Poeta Maldito

Linha de chegada
Pode não ser o fim
Talvez seja o início 
De alguém que não tem
Mais espaço 
Nem saída 
Depois de noites perdidas
Quem sabe até renascer
Pode ser uma largada 
Para quem ainda não aprendeu viver
Viver

Sempre fui
Um poeta maldito 
Que vive acompanhado 
Da falta de sorriso
Que passa o dia sozinho
Mas é melhor assim
Melhor assim

Meu contato com o mundo
É curioso e nada profundo
Eu sou o imundo
Renegado 
Nunca fui bem visto
Sou a cara de um coitado 
Apaixonado 
Contratado para chorar 
No meu próprio velório
Pois não vai ter ninguém 
Para apagar velas
Carregar caixão 
Sou pobre
Mas não aceito qualquer trocado

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