Calado

 Eu falo, muito

Meu corpo fala, muito
Minhas mãos estão falando
O tempo todo conversando
Em qualquer parte do mundo

Os dedos poliglotas
Apontam para os idiotas
Mostram o caminho
O destino é o precipício

Meu corpo fala, grita
Está gritando em silêncio
Neste exato momento
Apanhando, sofrendo
Sinais, libras
Palavras em movimento
E leve com você
O meu sorriso fechado
Meus lábios grudados
Escute o som do vento

Por telepatia bato papo com os anjos
Com flores tímidas e mudas
Dos loucos e chatos quero distância
Entre o certo e o errado
Prefiro olhar, apenas olhar
Ficar completamente calado

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