Dois de Novembro

 Vou morrer, eu vou

Tenho certeza disso
Um dia, qualquer hora
Vou morrer, vou embora
Numa manhã de outono
Em uma tarde de verão
Uma cama dura de hospital
Ou batendo a testa no chão

Vou morrer
Nem quero, mas vou morrer
Vou fechar os olhos
Descobrir todos mistérios
Vou ficar com cara de sério

Dormir e não acordar
Acordar e não saber
Será que o dia vai terminar
Ou vou voar antes das três?

E quem vai avisar
Contar que não estou mais aqui?
Amanhã já sou passado
Vou para sempre dormir
Mas ainda dá tempo
Para um último perdão
Cada segundo que passa
É luz na escuridão

Eu vou morrer

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