Nobres

Somos nobres
Pobres, coitados
Ficamos sempre de lado
Quando o assunto não nos interessa
Ninguém tem pressa
Ninguém ajuda
Quem cedo madruga
Tem sono o dia inteiro
Vive um pesadelo
Quem manda, comanda
No fundo tem medo

Estamos no último lugar
Das prioridades das autoridades
De quem deveria olhar por nós
Mas quem será contra nós?
Quem? Quem é meu Deus?
Olhe para seus filhos
Seque nosso pranto
Escute nosso canto
Último grito antes do adeus

Quem inventou o amor
Não sabia o que era dor
Sofrimento é longo, aos poucos
Para não ter tempo de ser feliz
O sorriso é triste
Esperança é a primeira que morre
Acho mesmo que nem existe

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