De Antigamente

Eu sou aquele
Que ainda anota telefone na mão
Escreve bilhetinhos
Corre pra pegar o ônibus
Aquele que se destaca na multidão

O cara que fala com todo mundo
Educação está tão fora de moda
Sempre odiei modinhas
Tenho portas abertas
No bar, na igreja, no puteiro
Na passarela do samba
O paraíso do brasileiro

Gosto de música
Que atravessa o tempo
Que ultrapassa a morte do autor
Canções de rock, protesto e amor
Durmo no quarto de mamãe
Para ela não adoecer
Desligo o ar
E ligo o ventilador

Sou aquele de antigamente
Nos dias atuais
Sou um corpo quente
Por que você não me quer mais?

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