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Mostrando postagens de março, 2025

Festa

  Já é tarde Fim de festa Agora estamos sós Tudo que nos resta É amar Vamos molhar palavras Beijar os beijos Vamos voar Vou tocar piano Tire sua melhor roupa Quero ver você dançar E quando amanhecer A gente decide o próximo passo Já posso e quero morrer feliz Abraçado em seu abraço E o calor cria o fogo O nosso fogo Do céu ao inferno por pouco Taças quebradas pela casa Cama, cozinha, sala O prazer não passa

O Que Ainda Tenho

  E todo tempo que eu tenho Que ainda tenho É apenas para viver Últimos minutos, segundos Somente agradecer Hoje fecho janelas E abro alguns sorrisos O próximo passo O passo mais importante É um perigo (Que eu gosto) Tudo que fui um dia Hoje sou muito mais Não com a mesma força Mas com sabedoria E paz Canto o canto da despedida Fui um bom retrato da vida Tristezas e alegrias Emoções distorcidas O tempo que ainda tenho

Perdão

  Olhares de reprovação Os mais maldosos Gente triste, mal amada Sem coração Você apenas perdoou Sabe que errar é humano Errei, admito Mas agora tenho um plano Vamos ser felizes Vamos Não vamos ouvir Mais ninguém Vamos resolver Tudo Dentro do nosso silêncio Como tem que ser Como vai ser E quando você errar Também vou estar De braços abertos Pois aqui não existe santo Erramos, tanto

Milton e Samuel

  Minas não tem mar Azar do mar Que não banha Milton Nem navega Samuel Minas é o encontro Do chão e do céu Pelo caminho Terra e amor Seres divinos Soldados do bem Suas estradas e seus finais Deus criou o mundo E também Minas Gerais Chuva e sol O simples da vida Minas tão bonita Olhando para o alto Café com leite Queijo para visita Os seus Santos Os seus anjos Obras Tantas vezes Tantas vozes Glórias Minas não tem mar Azar do mar

Nada

  Reze para o seu Deus Peça por todos nós Reze de joelhos Em pensamento Peça proteção Um pouco de paz Abra seu coração Diga o nome da sua fé Qualquer uma Uma qualquer Você pode ser feliz Acreditando em tudo Ou em nada Absolutamente nada O universo e seus segredos Céticos sem medo Em tudo que eu creio Meu Deus! Quem é o Rei verdadeiro? Existem mil formas de rezar Sua igreja é em qualquer lugar

Mesa

Cigarros e fumaça Numa mesa de bar Conversas bobas Conversas boas Copos brindando Risadas exageradas Papo para ser feliz Ou morrer de inveja Papo que não tem fim Para interromper uma guerra Enquanto falamos Escrevo uma poesia Embevecido por uma dança Clima de magia Sons de tanta gente Nossas alegrias Tiro fotos, retratos Registro com os olhos Guardo recordações Os bons momentos Nossos momentos Lembranças eternas Bocas e pernas Na mesa de um bar

Triste

  O palhaço está triste Faz todo mundo rir Mas escondido chora Atrás do seu rosto pintado Não existe mais graça Nem mesmo glória O palhaço é popular É conhecido Mas solitário, sem amigos Vive abandonado Embaixo da lona de um circo O palhaço é aplaudido Mas prefere o silêncio Sofre acordado Dorme com medo O palhaço sente dor Na alma e no peito Um dia seu revólver Bang O nariz e todo corpo Vermelho Toda loucura na frente do espelho Hoje não tem marmelada Não senhor O palhaço virou gargalhada Sim senhor

Estação

  Acabou o verão Outono já soprando Inspirando boas poesias Ruas calmas Bem mais vazias Gosto do barulho das folhas Esmagadas sob meus pés O frio queimando meu rosto Da elegância das pessoas Os bistrôs e os cafés A melancolia de um dia cinza Noites estranhas, esquisitas Vento forte na janela Chuto lata e penso na vida Minha beleza tímida Olho o infinito Fico observando Procuro cura Procuro paz Em qualquer estação do ano

O Que Passou

  Lembro dos meus cabelos brancos De todo o meu pranto Lembro dos dias bem vividos Os minutos, os segundos Quando nasci e quando morri Eu lembro Quem eu fiz sofrer Quem eu fiz gargalhar Os que apenas conheci Os que eu nunca vi Tão rápido Passou voando Escapou entre os dedos Fui corajoso mesmo com medo Eternidade é meu tempo Agora Observo os planetas Do alto, lá no alto Lá de cima Algo parecido com vida Brilho no céu Fuso-horário sem ponto de partida

Nuvem

  Olho para o céu e imagino Em qual nuvem você está Qual estrela foi morar E quando sinto a chuva São suas lágrimas Vivendo de saudade Aí em seu novo lar Todas cores Eu sei que você escolheu Ajudou na obra de arte No trabalho de Deus Não para em lugar nenhum Bate suas asas Sei que adora voar É anjo de luz Mas também adora aprontar O seu olhar olhando Abençoando Cuidando de mim E estou chegando Vai ser logo depois do fim Reserve uma vaga no sol

Um Dia Acaba

  Você sabe o que faz mal Tudo que não faz bem Mesmo assim abusa Vive em busca Do fim O ser humano é assim Fama de herói Só não cuida do próprio corpo Nem muito, nem pouco E um dia tudo acaba Vai acabar É tanta pressa para viver Tanta pressa para morrer É preciso ter calma Pense no próximo passo Pense com todo cuidado É muito pouco tempo Dentro da eternidade Somos balões no espaço Somos raros, rasos A vida é uma corrida de obstáculos Entorno de uma piscina Com mil litros de ácido

Coragem

  Não temos coragem para perguntar Se é melhor o fim ou continuar Não estamos preparados para ouvir Respostas sinceras Preferimos o silêncio Medo do próximo passo (O passo seguinte) Empurramos com a barriga Nossos traumas, nossas brigas Não arriscamos nenhuma jogada Todo receio da despedida Tudo que machuca Todas nossas rusgas Mantendo aparências Sofrendo juntos Amor e suas coisas absurdas Só existe uma saída Todo mundo sabe qual Mas a gente insiste Fingindo que está tudo normal Não temos coragem...

Viver

  Já que acordou Azar Vai ter que viver Sem paz Vou escrever um livro Plantar uma árvore Ouvir um disco Fazer um filme Brincar com meu filho Vou cantar um Rock Montar uma banda Soprar minha gaita Ressuscitar uma planta Vou procurar outros acordes Ter um pouco mais de sorte Pegar uma praia Ir além do horizonte Amor direto da fonte Eu tenha pressa Chopp e batata frita Realmente eu só queria Ser o Evandro Mesquita

Horário

  Três da tarde Ainda é cedo Mas o céu está escuro Vai chover O guarda-chuva está quebrado Já não tenho mais carro É dia de sofrer O sapato está molhado Tem arco-íris no céu O vento deixa o corpo gelado Sou um pobre coitado Tudo tão cruel Cidade cheia Pessoas vazias A vida presta A gente não Desvio dos buracos Mas acabo mergulhando na solidão O sol até que apareceu Mas a janela está fechada O remédio acabou Já estou gripado

Rebeldia

  O tempo passou e ainda estou aqui Escapando dos tiros Dos gritos Sobrevivendo ao perigo Aqui estou Jogo de tabuleiro Peças em movimento Para cada acerto Alguns erros Nossa vida, nossos medos Sonhos verdadeiros Os verdadeiros sonhos Somos Os filhos da revolução O canto doce da sereia O canto que brilha na escuridão Falar o óbvio é tão simples Nem todo mundo pode Falar é um ato de rebeldia É quase um instante de sorte

Livro Fechado

  O que ninguém explica Os mistérios da vida Sinais na despedida O amor não termina De maneira alguma Resisti ao tempo Qualquer tempo Toda eternidade Último capítulo O ponto final Livro fechado Imortal Dia lindo para partir Medos, descobertas Incertezas Viver é nossa natureza O som das palavras Boas palavras O que ninguém explica O que não tem explicação

Bruna

  Observando o teto Distração Prazer só de um lado Sedução Amor com hora marcada Linha de chegada Monstros da tentação Janela fechada O mundo lá fora Dia ou noite Dia e noite 24 horas Cheiro de cigarro Cheiro de quarto Cheiro tudo Cheiro dinheiro O tempero Absurdos Do pó para o pó Sem dó Viver ou morrer Surfar nas ondas da loucura Aventuras

Cuide da Sua Vida

  Seu dedo apontado Não tem moral Nenhuma Sua fala tão enfática Nunca quer dizer nada Não faz nem espuma Cuide da sua vida Isso que você chama de vida Guarde bem sua língua O que você faz tem nome É hipocrisia Quem deu autorização Para você falar por Deus? Esse seu Deus não existe Você que é triste E não sabe ser feliz O que você chama de pecado Eu chamo de amor O que você acha errado Eu gosto do sabor E todo mundo sabe Quem é de verdade Os falsos moralistas Donos de toda maldade

Garoto

  O tempo Bem diante dos meus olhos Com toda sua força Passando por cima Tempo que voa Uma criança adulta De casa para a rua Escalando o mundo Criando cura Doutor da paz E de todas loucuras O coração batendo forte Tem alma de nobre Nem precisa estetoscópio Todo mundo já ouviu Seu famoso nome O tempo Vento que sopra Agitando o mar branco Diante dos olhos Tudo vai passando O tempo é um remédio Um médico trabalhando

Sobrevivendo

  Enquanto sobrevivo A vida passa Tão rápida O tempo não espera Atropela Acaba com toda graça Quebrando correntes Desfazendo amarras Todo dia uma página Escrita, rabiscada Para fazer história É preciso deixar pegadas Não temos certeza de nada (Quase nada) Nem felicidade, nem tristeza Tudo é surpresa Não vamos alcançar Mas não custar tentar Chegar nas estrelas Ninguém disse que seria fácil Realmente não é Ainda procuro um lado Um espaço qualquer Vida que vai passando Feito fases de uma mulher

Paz

  Que tal um cessar-fogo? Vamos parar com essa guerra Palavras matam O silêncio machuca Nossa tristeza burra Dois lados de um conflito Todos errados Somos o alvo um do outro Derrotados Quem ama não odeia O ódio é uma teia Prende nossas almas Incendeia Vamos nos perder no mapa Vamos atravessar fronteiras Vamos lutar pela paz mundial O amor é um tiro certo Em uma batalha naval Que tal um cessar-fogo?

Sem Tempo

  Vou morrer e você Não vai ter tempo De correr e pular Em meus braços e dizer Que é bom sorrir ao meu lado Vou acabar Terminar minha missão Você vai arrepender Vai chorar, vai sofrer Cem anos de solidão Não deixe para amanhã Hoje ainda dá tempo Venha correndo Dizer que ama Que ainda ama Eu tenho um plano Apareça sem medo Ou receio Abra seu coração Fale mil vezes Tudo que tem vontade Só é preciso ter coragem Qualquer momento posso morrer Vai pagar para ver?

Bom Gosto

  Conto com o seu bom gosto Estou disposto Vou dizer apenas sim Faça suas escolhas Aceito todas Tudo que cabe em mim Qualquer cor Toda cor O que dá prazer O que ninguém pode ver A gente sabe Sabe como enlouquecer Andamos Vou olhando seu olhar Procurando procurar O que faz feliz O que eu sempre quis Para você natural Não para mim Para você normal Não para mim Inexplicável sensação Continuo contando com seu bom gosto Ainda disposto

Direto do Fim do Mundo

  Ela voltou do fim do mundo Para cantar Ela voltou do fim do mundo Para gritar Ela voltou para viver Ela voltou para enlouquecer Você Com toda sua força Pé na porta Ela está de volta Ocupando espaço O seu espaço Ela voltou Direto do fim do mundo Do planeta fome De outro milênio Resistência é seu nome Ela voltou Ela é Ela Elza É liberdade Livre para voar Voltou para ensinar O fim do mundo Agora pode esperar

Formatos

  O mundo tem O formato e o tamanho de uma janela Grades e correntes Cadeado Todo o espaço O mundo do peixe tem O formato e o tamanho de um aquário Toda água é seu ar Seu planeta imaginário Um livro inteiro Resumido em um título Atiçando curiosos Mortos, vivos e espíritos E o tempo que é tão relativo Cabe em um retrato No som de um disco Medo do finito O futuro sempre tão desconhecido

Degraus

  Porta aberta É minha hora Vou embora Subir degraus Luz forte Luz que brilha Para cima Hora de começar Viver outra vida Não vou olhar Não posso olhar Para trás É tudo novo De novo Agora sei voar Estou curado Cheio de saúde Cheio de paz Novos mundos Outros lugares Não existe nunca mais Despedidas Sempre tão tristes Mas esperadas Partidas e chegadas

Leve

  Notícias amenas no final Romances, poesias, Carnaval Coisas leves e fúteis É o que eu realmente preciso Banho de mar O sol ainda é de graça Chuva boa que não passa Ser feliz até que é fácil Cantar está liberado É hoje que eu volto amanhã Todo dia pode ser sábado Não enxergar problema em tudo Nada é um absurdo Sem mimimi ou discurso Viver é um prêmio E nem precisa ser sortudo Dançar Ser feliz e relaxar De leve Para ser leve Nem tudo é perfeito Só não adianta reclamar

Enganação

  O espelho engana o cérebro Mas você engana muito mais Sorrisos falsos Falsas promessas Intuição de gato escaldado Nunca erra Jamais Suas palavras tão erradas Veneno puro Santa maldade Mentiras deslavadas Quem acredita paga Quem conhece escapa E tudo que você faz Tem um propósito Ser cruel, ser do mal Sua loucura fora do normal Pode até parecer Mas eu não gosto No espelho seu reflexo Realidade distorcida Pobre dessa alma perdida Essa sua língua Com o perdão da palavra Maldita

Solidão

  É o bloco do "eu comigo mesmo" É o bloco da solidão Sozinho pela avenida Arrastando uma multidão de ninguém Carnaval Filho único do vazio Danço comigo no trio Capítulo único O prazer solitário Mato sem cachorro Monólogo Arroz sem feijão Preso isolado Cada um em seu caixão Carreira solo Monóculo Pirata de um olho só Divisão Resultado sempre um Menstruação É o bloco do "eu comigo mesmo" É o bloco da solidão

Vultos

  E quando o brilho apaga Escuridão Olhos fechados, lágrimas Triste sensação O mistério do fim A beleza do fim Carros em alta velocidade Sombras e vultos De volta ao ventre Do presente ao futuro Roupa de gala Para despedir Para ser lembrado É hora de partir Só consigo pensar Quem fica, quem vai Morrer depois de viver "Enquanto o povo faz o seu Carnaval Comemora Eu leio um livro lindo Choro a dor dos outros Quero logo ir embora"

Depois

  Eu volto depois do Carnaval Volto ao normal Por enquanto não estranhe Estou em transe Estou na loucura total Vou fazer folia Vou rir de alegria Morrer para ressuscitar Quarta-feira de cinzas Vou juntar os cacos Vou ser a sobra do que sobrar Não conte comigo Não conte para nada Hoje é meu dia De máscara na madrugada O prazer de uma fantasia rasgada E agora vou descobrir O tamanho de um amor de Carnaval Quanto tempo vai durar Até a Páscoa ou o Natal Eu volto depois...

Histórias

  Adeus O mistério do fim Palavras bonitas Nuvens cinzas Morrendo por dentro Não existe complemento Apenas adeus Chorei Observando os sinais Sua respiração ofegante Sua dor, sua paz Fique bem Mesmo em outro lugar O vento continua soprando Fazendo barulho Incomodando Vela apagada Totalmente sem vida Um beijo de amor Lágrimas na despedida Nossos momentos Nas memórias, nas histórias Histórias de amor Tudo que ficou Do passado ao futuro Sempre juntos Orações e vibrações