Minha Metade

 Metade de noventa

Já não tenho tanta pressa
Evito curvas, prefiro retas
O corpo já não é o que era

Metade de noventa
Planta que já fez o seu papel
Olhando o horizonte
Também o céu
O milagre de chegar até aqui
E ainda conseguir sorrir

Quarenta e cinco do primeiro tempo
Agora é saber administrar
Sair apenas na boa
Hora certa de atacar

Um brinde para minha vida
Que não cansa de surpreender
Para os inimigos que não tenho
Os que eu não deixo aparecer

Metade de noventa
Como você nunca viu
Mais um nove abril

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