Espanto

Minha cara de espanto
Já não espanta mais ninguém
Parece que sou o único
Único indignado
O que enxerga um pouco mais além
Crime em horário nobre
Em rede nacional
Antes da novela
Na manchete do jornal

Dinheiro entra no bolso de quem já tem
Mas sempre cabe mais um,
Mais uns
Já cofre de pobre
É só baixar
Vazio, recheado de vento
Sem nenhum puto
Sem nenhum tostão para gastar

Tiros para o alto
Fuzil na mão
Caneta também é arma
Quem assina o cheque
Quem sofre é o cidadão

Agora só ando pela sombra
Prefiro tempo nublado e frio
Não quero só morar
Quero também ser dono do Brasil

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vozes

2078

Caminho