emoções e bem mais pobre Telefone tocando de madrugada Notícia ruim, tragédia anunciada Alô? Quem? Você ligou errado Estou no banheiro, ocupado E na rua Duas, três fichas no bolso Para qualquer grito de socorro Telefone pra pedir comida Pizza, hambúrguer com fritas Na agenda, números bons Os ruins também Os que fazem mal, os que fazem bem

Mordomo

  O dia nasce tão azul dentro dos seus olhos É óbvio, mas adoro estar com você Morar dentro de você Em seu corpo, em seu prazer Sua beleza é o mar, é o sol É calma, também é guerra Sempre um grande conflito Razão, emoção ou paz de espírito Nada é mais bonito que o seu despertar Não precisa sair da cama tão já Vou preparar seu banho, seu café Esperar o seu sorriso com o meu sorriso Na mesa, de bandeja, certeza Vou beijar seu corpo, louco Começando pelo pé Vou ajudar escolher suas roupas Inalar o seu doce perfume Ficar fazendo hora dentro da sua boca Esse gosto que eu nunca tinha sentido Uma deliciosa viagem, todo perigo Esse é o sabor de um amor bandido

Vanusa

  Você resolveu morrer Em uma tarde de abril Mas não é assim tão fácil Ninguém sai da minha vida Sem deixar uma história Sem um beijo de despedida Você tem três dias Para renascer firme e forte Correr para os meus braços E depois, depois Eu até deixo você partir Juro não deixar de sorrir Pois depois é depois Atrasar despedidas Cancelar partidas Não desapego não Sou o mar e o sal Domador e o animal Agora aperte minha mão Sentir dor, sofrer Sempre achei que era normal Hoje sei, agora sei O quanto errei Você resolveu morrer Em uma tarde de abril

Bete 2

  Do campo para areia Mascando chiclete Brincando de ser sereia Ao som das buzinas Quebrando esquinas Beijando o asfalto Veneno escorrendo Na boca das inimigas Agora são outros tempos É tempo de viver o agora Rebolando shortinho Longe de ser dondoca Cansou de cantadas furadas Aprendeu dar o fora Hotel de quinta Manhã de sábado Procurando casa, riscando classificado Apenas mais um dia Sua religião não tem pecado Ela é inocente Até que se prove o contrário

Poema

  Vou escrever um poema Para você traduzir Colocar em outra língua Vou falar das estrelas Da noite, do luar Dos ditadores cruéis De pessoas sem coração Vou escrever um poema Com cara de música, Com jeito de canção Palavras de amor, palavras bonitas Algumas repetidas, algumas mentiras Para pouca gente entender Para não ter ideia, nunca saber Mensagens subliminares Para bom entendedor Meia estrofe basta Mas nem tudo é assim tão fácil Aqui do outro lado Meus dias estão contados Fale bem de mim Fale sempre, fale mais Pode até dar risada Sou um poeta rico Que não tem quase nada

Machucada

  Não tenho mais força Não sei para onde correr Pegue em minha mão Deixe-me repousar em seus braços No seu quente abraço Cure todas minhas feridas Minha alma despedaçada Machucada, quase sem vida Quero meu corpo de volta O sol que foi embora Meu choro é mais do que medo É saudade de um tempo Que não existe agora O chão está tão frio Não sinto minhas pernas O sangue tem gosto amargo Queria tanto estar no céu, Mas ainda estou no asfalto No inferno, num pesadelo Dentro de um grito abafado Não tenho culpa da sua loucura Sua mente perdida, sem cura

Boca

  Minha voz mudou Com o tempo virou outra Mas continua saindo da mesma boca Na parede meus discos, antigos Compactos, quadrados Redondos com um buraco no meio Minha música vem em faixas, fitas Lado A, lado B, som do artista Sou um pra frente do passado O Rei pelado das mídias Na vitrola, walkman, computador Na palma da mão Papel, lápis, caneta e borracha Na tela, sua cara, minha cara Palavra, ideia, ramificação Sou um quase moderno Ainda tenho meu caderno Gosto de andar descalço Com todos os meus dois pés no chão Minha voz mudou Com o tempo virou outra Mas continua saindo da mesma boca