Guerra

Vivemos em guerra
Bombas explodem
Dentro dos estômagos fracos
Dos que se acham fortes
Mas não são 
São os Reis da brincadeira 
Da tristeza
Dessa gente sem eira e nem beira

No rádio toca
Uma canção de amor
Mas quem ainda se apaixona por aqui?
Flores são usadas apenas para enfeitar
Corpos que cansaram de viver
Mas também estamos em uma caixa
Bem difícil de se mexer

Última palavra
Tem sempre cara de ordem
No cano das armas brotam espinhos
Que ferem, machucam e sangram
O sangue tem cor de conflito
E o verde não é de esperança 
Vivemos em grupo
Mas estamos sozinhos

Todas noites
Sonhamos enxergar o dia
O medo costuma fazer barulho
O silêncio muito nos assusta
Estamos perturbados 
O futuro é um grande embrulho

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