Pombos

 Hoje sou uma estátua

Para os pombos
Para você fazer graça
Sou uma história viva
Mesmo depois de morto
Mesmo após minha partida

Sou tão atual, necessário
Revolucionário poeta
Anjo maldito
Sujeito que não presta
Que nunca prestou

O corpo acaba
Ideias não
Estão no ar, pelo ar
Por aí, em qualquer lugar
Sou o espírito da mosca
O zumbido do pernilongo
Vou sempre voltar

E nos primeiros acordes
No som assustador do piano
O seu plano diabólico
Você que vive de ódio
Olha eu aqui
Será mesmo que morri?

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