Em Movimento
Sampa que não é Sampa
Um pouco doidaUm pouco manca
É rock, é samba
Quebrada, jogada
Armada
Nem um pouco Santa
Cidade sem freio
Sorrisos e medos
Do tempo sem tempo
Em movimento
Tons de cinza
Rios e avenidas
Janelas e portas
Abertas, fechadas
Cada casa uma cela
Dentro do cofre
O silêncio da miséria
Poesia concreta
Placas e setas
Carros, motos
Bicicletas
No charme de suas mulheres
Nas mãos dos seus trabalhadores
O sonho do clandestino
Dos mendigos
E todas suas dores
Sampa que nunca foi Sampa
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