Frio

Eu tenho frio
E hoje nem está tão frio assim
O meu corpo está fraco
Não acho
Tenho certeza que estou doente
O mar está tão lindo
Pena que é meu fim

Agora percebo 
Que dinheiro não serve pra nada
Escrevo poesias em notas de cem
Faço barquinhos e deixo uma onda levar
Minha fortuna é poder morrer em paz
Na hora da despedida 
Dar a mão com um silencioso amém

Eu não quero ser cremado
Prefiro um túmulo bonito
Para receber visitas
Para quem sempre viveu com pressa
Hoje vivo morto
Deitado e sem dor nas costas
Não preciso fazer pose para agradar
Depois de tanta luta
Agora sou luto

Mito não tem idade 
Tem história

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