Papel

 No papel minha sentença

Meu destino traçado
O começo do meu fim
Atravessei sem olhar
Corri em direção ao mar
Mergulhei em lágrimas de sal
Nada mais vai ser igual

Daqui um mês
Não sei se ainda estou
Ao seu lado
Não solte minha mão por nada
Parece que já é madrugada

Escuto o barulho da chuva
Espantando gatos do telhado
Queria estar lá fora, deitado
Lavando minha alma
Esperando com calma
Som dos sinos, anúncio divino

Eu juro que volto
Vou voltar
Para falar dos anjos
Sobre o abafado inferno
Aquele homem no altar

No papel minha sentença
O mar não curou minha doença

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