Palavras, Letras e Poesias

Chegamos tão perto Olhares, sensações Toquei até em seus pés Lindos Mas o destino não deixou A gente continuar Tudo seria tão complicado Mas quem sabe um dia Depois de velhos Sem receios Sem julgamentos Só mandar um recado Ou faça aquela carinha de antigamente Vamos enfim avançar os sinais Que estavam fechados Recuperar o tempo perdido O que ficou para trás Você está sempre em meu pensamento Desde novo, desde menino Deus vai saber o melhor momento

Boné, bermuda rasgada Chinelo, camisa regata Sou um cara descolado Garotão, rato de praia Fumando um na areia Durante o dia ondas Pela noite música e lua cheia Cabelo sem cor definida Culpa do sol que castiga Vento que empurra mais um fio Sem destino, por aí Uma troca de olhar Nenhuma palavra, amor Depois descobrir o nome De quem foi apenas mais um caso Sob um forte calor Livre, Liberdade para amar O dia inteiro coçando Olhando o mar Vagabundo, Só mais uma profissão De tantas que eu já tive Vontade de trabalhar Dá e passa Quem conhece do riscado sabe São preços variados Só não tem de graça

Histórias que você contava Todas com começo, meio e fim Muitas noites aqui da sala Sua voz No quarto, luz do abajur Rosário na mão Orando por mim Tardes quentes Jogos de cartas Escopa ou vinte e um Baralho rima com aquele palavrão Nervosa, em fúria Na hora da derrota Falava sem cerimônia Sem perdão Todo dezembro tem festa Para nós muito mais Sempre especial Era o seu aniversário Tão linda Véspera de natal Vivo sonhando Matando saudade do seu olhar Imaginando como deve estar Tão distante Ao mesmo tão próxima Quem sabe em uma próxima Um reencontro Serei aquele menino que chorava Querendo colo e que puxava sua saia O que nos separa é o tempo Aquele que passa, passa, passa Mas deixa uma dor que não sara

Gosto é gosto Ninguém tem que entender Gosto é gosto Só eu sei o que dá prazer O meu prazer Não interessa pra você Interessa para quem gosta dele também Isso é o que importa Gosto não se discute Só discute na hora de fazer Muito prazer Pode parecer estranho Para olhos despreparados Não acostumados O pecado está na mente quem julga Quem faz gosta Quem adora se lambuza Ousadia é enfrentar Um mundo cheio de hipocrisia Desconfiança Muita tristeza disfarçada de alegria Feio e belo se misturam Feio pra você e belo pra mim Sua raiva é o seu maior pesadelo Não tenho medo Sei o que é melhor Minha loucura que não é loucura Nunca vai ter fim

Gosto de caminhar Guiado pela luz da lua Tão natural Gosto de abrir os braços Parecer que estou junto Com São Jorge e o dragão lá no fundo Agora sou maré Filho do amor O que nunca perdeu Que nunca vai perder Aquilo que todo mundo chama de fé Ando sozinho Procurando qualquer lugar Qualquer pessoa Qualquer colo Alguém para repousar Meu corpo, meu ombro Para relaxar sem medo Todo beijo esconde um segredo Quando o sol está dormindo É momento de fazer escolhas Escutar os pensamentos O balançar das folhas Noites são tão bonitas Madrugada normalmente é fria Só eu sei a emoção De quebrar uma esquina Encontrar o desconhecido O perigo que arrepia

O meu remédio predileto Não vende em farmácia Mas para comprar é sempre tão fácil Está em qualquer beco e viela Qualquer esquina Não precisa de receita Um negócio da China O meu remédio cura tristeza Traz até felicidade Faz eu enxergar bichos voadores Controla o meu medo Ameniza minha ansiedade O meu remédio Fico péssimo quando acaba Quase louco Preciso sempre de mais uma dose De mais um pouco O meu remédio Tarja preta Azul e vermelha Todas cores do arco-íris Todas cores da natureza Gosto de ouvir O som das guitarras Quando saio no meio da noite Pela madrugada Em busca do meu remédio Para curar meu tédio Sigo os anjos com suas asas reflexivas Quando não tem um compro o outro Remédio em pó vale ouro

Um caminhão de areia Para construir um castelo E você morar dentro dele Ser rainha, dona de tudo Olhar do alto Mandar cortar cabeças Decidir sentenças Ser realeza Quero ser o bobo da corte Para alegrar o seu sorriso Não tenho dinheiro Mas tenho juízo Vou agarrar suas tranças Invadir o seu quarto E quando der sono Deitar em sua cama Já fiz de tudo nessa vida Hoje vou cuidar do seu trono Que o sonho não termine Com uma onda certeira Que o destino não passe por cima Não destrua nossa praia E saiba que todos os meus desejos Estão nas mais fundas gavetas Agora vou para o mar Deixar o corpo leve e relaxar Não quero ir para o céu De mãos abanando Vou levar algumas estrelas Gotas de amor A imensidão do oceano

O amor não tem um mistério Têm vários Tento entender, descobrir Todos ou apenas um O amor é uma pedra Voando em direção de uma janela Um vaso esperando rosas É curva, não tem reta O amor esconde e revela defeitos É o respeito que nos dá intimidade para não ter respeito É o resultado de não ter medo Todo sonho para ter um fim Precisa ter um começo Amizade vira amor Depois de um tempo Primeira impressão também pode virar amor E o olhar é sempre uma boa saída Quando palavras se tornam repetidas Quando temos vergonha Quando ficamos sem saída

Andando e olhando os meus passos Andando e olhando os seus passos Seguindo os seus passos Seguindo todos os seus comandos Agradecendo e esperando Sentado e olhando Observando sua escolha Quieto e cheio de felicidade Aguardando o momento certo De fazer minha parte Nota fiscal subindo Mais uma missão e eu cumprindo O meu papel Será que vai ter uma próxima? Uma outra vez? Só mais uma vez Quero dizer que foi tão bom Inesquecível O sabor que se transformou O gosto que completou meu paladar Na língua o seu gosto Misturando com meu gosto Hipnotizado, encantado O meu olhar fixado Não acreditando Sonho realizado Na despedida tudo que ficou foram restos Que alimentou minha fome Matou até mesmo minha sede Néctar dos deuses Sou o peixe que caiu Que vive e não quer mais sair Da sua rede

Cartas marcadas No olhar o sinal para você atacar Uma piscada, testa franzida  Será que você vai entender o que eu sempre quis dizer? Na camisa uma foto Einstein com sua língua de fora Uma mensagem subliminar de bandeja Será que é tão difícil assim? Vamos encurtar caminhos Vamos calar nossas bocas O revólver tem apenas uma bala O tiro certeiro não mata Muito pelo contrário O coração dispara Tanta jogada ensaiada Não pode ser para nada Para dar certo tem que ter sempre um pouco mais Química, Algumas faíscas E quando tem distância Fotografia E no retrato você tão bonita Mas aquele abraço foi apenas de uma boa amiga Não temos ainda intimidade para uma boa briga Vou deitar na cama de roupa e tudo Não vou tirar o sapato para dormir Quero sonhar Quem sabe acordo com o telefone tocando Você chamando Já estou pronto para te encontrar

O cabeludo tocando o seu instrumento O homem de cabelo vermelho também Guitarras afiadas e afinadas Tem até música do Roberto Assim tudo fica mais completo Risadas bem loucas Bruxa que está solta Solta na pista querendo dançar Toda alegria é pouca Saudade daquela moça da voz rouca Agora é hora de entrar de sola Calar o mundo com um solo Um riff criando grife Uma viagem pelo espaço Quem sabe até Seattle Amizade reforçada com um beijo Ou um simples abraço Luz dos olhos Brilho do sol Durante o recreio Da cantina vem o cheiro E o som sempre tão bom Um som bom

Quem nunca errou Atire aquela pedra certeira Uma ou duas vezes Quem sabe uma terceira Mas tenha muito cuidado Tudo que vai, volta Sua sede de justiça não é natural O seu ódio tem gosto amargo E qual sua moral para dar lição de moral? Um dia você massacra No outro é massacrado Um dia você é o juiz No outro é o condenado Quem bate esconde o seu telhado de vidro Quem apanha é apenas o escolhido Antes de apontar o dedo Olhe no espelho Enxergue os seus defeitos Antes de cuspir Engula o veneno Qual é o seu medo? Qual é o seu medo? Amanhã é o seu dia de ser o vilão Amanhã é o seu dia de pedir perdão Vida real, vida real Ninguém mais acredita no bonzinho da rede social

Agora o mundo é seu Olhe com os seus olhos de princesa Faça bom proveito Aproveite e viva como nunca viveu Agora o mundo é seu Um lindo sonho Sonho que nasceu Aproveite o sol Para iluminar sua beleza E antes de dormir Faça da lua testemunha Deite e nunca deixe de sorrir E agora é só caminhar Seguir em frente Encher o coração da gente Com todo seu amor Com o nosso amor Combustível da vida E sua vida vai ser Alegria dos nossos dias Seja bem-vinda Doce e bela Singela, menina

Um bom disco na vitrola Um som legal para dançar De uma banda antiga Ou da Elis fazendo o braço girar Um bom disco Um barulho gostoso Agulha no vinil Pode ser Raul, Rita ou Baby do Brasil Terra brasileira Noite de estrela Devaneios musicais Notas e ritmos Talento é nacional O mundo dentro de um país A gente sabe, a gente diz Aqui é sempre carnaval Bate pandeiro Na lata, na garra, na fibra Viva la vida Chora cavaco Guitarra que grita Viva la vida

Como controlar ansiedade? Não é coisa da pouca idade Já não sou menino Não consigo dormir O meu remédio É o meu prazer Inexplicável Para quem não quer entender Como vai ser Quando sentir sua presença? Um sonho realizado Não existe pecado Quando aceitamos Conhecer o outro lado O desconhecido conhecido O sabor da saliva Presente dos Deuses Somos filhos da nossa libido Por todos os ângulos Um dia tudo vai ser tão natural Uma matemática simples Uma equação de segundo grau

Minha pressa de viver Hoje é apenas uma vontade De controlar o tempo Mas aprendi com o poeta "O tempo não para" Aquela minha vida louca Aos poucos foi estacionando Agora é acostamento É ficar esperando o fim da estrada Apenas observando o movimento E eu já não sei Pessoas que passam ao meu lado Estão vivas ou mortas Ou são apenas mortos vivos? Prefiro agora cuidar da alma Do espírito Sobreviver é tão difícil São tantos os conflitos Vamos fazer uma aposta? Céu ou inferno Qual é o mais animado? Um é dia todo dia Outro é noite 24 horas E o que eu decidir É para sempre Não tem volta E agora? Agora senta e chora Senta e chora

Nossa discussão Não tem um motivo claro Não é por causa de futebol Política ou religião Quando começou? Nem eu sei Muito menos você Brigamos por causa do amor Do muito amor Que temos um pelo outro Excesso nunca faz bem Nem de água, droga ou até mesmo banho Nossos conflitos Acabam sempre em beijos e gritos Só a gente entende Só a gente sabe o limite Até que ponto podemos chegar E quando não existem mais palavras Resolvemos tudo com o olhar Quem não está na nossa pele Não conhece nossa verdade Toda loucura sem filtro Toda guerra cruel Na nossa fogueira de vaidade

Não é possível ser Santo Quando o pecado está chegando Tudo tão difícil Não adianta fingir Loucuras sobrando Joelhos dobrando Nada sutil Nem sempre tem silêncio Nem sempre tem barulho Apenas tem prazer O maior prazer do mundo Somos o depósito De toda sujeira deliciosa Muitas vezes reprimido Julgado e condenado Crescemos com medo do castigo Por isso normalmente é escondido O melhor sabor está no recheio Toda noite ou o dia inteiro O acordo está firmado Hoje sou o segundo Amanhã sou o primeiro

Pão na chapa e vitamina Pronto para mais uma parada Nada é fácil Para quem acorda cedo Quase de madrugada Mais um dia Na vida de quem conta os dias Que vive, sobrevive E tenta apenas ser feliz Ser feliz não é rir o tempo inteiro Nem ter muito dinheiro Sou brasileiro, E muitas vezes desisto Mas acabo buscando força Para recomeçar Os caminhos são longos E o importante é saber Que não sabemos se vamos chegar E quando tudo terminar Amanhã tem mais Tudo de novo Mais uma vez Sem paz É assim que a gente segue E persegue O nosso sonho está logo ali Mas sempre tão difícil de alcançar Mas o importante mesmo é seguir Amando e sabendo amar

Bolinho de chuva em dia de sol Bolinho de chuva parece nuvem Bolinho de chuva é fritura Bolinho de chuva faz bem ao coração Na hora do café Cheio de sabor Peço perdão ao pai Mas bolinho de chuva lembra mãe Rezo e agradeço de joelhos Melhor do que pão Pela manhã, Tardezinha ou noite Toda hora Todo dia é dia É puro amor Ninguém é triste na chuva Felicidade tem cara boa Sempre cai como uma luva Só mais um Juro que é o último Mas é tão difícil resistir Comendo até o fim Vou levar escondido no bolso Para comer na rua Quem não gosta de bolinho de chuva?

No palco ou no asfalto Tão parecido que fica até diferente Dentro de uma roupa confortável Aquele sentimento universal Conhecido como amor Faz da gente sempre igual E o primeiro beijo Não lembro bem quando aconteceu Sou ruim de contas Troquei matemática pelo iê iê E isso tem tanta lógica Quanto dois mais dois Que é sempre seis Olhe em meus olhos Olhe meus óculos redondos Fora do país enxergo melhor Sei que é tudo armação Dizem que lembro John Lennon Mas só mesmo na hora da canção Música não muda Vida sim A minha mudou tanto Já que Tim Maia não deixou eu falar João Gilberto partiu Então deixa que eu mesmo canto Deixa que eu vou cantar

Os religiosos estão cantando Rezando, agradecendo e pedindo De joelhos estão gritando Velas acesas nas mãos Vozes penetrando Invadindo meu ouvido Tudo girando, labirintite Trauma de infância Desde criança Rezando em casa Aumentando minha esperança Fé que me confunde Que me deixa tonto Rodo, giro e vejo vida Prefiro ficar do lado de fora Observando tudo da calçada Padre rezando Chuva molhando Eu só quero ser feliz Ser um pouco nobre Mas enquanto isso Continuo sendo um pobre Noites são tão vazias Mas prefiro um lugar vazio Gosto de espaço Mas para o alto Hoje é apenas mais um dia frio

Óleo no nordeste Olho no nordeste Óleo no nordeste Olho no nordeste Mancha que invade Areia da praia Onda que vem e que vai Sujeira que não sai Maré arrasta Mas não leva Muito menos lava Frutos, furtos, natureza Brasil barril Beleza ameaçada Carregada de dor Com cor Nada transparente Cheiro de Brasil queimado Pátria amada Coitada, coitado Que Deus escute nossos gritos É óleo Estamos fritos

Entrei em um museu Vi novidades empoeiradas no canto da sala Também vi gente com ar de superior Com nada de amor Olhando tudo com desprezo Apertando o nariz para não sentir o cheiro Hipócritas e caretas Em um mundo que tudo tem preço Miséria alimenta os picaretas Pessoas com cara de nojo Triste desgosto Quero sempre passar longe O perfume não esconde O cheiro que exala do corpo Dessa turminha podre Ninguém vale nada Quando a porta do quarto é fechada Toda pose cai Junto com o vestido Máscara e silicone sem qualidade Arrogância é fruto da vaidade

Doce Dulce Irmã, mãe Aventurada Dulce dos pobres Do amor Da misericórdia Que nos conforta Que cura toda dor Quando não tenho nada Quando miséria é o que sobra Doença do corpo Também da alma Santa do meu Brasil Minha última esperança Minha única esperança Canto em oração Mesmo não sendo pecador Peço perdão Na escuridão é luz Na pergunta é resposta Na tristeza é sorriso Quando não existe mais saída Fé é a porta

Quem vai curar o doente? Quem vai combater o crime? Quem vai acabar com a fome? Quem vai limpar o nome? Quem vai amar o pobre? Quem vai mudar o mundo? Quem vai dar ensino? Quem vai oferecer emprego? Quem vai acabar com o medo? Eles não querem melhorar nada Eles não vão melhorar nada Um país em ordem não dá voto Miséria é a jogada Aceite ou estude, Lute Para não fazer parte do esquema Somos atores principais Tratados como coadjuvantes Um filme baseado em fatos reais Em uma sala fechada de cinema

Sinceridade de criança Toda arte é dança Sua careta nunca é careta Quando não quer papo Pede chupeta Não existe tempo ruim Descobre bichos nas nuvens Enxerga nuvens em bolinhos de chuva Tudo vira festa Doce, bala, alegria e pudim Pequenos gigantes Importante é viver Mundo sempre tão grande O sonho nunca é impossível Brinca menina, brinca menino Felicidade é um momento sempre incrível Sorriso é parte Faz parte de toda criança É permanente, constante Sorriso sincero Banguela, cheio de janela Infância nunca termina em zero a zero

Em um mar de tantos mortos Sou vida No sangue que escorre Pelo chão e asfalto Na pista O tamanho do desastre O destino atropelando Esmagando todas nossas feridas Aprendi andar nas nuvens Piso de leve  Vou com calma Guardo segredos para um dia poder contar Pois todo segredo É criado para arrepiar No alto da montanha O que tem por lá é solidão  Mas mesmo assim  Muita gente quer alcançar o topo Encontrar o seu “eu interior” Olhar o infinito tomando Coca-Cola  O sempre lindo esplendor Sou um cara indefeso Luto contra ninguém  Tenho todos os medos Vivo procurando Para quem sabe um dia  Enxergar mais alguém