Árvore

 Sou árvore que não para de crescer

Meus braços são galhos secos
Tentando tocar o céu
O sol é vermelho, o meu planeta é azul
O verde agora é fogo
Que queima meu tronco, meu corpo nu

Só quero descansar, deitar
Encostar em uma sombra fresca
Água que mata minha sede
Minha necessidade de sobreviver
Quero paz, quero chuva
Antes tarde do que nunca
Nunca é um bom dia para morrer

Sou filho, sou mãe natureza
Sou pai, sou o mundo de incertezas
Um drama sem fim
Quem vai cuidar de mim?

Ecologicamente correto
Quem vai martelar o último prego?
Desistir agora é covardia
Um brinde para os perdedores
E todas suas fantasias

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