Tic Tac

 O relógio despertou

Longe de suas mãos
O quarto vazio
Exército da solidão
Tempo sem sentido
Tempo tão corrido
Ampulheta é uma prisão

O sol está armado
Disparando seus raios
Raiando luz, brilho
Atravessando frestas
Cortando vidro

Um, dois, três
Olhos abertos, fechados
Abertos e nada
Cada letra do nome
Consoantes mudas
Vogais caladas
Daqui a pouco é pouco
Do nada é madrugada

Alimentando esperança
Regando vasos e plantas
Raiz quando brota
Não descola, nada desgruda
Em casa, na rua

O relógio despertou
Longe de suas mãos...

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