Cartas
Disco na vitrola
Copos em cima da mesa
Garrafas no chão
Noite acesa
Cartas escritas,
Cartas rasgadas,
Muitos rascunhos
Loucuras pela madrugada
Pela madrugada
Os rastros vão ficando pela casa
Sangue pela parede
Ainda tenho sede
Quero, mas não consigo gritar
É sempre o mesmo medo
Não tenho lágrimas para chorar
Despertador tocando
Eu já estou acordado
Sol brilha lá fora
Eu já estou cansado
Dessa vida, dessa vida
Nada é o que parece ser
Todo abraço em amigo tem cara de despedida
Tempo passou,
Sobrevivi
Mais um dia chegando ao fim
É o fim,
Ou apenas mais um recomeço
De novo aquela sensação
Tudo outra vez,
Angústia é viver
Pensando, achando
Que toda hora é uma boa hora para morrer
Para morrer
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