Só Sampa

São Paulo e suas esquinas
Famosas, anônimas
Seus anjos e demônios
Fantasmas vivos
Trabalho e pecado
Do mesmo lado
No alto dos seus prédios
Suicidas, artistas
Nos faróis malabaristas
Garotas nos trilhos
Das tribos, dos brincos
De todos os prazeres
Muros separando nós contra eles

Garoa que vira enchente
Do sol que racha asfalto quente
Minha cor, só mais uma cor
Entre tantas, entre tanta gente
Ruas dobradas, ruas
Esticando suas calçadas
Seus jardins, poucos jardins
Muitas moradas
Mãos para alto
Mais uma dança da moda
Ou mais um assalto
O sangue ferve, é muita maldade
Viver e morrer
É tão difícil sobreviver na cidade

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