Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Conselhos

Abra bem seus olhos E olhe aqui  Preste atenção  No que vou dizer  Serão talvez minhas últimas palavras Prometa não esquecer Seja inteligente Não tente Fugir do seu  Presente Seja uma voz Que não  Se cala Quando o mundo Não para De jogar Na cara Que ele é cruel Soltei sua mão  Agora é com você  Deixe meu corpo Leve minha alma Espalhe meu ensinamento  Faça meu pensamento  Virar seu lema de vida Siga seu rumo Nem toda partida É uma despedida

Virou Pecado?

O amor Tão condenado Por quem não ama Ou que ama E que finge não amar O amor Muitas vezes perseguido Tratado como maldito Por que tanta hipocrisia? O amor Já foi tão bonito Quando o amor virou pecado? Quando o amor foi deixado de lado? Quando eu acordei já estava assim Careta Que tristeza é não ter Quem a gente possa fazer O nosso amor arder Amor explicado  Não é amor É apenas algo parecido É aquilo que causa dor Amor Ao vivo  Com vivo No telefone No ouvido O amor  Perdido Não deixa  De ser  Amor Amor Amor

Nem Tudo É

Coisas do passado  Que ainda hoje Mexem com minha cabeça  Faz meu mundo Ser assim tão intenso Talvez tentando resolver problemas  Isso que faz eu ser O que eu não deveria ser Mas ser do bem Não quer dizer Que tudo está em paz Aqui dentro do peito Mas é preciso caminhar  Seguir em frente  Buscar sempre a melhor opção Colocar aquele sorriso no rosto Como o menino encontrando E se apaixonando pelo mar Nem tudo é Como deveria Como a gente gostaria  Que nossa vida fosse Mas aqui você não vai achar Alguém triste Desanimado Com vontade de pular  "Da vida, só quero o que ainda eu não sei"

Reinos

Lustres balançam Com os seus pulos de aflição  Tudo confuso Na cabeça da gente Não sabemos para onde ir Para onde correr Pegamos ou largamos nossas armas? Tropeçamos em obstáculos  Da nossa própria imaginação Sobrevivemos  Mesmo com pessoas sem coração Preferimos o som das guitarras Jovens cantando pelas esquinas Em frias madrugadas  Vamos distribuir flores nos semáforos  Nossa guerra é de amor Sombras do passado Noites esquecidas em um lugar distante Já fomos felizes Hoje aprendemos que não somos nada No máximo aprendizes  Do Reino do céu

Brincadeiras

Qual o seu tamanho diante do mundo? Carregar tudo nas costas não vai te fazer bem Tome cuidado Amanhã é só mais um dia E continuar é preciso  Como diria o poeta É preciso saber viver Quantas horas ainda temos de vida? Nem você, nem ninguém sabe Então melhor aproveitar Escreva bilhetes Entregue ramalhetes Para seu grande amor Nosso destino está traçado Escrito com uma caneta mágica Só enxergamos o que já passou  Sem poder mudar uma vírgula Mas não precisa sofrer  O poeta também não sabe como termina sua poesia Ele apenas rabisca palavras Tem insônia pela noite  E procura inspiração durante o dia Brincadeiras  Não são tão saborosas  Quando são sérias  Deixe então tudo mais leve E leve um sorriso  Junto com seu rosto Para qualquer lugar Que você nunca sonhou estar

Estrangeiro Brasileiro

Eu não preciso  Usar muitas palavras  Para dizer O que quero dizer Tem hora que o silêncio  Também é poder  Quando você acha que me cala Sou eu quem cala você Ordem? Não sei O progresso? Também faz tempo que não passa por aqui Para falar a verdade Acho mesmo que nunca vi Mão no peito  Para minha brasilidade  Não fugir do meu coração  Do seu já foi Canto, Com força Canto, Em casa, na rua, na escola O hino é nacional Parece internacional Pouca gente conhece Essa língua estrangeira  Tão brasileira Não importa de que lado você está  Importante é lutar Com unhas e dentes Será que você gosta mesmo do Brasil Ou torce para dar errado? Que cidadão você é? Não se esconda  Fingindo ser alguém  Fingindo ser Apenas mais um sujeito com fé

Vai com Deus, Tia Alice!

Senhoras e senhores  Eu vou apresentar Quem lutou uma vida toda E usou o amor Para ensinar o que é amar Na vida nem tudo é felicidade Algumas batalhas são travadas Nem todas são vencidas Mas importante é seguir  Seguir com dignidade Foi um prazer  Conhecer quem  Também olhou por mim E eu sempre olhei Aqui de longe E admirei Agora enxergo você  Nas estrelas Isso quando aquela lágrima Não atrapalha minha visão  Lágrimas são palavras  Palavras vindas do coração Quando o dia  Vai terminando Sei que é hora de dormir  De colocar o travesseiro  Embaixo do pensamento  Lembrar de você  E quando vem o dia Um cheiro de saudade Invade minha alma Invade essa cidade Nem todo anjo tem asa Nem todo anjo tem casa Quem amou Não tem trauma

Avallone

Parem as máquinas "E parou mesmo"  O jornalista virou manchete Na capa do jornal Tia Dora Que chora No mês do carnaval Quantas exclamações Perguntas cheias de interrogações  No pique Tristeza apenas no ponto final Pitadas históricas  Em uma noite qualquer de domingo Palavras ditas Em uma mesa redonda Aos quatro ventos No seu mundo verde Paixão que virou lenda

Nós Dois

Ei,  Vamos dar uma volta em meu carro Não é o último modelo Nem tenho tanto dinheiro  Mas acho que vai gostar Ei,  Vamos rodar por aí  Sem parada Mas se você quiser paramos  Em qualquer canto Desse mundo redondo Sei que vai gostar Uma viagem em torno da Terra Nem é tão longa assim São apenas algumas ruazinhas Nem precisa avisar seus pais  Mas se quiser  Deixe um recado na porta Dizendo que vai Mas que um dia volta Hora eu dirijo Hora você  Trocamos de lugar Com o carro em movimento  Gostamos de ação Também vamos tirar retratos  Com cenas ousadas Fazendo caretas Nossa vida é cheia de momentos Não temos dó Nem um pingo de dó Seguimos em linha reta Até nas curvas Curvas do destino Cantamos pneus e palavras Voamos sem asas

Menina

O sonho dela é continuar sendo feliz Brilha menina Brilho lindo que tem o seu olhar Papel que vira brinquedo No chão faz um desenho Em uma noite de luar O sorriso que encanta Alimenta Faz o poeta voar Na sua imaginação  Vai até o espaço  Para depois voltar Vida tão bonita Sua lágrima é vitamina Coragem que impressiona Esperança é como onda Vai e vem de emoções  São tantos corações  O sonho dela é continuar sendo feliz

"TVlisão"

Televisão  Sempre tão quadrada Com notícias mastigadas Que irrita muita gente  Televisão  Aquele eletrodoméstico Que você leva tão a sério  Mas se o barulho incomoda É simples  É só tirar da tomada Sobe no telhado Vou gritar  Quando sua imagem melhorar  Meu controle é remoto Mudo fácil de canal Quando cansar é só dar um sinal Tela toda escura É hora de ir pra rua Sua vida em uma tela Tudo com cara de novela Mas é real Será que Deus Tem a voz do apresentador do telejornal  Meu amor Que você venha Em ondas de rádio  Pois o rádio é sempre mais rápido  E mexe com minha imaginação  Faça como um passarinho Pouse na antena E faça o seu ninho

Chiqueiros Cheirosos

Chiqueiros cheirosos Pessoas cheias de pose Uma festa de gala Muito nariz em pé  Muito nariz em bandejas Risadas sem sentido Só posso ter dó Dessa sua falsa felicidade  Prefiro minha liberdade  Restrita, mas honesta Minhas noites  Sempre bem dormidas Não preciso pensar Na mentira que contei durante o dia Sua vida É uma vida perdida O que vai ser do mundo Com você sendo futuro? Certeza que não vai ser nada bom Será que ainda temos salvação? Se depender do seu caráter  Vamos morar na prisão

Santos e Sexo

Minha vida é um blues Cheia de lamentações  Deus escreveu certo Em minhas linhas tortas E nada é mais vulgar Do que o júri popular Quem é você  Para apontar o dedo e acusar? Cuide do seu Que eu cuido do meu E assim vamos seguir em frente Somente os poetas gostam de línguas mortas Cada igreja tem o seu santo Aqui em casa não tem nenhum Vamos ouvir um disco que fala de sexo Quem sabe assim você aprende Deus vai sempre estar do seu lado  Não importa o seu erro O seu pecado Sempre fui aquele nota seis Com seis você passa de ano Pelo menos na minha escola Educação que aprendi em casa Levei em forma de maçã  Para aquela professora Segunda paixão  Ficava sempre imaginando  O que o mundo seria amanhã Ainda escrevo cartas Mas não tenho para quem mandar Meu amigo imaginário  É um invasor Não tem endereço certo Recupere aquele rascunho Sua melhor obra pode estar no lixo Perdida e amassada

Almas

Eu prometo  Cuidar do seu sono Ficar de olho em seu juízo Tentar mostrar o melhor caminho Eu prometo  Sempre que possível dar sinais Sei que você vai sentir Minha presença  Até mesmo quando você chorar E nos momentos felizes Também vou estar  Morando em seu sorriso Fui cedo demais Não tive escolha Mas sou um cara rebelde Fiz um acordo Toda vez que você precisar Vou desembarcar  Descer, escorregar No seu pensamento Aqui não preciso usar mais óculos Minha forma de enxergar é outra Nossa telepatia é transcendental Você pode e deve ter outros amores Nossa união não é mais carnal E quando novamente você adormece Nossas almas saem pra passear De mãos dadas Por florestas Madrugadas Nossas vidas estão separadas Mas nunca fomos tão unidos

Viagem

Eles dizem que faz mal Não sei Só sei que me sinto bem Eu sei Só sei que tenho prazer E isso ninguém fala Depois desço até o inferno  Mas sempre volto  Se pra você não presta Pra mim é festa  Qual é o seu veneno predileto? O que você toma? O que você sente? O que faz você voar? Posso não gostar Mas me permito experimentar Quando durmo tenho pesadelos Acordado viajo pra longe E tenho muito mais paz Você prefere adoçante  Eu gosto do branco do açúcar Quero sempre mais Não sei quanto tempo vou durar Ou se já morri e não sei Mas cada vez que mergulho de cabeça  E nariz Volto com mais força  E feliz

Novo

Desde novo eu rabisco palavras velhas Poesias na minha máquina de escrever Inspiração nunca faltou Eu sou o autor  Da minha vida Sempre fui o criativo Orgulho da vovó  Minha obra é vasta Quem dorme é madrugada  Eu nasci para colocar no papel Sentimentos e emoções  Palavras de amor Tudo que eu nunca falei E nunca vou falar Prefiro escrever Só assim me sinto vivo Sonhos  Eu sempre tive acordado O meu mundo é fechado Mas aberto para novas possibilidades  Só ter uma boa proposta Enquanto isso sigo escrevendo Os dados estão rolando Viver é uma aposta

Roqueiro Não Tem Mãe

No palco Não tenho moral Não tenho idade Não sou de ninguém Sou louco Pra mim tudo é pouco Sou exagerado Sem pudor Sem medo Sou mau Sou bom Um qualquer Um alguém  Não tenho enredo  Roqueiro não tem mãe No palco Gosto de rima Que não rima Canto palavras Grito palavrões  Mostro coragem Quebro guitarras Vivo por aparelhos Estrago canções  Roqueiro não tem mãe Minhas frases nem sempre são verdadeiras Engano bem E também costumo falar besteiras Desculpa mãe Mas roqueiro tem que ser vilão Não pode ter coração

Conselheiro Sentimental

Se o seu coração  Mais apanha do que bate Se você já perdeu o rumo Saiu do prumo Não tenha vergonha de chorar Vou secar suas lágrimas Sou melhor do que rede social Vou ter sempre uma palavra amiga Sou o Conselheiro Sentimental Vou unir casais Mas separar quando não dá mais  Jogar limpo E no fim, No fim da sessão  Sempre terminar com uma canção Crise dos sete anos Dor da traição  Festa em Noronha Segredo descoberto Mensagem no celular Amor não correspondido  Tristeza sem fim Seus problemas acabaram Fale com o tal O Conselheiro Sentimental

Contraponto

Você é de paz Eu sou da guerra Você é agudo Eu sou grave Você gosta de bichinho Eu sou animal Você é pólvora  Eu sou explosão  Por isso a gente se entende Mesmo ninguém entendo Entendendo nosso amor Minha loucura O seu bom senso Equilibram a balança  Somos tão diferentes Mas sempre tão iguais  Na cama, na rua, na dança Você é noite Eu prefiro te acordar pela manhã  Abro a cortina Para o sol invadir seus olhos Que por sinal tem o brilho mais bonito O que seria de mim sem você  O que seria do Pierrô  Sem Colombina Nunca tivemos medo De olhares invejosos Eu sou amor Você também  E se tem quem não gosta A gente gosta

Seis da Manhã

Seis da manhã  E já estou acordado  Apesar que nem consegui dormir São tantas noites assim  Pobre de mim Pego uma faca Tento cortar o pão  Mas só corto o dedo O sangue espirra pela casa Suja parede Suja o chão Só não suja minha vida Que já é suja Eu sou uma tragédia familiar Sou a teoria do caos Sou um erro  Não sei quanto tempo Ainda vou suportar Essa loucura que sou eu Ninguém quer ficar Em meu lugar Do pó viemos No pó ainda estou Eu desisti de entender o amor Sem falar que o amor  Já desistiu de mim Faz tempo E se você quer saber  Se eu sou feliz Eu respondo perguntando  O que é felicidade? Quando você descobrir Conte pra mim

Poetas (Renato Russo e Cazuza)

Depois de idas e vindas Depois de alguns desencontros  Os poetas estão juntos Os poetas estão compondo Os dois são do Rock Os dois são pop Os dois vão apenas escrever  Mais uma linda canção  Uma letra exagerada  Uma história sobre pais e filhos Ainda estão decidindo Pensando no refrão Cazuza começa cantando Depois entra o Renato Os anjos vão dando o tom Vozes se misturando  Uma linda melodia  É som, é musica, é poesia Vários shows estão marcados Um nas nuvens  Outro dentro de um raio Alguns acústicos em cima dos telhados Indiretamente embalando namorados Estrelas são sempre estrelas Na terra, no céu, no infinito Estrelas nunca se apagam  Nunca perdem o brilho

Meu Deus

Acredito em meu Deus Que eu não sei Se é o mesmo que o seu Mas tanto faz Importante é ter fé E se você não tiver Também tudo bem Faça o seu melhor Seja bom Não seja refém Siga o seu tom Não precisa ficar falando amém Minha religião  É viver E quando eu morrer  Vou deixar de crer Vou acreditar Enquanto isso Vou amar Ir para igreja? Me deixa Meu Deus não está lá  Ele está na rua Na natureza  No alto do prédio  Está nos olhos No universo Está onde eu quero Eu, Sigo sempre em frente Em busca de algo que eu não conheço  Algo que eu não sei Só me resta agradecer Todo dia que amanheço

Sem Medo

Meu estilo romântico  Pode até mesmo disfarçar  O meu lado revoltado Com tudo que acontece  Ao nosso redor Mas só amor Para aliviar Todo sofrimento  Toda tristeza Toda nossa dor Minha camisa rasgada É só mais um resultado Da minha briga Com o mundo  Com qualquer um Que faça mal Para vida de um de nós  Somos humildes E não aceitamos Nada mais, nada menos Do que temos direito  E não é só dinheiro  Queremos verdade Dignidade Nosso chão é de terra Cheio de obstáculos  Mas ninguém passa frente de ninguém  Aqui lutamos unidos Não somos fracos Somos feitos de aço

Medo

Medo O maior medo de quem ama É amar demais E estragar Passar do limite do amor Causar dor Em quem apenas Quer ser feliz Ter uma vida sossegada Ao lado Da pessoa amada Tem que emocionar Se não  Não vale a pena  Sonhar E tudo pode ficar mais cinza Se você não está  Aqui  E tudo pode ficar mais triste Quando o amor desiste  Da gente Lágrimas  Têm sempre dois sentidos Felicidade ou tristeza Escolha o que mais lhe agrada Faça daquela pessoa  A pessoa mais querida  Do mundo

Assim Que eu Gosto

O meu palanque é um tijolo  Que subo e faço meu discurso Gosto de olhar de cima O rosto do meu eleitorado  Gosto de me sentir superior Grito palavras de ordem Faço caras e bocas  Para sair bem no retrato Finjo coçar o nariz Mas no fundo não quero sentir O cheiro dessa gente Quero ser apenas escutado Venerado por cegos que enxergam E depois vou apenas observar  Esse povo com cara de gado Todos cagados Brigando sem razão  Todos defendendo o seu ladrão Minhas promessas são tão verdadeiras Como uma flor de plástico Vou abraçar crianças  Tomar aquele café gostoso no boteco Sou do povo Sou sempre tão simpático Agora é com vocês  Discuta com seus parentes  Perca amizades por mim Enquanto isso vou ficar rico E se você acha que é o fim Daqui quatro anos eu volto Não esqueça  E quero seu voto

Nada Pela Metade

Chego em sua casa Com pressa Aperto a buzina  Impaciente  Nem desligo o carro Já deixo a porta aberta Esperando você entrar Entrar Depois de tanta demora Mais de meia hora Tanta intensidade Nada pela metade Somos assim Assim Um beijo na orelha Carinho na nuca Loucuras no banco de trás Mãos que se perdem  Que se acham Você me acha louco E eu acho você tão maluca Maluca O cigarro depois do amor  Ainda é no carro E o som no rádio  Aquela nossa música Que nunca conseguimos cantar Da mesma forma Somos dois perdidos Sempre em busca de um amor bandido Bandido

Poeta

O poeta escreve melhor  Quando está bêbado  Encontra lindas palavras Joga pra fora Todos os sentimentos  Em uma mesa de bar Pede mais uma  Mais uma dose de veneno Anda abraçando os postes Beijando o asfalto Mas com uma caneta na mão E um papel de pão É o próprio Drummont O poeta diz "eu te amo"  Pra todo mundo Vive mandando beijos Até para o "Homem Invisível" Não parece Mas dentro daquele corpo frágil Tem um homem sensível Inspiração ninguém explica Simplesmente surge É Deus! E aquele sujeito  Sem eira e nem beira Que anda por estradas Sem acostamento Pedindo carona É um bêbado de respeito

Prisão

O planeta é uma prisão Que não tem saída temporária Os nossos corações  Pobres corações  São algemas imaginárias  Estamos todos no corredor da morte E enquanto não chega o dia Vivemos em busca de sorte Tem dia que queremos cela cheia Tem dia que queremos solitária Sem falar nos dias de rebelião  Juntamos uma turma  E quebramos o portão Na rua fugimos da patrulha Muita patrulha Não podemos cair na blitz Viver uma vida marginal  Não é  fácil Mas adoramos Adoramos E quando voltamos para atrás dos muros Buscamos um modo de escapar Cavamos túneis  Mas sempre existe uma forma mais fácil Fechar os olhos e sonhar Sonhar

Vida

Eu quero uma vida pra viver Um sonho pra sonhar  Um motivo pra morrer Uma causa morte sem dor Quem sabe morrer de amor Mas amor dói e machuca Por isso prefiro viver sem coração  Sou mais uma pedra de gelo Aqui no peito Melhor assim na solidão O que adianta ter o artilheiro Se o cara não faz gol!? O que adianta ter dentes Se não tem motivo pra sorrir!? Só procuro Apenas um motivo Somente um Para ser feliz Difícil acreditar que minha vida vai mudar Então me deixa Vou continuar assim para sempre Respeite o meu jeito Sou valente Não tenho medo Vou continuar procurando Uma vida pra viver

Imaginação

Dê aquele abraço Respire o ar que o outro respira Sinta o calor Do corpo de quem vai te esquentar Aqueça o seu prazer  De mais e mais prazer Se solte naturalmente  Deixe fluir Como aquela onda suave Que bate no corpo da gente Numa linda tarde de verão  Vamos voar Numa astronave E depois pousar no mar Imaginação É o que mais temos Juntos somos imbatíveis  Não precisamos de disfarce Inspiração  É o que mais tenho Sou imbatível  Quando o assunto é coisas do coração  Gosto do tom da sua voz Quando pede mais  Quando não tem medo de gritar Quando não fala, mas quer... Só namorar

Precisamos Conversar

Bom dia! Boa noite! Esse é nosso diálogo Durante todo dia  Precisamos rever alguma coisa Ou você acha que está tudo numa boa? Não adianta ficar com cara de choro Nem reclamar da vida É preciso atitude É preciso colocar o dedo na ferida Nunca fui fã de cenas repetidas  Nosso amor  Ou o que sobrou dele Merece uma segunda chance  Merece entender o que é um bom romance Quando um não quer, Dois não brigam Quando um não quer  Não tem perdão Quando um quer Tenta convencer o outro Sexo sozinho ajuda Mas não multiplica Só alivia tensão Alivia tesão

Escravos

Imagino, Pelé jogando bola Tirando uma selfie Na hora do gol Einstein postando retratos Testando penteados Imagino, Como seria o passado Com tecnologia de hoje Quem souber ganha um doce Na calçada da fama Estrelas internacionais Olhando para baixo Dando trombadas Com o celular na mão  Batendo cabeças Caindo no chão Essa gente Não sabe que realidade vive Virtual ou real Ou se apenas sobrevive  Olho no olho não existe Nem carinho, nem desejo, nem dor O que importa é o carregador Escravos modernos Chibatadas em forma de likes Mordaça não adianta O papo é com o dedo  Atrás da tela Estão todos os segredos