O Homem do Tempo
Fui descendo aquela rua
Olhando o muro do cemitério
Cheguei ao ponto certo
Encontrei o homem de pedra
Estátua que o Nando Reis falou
Tão mal cuidada, maltratada
Pelo tempo que ela representa
Pelo homem que atormenta
Sua ampulheta de concreto está virando areia
E quem passa
Muitas vezes nem percebe
Talvez por causa da pressa
Ninguém olha para o lado
Então eu tiro um retrato
Ando mais alguns passos
E chego ao fim
Onde tudo termina
Entre o grito da torcida
E o choro da viúva
Vou ficar aqui parado
Parado no meio da rua
Entre os dedos tudo escapa
Com o tempo não é diferente
Todo sábio tem barba
E quase nenhuma vergonha na cara
Olhando o muro do cemitério
Cheguei ao ponto certo
Encontrei o homem de pedra
Estátua que o Nando Reis falou
Tão mal cuidada, maltratada
Pelo tempo que ela representa
Pelo homem que atormenta
Sua ampulheta de concreto está virando areia
E quem passa
Muitas vezes nem percebe
Talvez por causa da pressa
Ninguém olha para o lado
Então eu tiro um retrato
Ando mais alguns passos
E chego ao fim
Onde tudo termina
Entre o grito da torcida
E o choro da viúva
Vou ficar aqui parado
Parado no meio da rua
Entre os dedos tudo escapa
Com o tempo não é diferente
Todo sábio tem barba
E quase nenhuma vergonha na cara
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