Dezenove Horas em Brasília

 Meia-noite já é bom dia

Mais um dia que pode não ser tão bom
São dezenove horas em Brasília
Hora que não passa, relógio atrasado
Vida que caminha sem graça
Sonhos destroçados

Gente sem voz, pessoas doentes
Dor da alma, do corpo
O pior desgosto
Ninguém está pronto para morrer
O sol que arde, navalha na carne
Eu grito para você não esquecer

O cheiro do mato verde
Fumaça que sufoca
Seus dedos em meu pescoço
Não aguento mais sua turma
De ouvido atrás da porta

Vou cantar uma canção suave
Para tentar relaxar, controlar o medo
Já é tarde, não tenho mais tempo
Amanhã posso não estar mais aqui

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