São Paulo
São Paulo,
Cidade quadrada
De cantos periféricos
Segredos, mistérios
Seu apelido é trabalho
Seu rosto é reflexo de um Brasil inteiro
Que sonha com dinheiro
Olhares
De todos os tipos
Estilos
Desconfiados
Que dão medo
Que causam sorrisos
Cidade do calor humano
De muito humano que também é frio
São Paulo
Que faz graça
Até mesmo na desgraça
Do menino que dorme
No meio da calçada
De tudo tão moderno
Mas que ainda quebra pedra
Que escraviza os seus zumbis
Colorida
Monocromática
E sua matemática
É uma equação
Sem solução
Bonita quando anda
Linda quando parada
Cidade do futuro
Do amanhã
Da peoesia concreta
Na voz do Adoniran
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