Perto do Fim

 No armário roupas velhas

Velhas manias
No almoço de domingo
Muita mesa, cadeiras vazias
Perfume esquecido na penteadeira
Paredes frias

Meu maior medo
O tempo que escapou
Derreteu entre os dedos

Espelho manchado
Rosto apagado
Não ficou nenhum retrato
Em silêncio, em meu canto
Desde o século passado

Cadeado no portão
Ninguém vai embora
Coração que aperta e chora
Saudade, saudade

Pernas, saltos, calçados
Sorrisos ocupando espaços

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