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Mostrando postagens de agosto, 2024

Infinito

  Morreu Mas ainda está aqui É estranho ver partir Um pedaço do amor O tempo corre diferente Cenas de um filme Todo dia mais um dia Noites mais escuras Hora de sessenta horas Um passo da loucura Acho que vou embora Também Eu penso Nunca esqueço Minha tristeza, nossa história Será que você está Naquele bom lugar? Eu vejo o silêncio Sei que foi embora Volte, sei que vai voltar Último capítulo Livro fechado Todo infinito Anjos guardados O som do espaço Sem fim

Letra

  Não sei o nome da canção Só sei um pedaço e o refrão Eu canto errado Erro a letra Sou desafinado Não sei o nome do cantor É música de amor Que eu sofro junto Assoviando, segurando o choro Cantarolando Não controlando minha dor Mamãe cantava Na hora mais sagrada Nos dias frios Nas madrugadas Com um retrato nas mãos E sua vida amargurada No ritmo Sigo no ritmo Qualquer lá, lá, lá Eu danço Continuo cantando errado Mas errado é não ser feliz Ainda sou desafinado Eu sou um aprendiz

Branca Paz

  Uma flor branca Tão rara, tão linda Um coral de anjos Anjos artistas O céu roubou da terra Estrelas guias Ainda são vidas São vivas, são filhas Luz clara, claridade O outro lado Cheio de saudade O que tem depois do mar Nas profundezas Oceano, outros planos Qualquer lugar Violinos Sorrisos tristes Acabou em grito É de manhã Tempo de paz Sob a luz do sol Não existe mais amanhã É nunca mais Até mais Uma flor branca

Esquisito

  Tomo banho de chinelo Durmo pelado no inverno Não aplaudo ninguém Guardo escova de dente no quarto Uso chinelo quebrado Adoro lenço de neném Invento músicas Não gosto de feijão Tenho carta e não dirijo Sou bravo, mas não falo palavrão Não vou em igrejas Converso com mortos Gosto de solidão Céu nublado é lindo Tiro retratos Odeio sair na foto Não olho no espelho Sou esquisito Leio lápides Faço piada de tudo Sou forte sem músculo Reparo no coadjuvante Canto só o lado B Humor negro sempre Gosto do pior da TV

Tenho Tanto Para Contar

  Corre aqui Deixa eu te contar Uma novidade Estampada em meu olhar Corre aqui Veja minha felicidade É com você que eu quero sonhar Pegue em minha mão Vamos correr Entrar em um museu Nos esconder Amar, amar, amar Igual os antepassados Até o amanhecer Vem, vem logo Vem falar de amor Em meu ouvido E depois eu juro que explico Um plano para nós dois Como é lindo o céu azul Aqui vamos morar Eu mudo de mala e cuia Vamos viver uma aventura Corre aqui Tenho tanto para contar

Amores

  Amor Sem palavras Também é amor De graça O que não tem preço O que ninguém paga É amor Em silêncio Qualquer tempo Em qualquer estação Encantamento Amanhã é domingo Já chegou dezembro Amor de solidão Amar Aceitar e ser feliz Viver e entender O que todo mundo O que todo mundo pode ser O que vem do outro O que de vem nós O que faz bem Muito bem Vamos falar mais sobre o amor?

Depois da Lágrima

  O sorriso após o choro Nem é tão bonito Mas é sincero Depois do desabafo Depois da raiva O poder das palavras Brigas, desespero Difícil controlar o medo Mas calma é fundamental Ou deveria ser Saúde mental Para não enlouquecer Entre soluços Vontade de sumir Força que surge O melhor remédio É não fugir Quem errou É quem precisa ter vergonha Quem cometeu o pecado O verdadeiro culpado Cabeça erguida Não pense em despedida

Obstáculos

  Obstáculos Pequenos e grandes tropeços Curvas perigosas Vida, isso é vida Toda dia uma batalha Lição para não ser esquecida Viver é ser curioso Errar com bom gosto Sentir o sol Claridade da lua Mistérios O lado mais sério Da vida, isso é vida Retrato exato Não revelado O tempo e o espaço Em busca do amanhã Pela manhã Olhos de contemplação Ouvindo Djavan Não ter religião Mas ter fé Acreditar Alcançar o impossível O desconhecido Ou pelo menos tentar

Febre

  Aluguei um apartamento Dentro da sua cabeça Espaço reservado Para que você não esqueça De mim Moro em seus sonhos Invado seus pesadelos Sou o seu maior medo Quem mandou ter medo No silêncio do seu quarto Minha voz fazendo eco E o barulho do seu coração Acordando toda casa Sou o motivo da sua sede O despertar na madrugada Sem meias palavras Sou o seu tesão que não passa Você pede paz Mas gosta de guerra Eu faço conflito Chego e agito Sou sua doença Sua febre Mil graus Temperatura que não desce Aluguei um triplex em sua cabeça...

Caderninho

  Músicas que fiz E desisti Que ficaram pelo caminho No caderninho Poesias que escrevi Algumas rabisquei Outras risquei Mas não esqueci Nunca Vou lançar um disco Com músicas do passado Hits do futuro Vou fazer você dançar Até amanhã Não vai parar Vou ser a trilha sonora Da sua vida de novela Do filme dos seus dias Vou ser a canção chiclete Que derrete o seu coração Um jogo de palavras Casa, casca, tempo Lembrança, sede, vento Venha inspirar Estou na boca do povo Estou em todo lugar

Meu Jeito

  Você conta Eu imagino Cada detalhe Vontade que dá Você comanda Eu não desvio o olhar Gosto de saber tudo De tudo O que faz você delirar O que não sei Você sabe O que não consigo Você tem coragem Eu aceito e adoro Eu sei o preço Para ser feliz Pago tudo Só para olhar Minha fome Minha sede O tempero É você quem sabe temperar Do meu jeito Nosso jeito A gente sabe Sabe o que é bom

Dei Corda

  Você sabe que dia é hoje? Você não tem memória para certas coisas Eu não esqueço nada Lembro tudo, qualquer data Você pega meus livros, discos E não devolve Você diz que vai, volta Nada resolve Hoje em meus braços Amanhã some Mas eu não vivo sem você Já nem sei o que é certo O que é errado Estou pagando os pecados Que eu não cometi Já não sei o que fazer Nem o que pensar Dei corda, alimentei o monstro Mesmo assim adoro reclamar

Silvio Brito

  Eu concordo Com o maluco que passou por mim Falando com Deus Com o Diabo Anunciando o fim O louco é livre Leve, solto Anda, anda, anda Nunca cansa Sem vergonha, sem juízo Mesmo sozinho Ele dança, dança Sem parar Todo maluco é esquisito Mas tem bom gosto Canta Raul Escuta Silvio Brito Lelé da Cuca Cada um com sua loucura Todo mundo tem um pouco Eu que sou quase louco Também quero gazetear Vou dançar, dançar Sem parar

Tempo

  O tempo Que faz bem Que maltrata Que leva, que arrasta Que cansa, que acalma O tempo Tempo que diminui o tempo O tempo que ainda tenho E juro que não sei Qual é a cor do meu cabelo O tempo Que eu tento Prender entre os dedos Constante movimento Hoje já é amanhã Agora nunca é cedo O tempo é um encontro que nunca aconteceu

Silvio Santos

  É hora de sorrir E chorar Cantar, lembrar Fazer voar Dinheiro, alegria Toda energia no ar No ar Na tela Naquela felicidade Irresistível, irreversível Quem quer dinheiro? Eu só quero ser feliz E sou É domingo Dia lindo Liga logo essa TV É hora do Patrão Roda Roda Roda esse pião Atrás da porta Sempre tem uma esperança Tenho certeza disso Um milhão ou a carta Qual é a música? Uma saudade que não passa O Silvio Santos fala ou não fala?

Não Existe

  Será que ainda existe Algo que eu não falei? Será que ainda existe Declaração que eu não dei? Mas não tem problema Falo e declaro tudo de novo Todo dia mais e mais um pouco E quando estou em silêncio Falo com os olhos Falo com os seus olhos Uma carta, um bilhete Minha assinatura Um lindo cartão Mesmo longe Quando estou longe Nunca estou na solidão Você sabe tudo, tudo Conhece todas minhas falas Todas minhas palavras Mas você adora ouvir E ainda manda eu repetir Bem devagar em seu ouvido Na hora da sobremesa Até na hora de dormir Não vejo problema em ser repetitivo Todo prazer é inédito E tudo com você é mais bonito

Juntos

  Em um tempo qualquer Em qualquer tempo Vou estar com você Sempre com você Vou brecar o vento Derrubar o sol Eu vou proteger você Nem todo dia É um bom dia Mas como jurei Vou proteger Cuidar de tudo Segurar sua mão Até o amanhecer Vamos cantar uma canção De letra singela Cheia de emoção Vamos viajar Voar Por todo espaço Qualquer espaço Entre nós Vamos preencher o vazio Por um fio Amo você Fui embora e não dei tchau Mas daqui a pouco eu volto

Vamos Juntos

  Molho suas plantas Seco suas lágrimas Preparo seu almoço Faço você feliz Copio receitas Conserto seu chuveiro Compro seus remédios Só quero você feliz Toco seu piano Faço uma canção Canto para você dormir Morro em seus braços Levo você daqui Daqui Não tenha medo O fim é só o começo Todo mundo vai entender Vamos explicar Vamos escrever Nosso destino, nossa história Arrumo seu cabelo Ajudo com dinheiro Viro seu motorista A gente foi tão feliz

Amor Ódio Amor

  Desde o primeiro dia Eu te amo e te odeio Tento te esquecer Só pensando em você Desde o primeiro dia Minha vida acabou Agora ela é sua Sua praga pegou Todo sim é quase não Todo não é um talvez Juro que já nem sei Eu odeio te amar Apesar de não entender Isso é amor Ou qualquer coisa parecida Desejo, vontade Ou uma casca de ferida Com você é céu É inferno E amanhã de novo Já não tem mais certo Hoje choro Depois morro de rir Nosso jeito estranho de ser feliz

Veneno

  Meu remédio é você Minha droga é você Meu veneno é você Corto meu corpo Faço um pacto Sou o retrato rasgado Um exemplo claro Do apaixonado otário Precipício Ou apenas boca aberta Gosto do perigo Da surpresa, sua loucura Também sou louco Anjo pornográfico Só um pouco Vou manchar o mar Com meu sangue azul Manche minha cara Com o seu blue Sou o vilão nesse filme Sou alegria que não existe

Lágrimas de Fábio Júnior

  Palavra forte Palavra de respeito No calor do peito Todo o tempo Sempre comigo Olho sua altura Olho seu olhar Cabelo branco Grisalho Gosto tanto Só mais um "eu te amo" Um bilhete Recado importante Sua letra Já volto Em seu colo Contando estrelas Nas manchetes Na boca do povo Herói sem capa O maior tesouro Cheio de defeitos E o meu maior medo São seus olhos fechados

Acabou

  Agora não precisa ter pressa Nada mais interessa Somos todos iguais Somos imortais Em busca de luz Em busca da luz Agora tudo faz sentido Tudo tem uma explicação É o fim do mistério O universo na palma da mão Juntos nessa fila Não existe mais noite Não existe mais dia Agora é amor Apenas o que sobrou O que ficou de uma vida Não vamos olhar para trás Não seremos esquecidos jamais Nada mais interessa Acabou nossa pressa

Flores

  Beijando flores Jogando palavras lá em cima Espalhando amor, todo o amor Uma surpresa em cada esquina Por isso gosto de você Seu jeito doce de ser Veneno que mata Mas também dá prazer Nobre dama E seus clientes vagabundos Pernas sem rumo Pés de bailarina Toda sua alegria Isso ninguém explica Novamente o amor Nem vou perder meu tempo Falando, falando, falando Quem muito fala Nunca diz nada Vou construir um castelo São tantas pedras Julgado, condenado Por amar demais Por preferir paz E você segue beijando flores Jogando palavras Curando todas dores

Djavan

  O amor não tem tamanho Não tem limite O amor é alegre É triste, indefinido Elegante, brega O amor é indecifrável Um labirinto sem saída O amor é o mar Espumas, estrelas Maré cheia Caça, caçador Distraído Mãe e filho O leão e o domador O amor é Djavan Uma música Uma planta Dança estranha O cheiro da manhã Amor Um jogo de palavras Melodia assoviada Lá, lá, lá, lá, lá

IA

  Minha inteligência artificial Apaixonou por você Só que agora fiquei burro Completamente bobo, tonto Nem sei mais o que fazer Minha inteligência artificial Apaixonou de verdade Não é fake news, mentira Nem invenção de computador É amor pra valer Amor de enlouquecer Quando o coração fala O cérebro para E nada funciona direito Essa é minha burrice natural Burrice de quem não tem mais jeito Toda paixão é doce Mas tem gosto de sal Canto músicas estranhas Erro todas letras Invento melodias, assovio Acabo sempre falando besteira Essa é a minha inteligência artificial

Bobão

  Sou o maluco Que você aplaude E eu danço, danço Agradeço quem odeia Quem não vive sem mim Meus fiéis inimigos Estamos juntos Juntos até o fim Bobo da corte Otário do Rei Rindo, sempre rindo Rindo do quê? Juro que eu não sei Cuidado para não morrer Com seu próprio veneno Que tal apenas viver Parar de perder tempo Aqui de cima Eu vejo tudo Você aos meus pés Implorando atenção Bobo da corte Apenas um bobão

Três Minutos

  Pouco mais de três minutos Para ser feliz Fechar os olhos e viajar Fugir da realidade Tirar os pés do chão E tocar o céu Ou apenas flutuar Voar sem direção Rua de paralelepípedo Lisa que desliza Descidas e subidas Doces sensações No ritmo da música Uma dança Linda e única Sensualidade, flor da pele Som dos violinos Sussurros e gemidos Pouco mais de três minutos No ouvido, prazer total Delírio, tesão, um grito Arrepio carnal Musical

Pote de Sorvete

  Feijão em pote de sorvete Não refresca Muito menos mata sede Cobertor não faz sentido Se o corpo quer amor Se o corpo está quente Pensando bem Nada faz sentido E nem precisa fazer A graça da vida é disfarçar Fingir e saber enlouquecer Água para apagar o fogo Álcool para esquentar um pouco mais Onde tem fumaça Tem gente safada Fazendo graça e não dando paz Eu moro no Brasil Que já foi mais tropical Que sempre dá um jeito De resolver com seu jeito Nada muito normal Como começa A gente até sabe Como termina Não temos ideia Ninguém imagina Que tal um picolé de feijão?

Mar

  Não tenho medo de mergulhar Mas quando estou no mar Eu tenho dúvidas O que estou fazendo aqui? Como cheguei até aqui? Não sei nadar Mas sei enfrentar os tubarões Sou de luta Quem sonha não afunda Sou das boas vibrações Penso no futuro Mas não conheço o presente Meninos trocam murros Adultos ficam na TV Leio um texto e já percebo Uma grande furada Sei bem como funciona O começo de toda cagada Não tenho medo de mergulhar...

Luz de Nando

  Surge uma luz Uma nova canção Depois do inverno Uma nova estação Sala vazia Fogo queimando Som do violão Uma fotografia Toda sutileza Memória traiçoeira Inspiração Música é vida É paixão Assobio ou assovio Distraído um lá lá lá Na luz clara do céu Dia com lua esquecida Frases tão belas Uma espera Desejo da criação Bela e resolvida Resistência é a existência De uma nova canção

Sentado

  Puxo uma cadeira Sento para assistir Cenas de amor O amor não resistir Olho e agradeço Ter todo o tempo São lindos os beijos Antes de tudo sumir Agora estou de costas Para só poder ouvir Olhar pela janela Carinhos e velas Um aceno antes de partir Lá fora o sereno Ilhas, estrelas O mar em movimento Revolto Meu gosto por agradecer Reverenciar Ser passarela para quem quiser passar Pisar Voz e corpo Pelos cabelos Desejos loucos Assisto, resisto Aprendo O que sei é pouco Diante de tanto poder

Ainda

  Ainda escuto rádio Escrevo cartas Falo de amor Sou poeta Sou de antigamente O que ainda leva flor Eu sei, sei Não precisa nem dizer Sei que sou diferente Nesse mundo que tanto mata O estranho é quem apenas fala E agradece por ser feliz Quando tudo é cinza Eu enxergo cor Quando tudo é escuro Eu faço luz Quando você pensa que acabou Eu mostro ao contrário Nem começou E sim, sim Eu aceito, aceito sim Suas condições Sem reclamar de nada Minha vida enfeitada Do início até o infinito Já estava tudo escrito O que alguns chamam de destino

Elevador

  Tão perto, muito perto Um clima no ar Controlamos os instintos Não foi fácil Você sabe bem Pouco espaço Um metro quadrado Silêncio dá tesão também Pensei mil palavras Você respondeu todas com o olhar Ficamos naquela Naquela vontade de beijar Mesmo fechado, trancado Enxerguei o céu Fui e voltei ao fundo do mar Um minuto virou um século Ao seu lado fico bobo Perco o chão Tão perto, muito perto Não erramos Nem fizemos o certo Precisamos evitar Esses encontros Quentes e sem noção O perigo nos aproxima Qualquer dia não sei não

Preciso

  Você é melhor Que edredom no frio Água no deserto Gol de placa Céu aberto Você é melhor Que café quente Bolo de chocolate Medalha de ouro Sorriso contente Você é bem melhor Muito melhor Que beijo de vó Iogurte de morango Sorvete napolitano Rastapé e forró Você é melhor Que música para acordar Todo dinheiro para comprar O bom sabor do almoço O gosto do jantar Você é bem melhor Melhor que tudo isso Simplesmente melhor É tudo que eu preciso

Medo e Coragem

  Emoções virando palavras O charme das letras Toda sua graça Poesia é sonho, é vida Tudo que não acaba Com retas faço um castelo Com frases um manifesto Emociono os vivos E também os incrédulos Verdades espalhadas Amor pelo caminho Todo poeta é um solitário Que nunca está sozinho Cigarro, fumaça Já é madrugada Nas páginas de um livro O olhar diferente O olhar diante do precipício O medo vem antes da coragem

Sabor

  Comi o seu sabor O que sobrou de você Comi o que limpou O que ficou de você Comi todo o resto O depois do prazer O alimento que alimentou O gosto que não acabou Tudo, tudinho Em minha boca Quero mais e mais e mais Hoje, amanhã Sempre um pouco mais Embrulhado, bem guardado Doce, Amargo Inesquecível Ainda sinto o cheiro Engulo seco Na próxima vez Vai ter garfo e faca Prato fundo, prato raso Eu vou comer Amor aos pedaços Mereço um prêmio Tudo, tudinho Respei, sem rastros Vou repetir Repetir só mais um pouquinho

Paris

  Está chovendo em Paris Aqui não, não Aqui é meio-dia Lá eu nem sei Vejo o céu azul Um sol que não esquenta Em meu reino sou o Rei Era uma vez um sonhador Voando por aí Observando o universo Cortando destinos Quem é você no multiverso? Vou trazer de lá Lá daquele lugar Um pedaço de qualquer coisa E também o mar Para você nadar Mergulhar de cabeça Realmente demorou Demorei para entender Só agora escutei O som da sua voz Atrás de tanto barulho Atrás do meu orgulho Parece que ainda está chovendo em Paris

Fome

  O sol nem acordou Já escuto seus passos Com fome, querendo mais O relógio nem despertou E eu não sei resistir Não nasci para ter paz Qualquer hora é hora Luz acesa, chave na porta Você prometeu, jurou Mas voltou e não foi embora E o mundo lá fora Fazendo barulho A gente aqui dentro Em nosso silêncio Criando futuro Ainda temos um tempo Antes de mais nada Antes de tudo Nossos desejos Nossos absurdos Seus passos pela casa Abrindo geladeira Comendo besteira Será que é noite? Será que é dia?