Dominó
Sonhos soterrados
Meu palco é um tabuleiro
Cada espaço é um pecado
Sou um retrato três por quatro
Nenhum amor é verdadeiro
Quando o grito sai do quarto
Estou sempre perto do fim
Completamente no limite
Basta uma gota para tudo transbordar
Minha cabeça explodir
O meu mundo acabar
Não quero sua piedade
Mas aceito sua mão
Puxando meu braço
Dando tapa em minha cara
Fazendo eu acordar
O buraco é escuro
É cada dia mais fundo
Mesmo sujo, sujo
Preciso sair daqui para ganhar um abraço
Encontrar apenas um rumo
O caminho não é feito de retas
Perdi você em alguma curva
Lá na frente ainda tem um labirinto
Tenho medo de chuva e pedras
Um passo de cada vez
Depois de morrer, melhor é viver
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